A deixa fulminante: "É duro ser criado por três mulheres!!! Ficamos por aqui, o seu tempo acabou!!!"
- "Com certeza. Porque será que o tempo das minhas sessões passa tão depressa?!!!" rs...
Pelo visto esta fala anterior, ainda estará presente muitas vezes nas próximas sessões, considerando que parte das minhas experiências de vida, afetivas e familiares, elaborações internas e exemplos de conduta são reflexos da criação feminina que perpetuou a minha formação.
- "Sem dúvida alguma, se a passagem bíblica fosse dedicada a alguém, seria muito apropriada para mim: "Bendito sois entre as mulheres". Indiscutivelmente, a presença feminina na minha vida sempre foi e continua sendo uma constante."
Eu tive uma criação muito feliz, cercado de muito amor e também de muita cobrança (apesar de não a ver grandes punições e proibições para mim - em alguns aspectos, claro), sendo o contexto onde o "reizinho" foi criado. E, em momentos de conflito (sobretudo na adolescência) e sobrevivência afetiva/força interior, ele surge com muito vigor e maior evidência, focado em apenas palavrar. Mas, nesses últimos três anos, ele também está aprendendo a escutar.
A sua força (impetuosidade e imposição, sem truculência física) e a sua palavra (sua arma ferina que assume a condição de metragadora giratória proferindo verdades para todos os lados, as suas verdades, culminam com as explosões de sinceridade) são elementos da sua essência, sobretudo quando é posto à prova, sufocado, vigiado, exposto e provocado. Seu poder ofensivo é a sua autodefesa. Já o seu espelho inverso, tímido, ponderado e carente, o patinho feio, é mais estável e constante na minha subjetividade.
- "É... O "reizinho" é a minha força em muitos momentos, é o meu ego implacável e solar, principalmente quando está inflado, pedindo para ser notado e exigindo respeito."
E repensando a minha sede de liberdade, eu e a minha terapeuta chegamos a conclusão, que a sua preservação é uma forma de eu me opôr a minha aversão ao controle e a personalidade submissa, algo que eu sempre lutei veementemente dentro das minhas relações, sobretudo ao controle familiar. Eu tenho verdadeira paura em relação a isso, sendo enérgico, combativo, rebelde, contrário e independente nestes últimos anos.
É buscando a minha liberdade que eu procuro combater qualquer situação que me lembra o controle e a obrigação de outrora, lutando com unhas e dentes para a minha redenção e não estar subjulgado a passividade que esperam de mim ou a minha obediência a voz de comando. Para mim sempre foi mais cômodo ser a ovelha negra da família, o anti-herói e o rebelde.
- "Talvez, isso esteja influenciando as minhas repetições afetivas também, no que concerne aos últimos namoros a distância nestes últimos anos (Rio de Janeiro, Portugal, Teresina, Curitiba, Belo Horizonte, ...) e o meu interesse consciente e inconsciente de sempre me interessar por personas de outros estados, como se fosse uma fuga ou saída para eu não me comprometer verdadeiramente, me entregar e perder a minha liberdade, sentindo-me tolhido."
"I'm free!!! I like my freeeeeeeedom!!!" Assim, como o ar.
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