segunda-feira, 17 de setembro de 2018

E por falar em Greve dos Caminhoneiros (I)





Partindo do princípio de que fazer greve é uma conquista trabalhista, toda e qualquer categoria profissional tem o direito de recorrê-la, desde que esse estejam reivindicando legitimamente por seus direitos e melhores condições de trabalho sem instaurar o caos. Até aí, tudo bem, apoiamos essa causa considerando que os caminhoneiros estavam amparados pelo legítimo direito de expressão como cidadãos brasileiros como também podiam exercer essa conquista trabalhista.    

Na minha concepção, a greve dos caminhoneiros começou a perder o controle da situação e afetar negativamente ao país e à todos nós, quando o seu ato trabalhista passou a ser apropriado e usado indevidamente em favor dos movimentos partidários oportunistas, dando voz à outros discursos e intenções que fugiam do foco principal: Atender as exigências trabalhistas da categoria.

Diante de um Governo Federal, frágil, incompetente e também oportunista, o país PAROU, literalmente. Se não bastasse ao caos que afetou o nosso cotidiano, transtornando-os, a crise afetou diferentes setores e segmentos da economia nacional, gerando a crise de abastecimento não apenas nos postos de gasolina (combustível), mas também no comércio (produtos variados e artigos de primeira necessidade) e em nossas casas (doméstico). Sucumbimos e a nossa fragilidade econômica e social ficou ainda mais em evidência, gerando impactos no comércio, na saúde, no trabalho, na cidadania e colapso na economia e no mercado financeiro: 
  • Aumento automático dos preços dos produtos e artigos de primeira necessidade que ficaram escassos no comércio por causa do desabastecimento, consequentemente gerando aumento da inflação e desvalorização do R$ com relação ao U$; 
  • Especulação no mercado financeiro e desconfiança dos investidores internacionais;
  • Desaceleração e queda do crescimento da nossa economia e do PIB;
  • Bagunça das finanças públicas, comprometendo o orçamento das contas públicas;
  • Oneração e prejuízos para os empresários da Agro-indústria, montadoras e fábricas que para conter e se recuperar dos seus prejuízos, provavelmente, terão que fazer corte de salários e pessoal, aumentar a sua produtividade para cumprir os seus compromissos junto ao mercado e tentar salvar os seus contratos e repassar as suas perdas para o valor dos preços dos seus produtos afetando o bolso do consumidor;
  • Enfim, gerando caos econômico. 

Nessa tentativa de dialogar com o Governo e exigir uma série de reivindicações pertinentes à categoria, após alguns meses após à Greve Geral, aparentemente mais tranquilos, aqui e acolá ainda há levantes ou fake news de paralisações. Porém, será que o que foi acordado entre o Governo e os Sindicatos dos Caminhoneiros está sendo cumprido e satisfatório ou ainda continuamos reféns desse diálogo e corremos riscos de ficarmos parados novamente?!!! 

Nesse episódio ficou claro e perceptivo como a gestão do Governo Temer é frágil e incompetente e que a nossa quebra econômica é apenas uma questão de tempo. Ainda bem que logo e em breve, vamos as urnas para nos livrarmos desse senhor e tentar transformar a nossa preocupante e caótica situação.       
              

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

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"Eu não ficaria bem na sua estante..."