Daqui há dois domingos, nós estamos indo às urnas para tentar transformar o nosso destino político e cidadão, onde mais um capítulo da História do Brasil estará sendo escrita. Em qual direção a nossa democracia está seguindo?!!! Ainda tal destino é indefinido. O que o futuro nos reserva, Brasil?!!!
Embora eu não esteja numa vibe tão otimista assim, eu ainda tenho fé no potencial do nosso país e, através do meu voto, eu gostaria que o país caminhasse em direção da luz, dando o passo correto que nos conduzirá ao início do processo da superação da crise nacional, mas, ... diante do caos brasileiro, amplo e presente em todos os setores, indiscutivelmente, a nossa situação estrutural é crítica e a tendência é piorar cada vez mais, sobretudo se o resultado final das eleições 2018 for desastroso, elegendo uma corja política corrupta, incompetente e descompromissada com as reais necessidades do nosso povo e do país em prol dos seus próprios interesses.
De um lado, nós estamos politicamente reféns e limitados por causa da bipolarização político-partidária, onde não estamos conseguindo romper com o cansativo cabo de guerra entre os partidos de "direita" versus de "esquerda" e seus respectivos aliados (parasitas), deixando-nos sem opções de voto para fugir desse círculo vicioso; do outro, o extremismo ideológico que divide a nação e prejudica o debate democrático e civilizado, além de fomentar à intolerância e reduzir a opinião pública de avançar nas discussões e encontrar outros caminhos e soluções para nos colocar de pé e rumo ao crescimento.
Como podemos solucionar e amenizar os impactos negativos dos nossos problemas sociais seculares e crescer como nação em desenvolvimento, se o cenário democrático brasileiro está cada vez mais dando sinais de retrocesso e reacionarismo?!!! Porém, o que também podemos esperar do comportamento do eleitorado brasileiro?!!! Assim?!!! Do jeito em que estamos?!!! Esquece. Se não há diálogo, não há espaço para um debate maduro e construtivo, mesmo havendo divergências ideológicas. Ao invés de dialogar democraticamente, o povo se torna cada vez mais intolerante e amparado por uma postura colérica, depreciativa, preconceituosa e burra, adotando argumentos intransigentes, frágeis, equivocados e engessados, onde não existe um propósito flexível e transformador para estabelecer um ambiente fecundo para o debate de ideias e propostas políticas, mas, para que cada um possa "impor" goela abaixo suas supostas verdades.
Além dessa atmosfera de intolerância e desrespeito às opiniões e visões antagônicas e diferenciadas, ainda há o despreparo político e intelectual para discutir a crise com claridade e fundamentação, independente do nível econômico e escolar que se possa ter, criando uma legião de ignorantes políticos. Como podemos avançar com um perfil eleitoral tão limitado?!!! Reflexo de um modelo educacional excludente e desigual, pautado num sistema sociopolítico e eleitoral que privilegia os interesses obscuros de uma classe abastada e minoritária.
É assim que nós estamos iniciando mais um preocupante e difícil processo eleitoral sem debatermos o essencial: Além do preparo político e a capacidade gestora dos candidatos, qual é o melhor projeto político para solucionar as nossas mazelas e nos retirar do cenário caótico que o Brasil se encontra. Quais são as alternativas viáveis para nos levar ao caminho do progresso sócio-cultural, das reformas políticas e do crescimento econômico.
Chega de advogar em causa própria, para satisfazer o ego e demonstrar que você tem razão ou seguir mecanicamente um manual partidário X, Y ou Z, porquê o Brasil é mais importante e está acima de quaisquer interesses e da fome de poder dos partidos políticos e das ambições egoístas e pessoais, das vaidades políticas e da falta de vergonha na cara e solidariedade por parte dos nossos representantes dos Três Poderes. Não me interessa qual é a sua ideologia política ou se é filiado algum partido, o que realmente importa se o seu voto é consciente, livre, democrático e se a sua postura como eleitor está em prol do interesse coletivo e o que é melhor para todos nós. Fazer política de oposição apenas não nos satisfaz.
Todavia, o perfil do eleitorado que interessa para o jogo político sórdido e corrupto já nos é bem familiar: O perfil de um eleitor alienado, acéfalo, dogmático, passível, manipulável, enfim, marionete e massa de manobra.
Embora o exercício democrático seja doloroso, oscilante entre altos e baixos e é um pleno estágio de construção, ora acertando, ora errando, sempre haverá um ensinamento. É a partir da experimentação política e eleitoral que nós vamos construindo o país que desejamos e avançando democraticamente, mas alguns riscos e equívocos são desnecessários para o progresso do país. Retrocesso político-partidário, restrições à liberdade e ações truculentas não nos favorece em nada.
Aonde o Brasil chegará nessas eleições?!!! Não faço ideia ou eu tenho certo receio de imaginar até onde o extremismo eleitoral poderá nos conduzir e nos afundar cada vez mais. Se Deus é brasileiro, Senhor, olhai por nós e dê bom senso e discernimento crítico para quem não tem. Enfim, que o resultado final nos faça justiça e nos favoreça como o país precisa.
Quando é que vamos superar a falsa sensação e a postura apática de ficarmos eternamente esperando o personagem folclórico do "Salvador da Pátria"?!!! Se continuarmos ingênuos e tolos assim, o "Gigantis Brasilis" não despertará jamais, porquê os salvadores da pátria somos nós. O futuro do nosso país está em nossas mãos e não podemos nos equivocar nessa missão.
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