A maldade pode ser propagada em dois âmbitos: No âmbito externo, propagado ao nosso redor e com a nossa participação, através de toda violência, lixo e toxidade que a sociedade produz contra ela mesma, expressa no caos social que nos influencia direta e indiretamente. E, no âmbito interno, a essência do mal que habita dentro de nós, uns com mais intensidade do que outros. Em ambos os âmbitos, denunciam o quanto a humanidade está doente. Dito isso, Michael Myers é o produto da maldade que habita em sua essência e da ação do meio social.
Da trilogia Halloween, Halloween Ends, com certeza, foi o melhor filme, trazendo um fator surpresa, onde Michael Myers conta com um cúmplice, um partner que também se deixou sucumbir pela maldade que residia dentro de si - algo que lhe gerou identificação à princípio. Por si tratar de um clássico do terror e cine trash, todos aqueles clichês dessa categoria estão presentes também nesse final. Todavia, para os fanáticos da franquia Halloween, essa parte final cumpre o seu papel de entreter e dar uma solução ao enredo do filme.
Mas, como se trata de um clássico, essa história pode ressuscitar à qualquer momento, basta apenas surgir um produtor interessado em "reviver" o psicopata que tanto pânico e caos produz nessa data, nos dias que antecedem e na noite do Halloween. A lenda urbana nunca deixa de ser lenda urbana, ainda mais quando está presente no imaginário popular, seja na ficção cinematográfica e/ou vida real.
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