Nada é por acaso. Nesses quatro últimos meses, de novembro/2008 pra cá, eu vivi um turbilhão de emoções - uma verdadeira montanha russa.
Desejei o intangível: "Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome".
Deparei-me com alguns dilemas importantes: "Só o que está morto não muda! Repito por pura alegria de viver: A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!"
Desencantei-me com algumas letrinhas: "Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca".
Desmoronou alguns castelos de areia: "Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo".
Detonei algumas promessas, palavras ao vento e falsas intenções: "Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária".
Tudo isso foi importante para que eu percebesse algo muito maior: Prestar mais atenção em mim. E nada passou desapercebido diante dos meus olhos, da minha consciência e dos meus sentimentos, porque cada experiência foi única e me trouxe a lição certa para que eu possa estar mais centrado em mim.
- "De fato, eu estou mais centrado."
Eu nunca estive tão tranquilo e tão desacelarado como antes, sem pressa de absolutamente nada, embora essa pausa silenciosa e indefinida, porém necessária, me deixe irremediavelmente entediado e sedento por movimento, por vida. Eu estou num outro momento, só meu, egocentricamente meu. Qualquer decisão a ser tomada, em primeiro lugar, só compete a mim mesmo. Já não quero mais tomar decisões fundamentais baseado na fragilidade de terceiros.
- "Não irei me desconcentrar dos meus passos, das minhas necessidades, dos meus sentimentos e desejos por causa de outrem. Não irei dar passos em falsos. Não irei tomar decisões que me deixem suspenso no ar. Mais do que nunca, os outros continuaram aonde sempre estiveram ou mereciam estar em segundo plano."
Acho até que a minha vida sentimental ficará em segundo plano, para um momento posterior. Não estou com pressa e nem pretendo fazer escolhas precipitadas nessa área. Eu deixarei o meu coração em completa suspensão e ao acaso.
- "Chega de dar murro e em ponta de faca e deixar decisões importantes nas mãos alheias, já que elas sempre falham nos momentos cruciais e não serão estas que vão dar a segurança que eu necessito para dar vazão a minha subjetividade. Parei de graça, por tudo e por todos."
Minhas respostas serão baseadas em não-palavras, no meu silêncio - o mais profundo e eloqüente silêncio. Não digo que eu estarei fechado, mas também, não estarei essencialmente aberto. Sinto-me indisplicente. Sinto-me tranquilo. Sinto-me sem obrigações à. Apenas sinto-me.
- "É como se o meu não-comprometimento com ninguém, minha fuga subjetiva, fizesse todo e qualquer sentido, preservando a minha liberdade, endoçando a minha individualidade e poupando-me de mais uma decepção."
Talvez eu esteja tirando umas férias dessa "montanha russa" ou evitando mais esse jogo de sorte e azar, sem blefar, porque eu não sou um homem de blefes e, muito menos, de me acovardar. Apenas não estou com vontade de me magoar e, muito menos, ter que provar até aonde vai a minha atitude.
- "Cansei de ser o Super Dan. Passo a vez para o próximo super herói da temporada."
*Dan pega um pacote de pipoca "light", um refri diet gelado, coloca as pernas para o ar e vai esperar o dia D chegar...*
Por enquanto, eu estou ausente de qualquer sentimento de arrebatamento.
"Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la."
P.S. Todas as citações são da minha diva literária Clarice Lispector.
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