Já faz algum tempo que eu gostaria de fazer essa postagem, esse desabafo, demonstrando o quanto esse tipo de comportamento invasivo, maledicente e leviano de julgar o outro apenas baseado em aparências, ranços pessoais, achismos e suposições, onde, muito vezes, o algoz (o pretenso dono da verdade e paladino da moral), toma conclusões precipitadas sobre fatos e atitudes sem nem ao menos saber o que se trata.
Esse injusto proceder que ansiosamente tenta condenar o outro na força da intransigência e do ódio e demonstrar quem tem razão causam em mim um certo desconforto e até mesmo indignação. Quando eu noto que eu estou indo por esse caminho, retrocedo. Me policio constantemente para não ser leviano e nem tão pouco injusto nos meus julgamentos de valor. No final do dia é tão e somente uma questão de opinião.
Nesse sentido, até quando o homem terá esse hábito nefasto de apontar o dedo para os demais (esquecendo que ao mesmo tempo há três dedos apontados diretamente para ele) e querer bater o martelo, dando o veredito final de culpabilidade?!!! Há quem passe pela vida sem olhar para si mesmo, ignorando as suas próprias falhas e imperfeições e obcecado pela vida alheia, sem evoluir e transcender.
Também o mais bizarro nisso tudo é quando um estranho ou até mesmo um conhecido, sentem-se no direito de fazer escolhas por você, decidir o que é certo e/ou errado baseado nas regras, critérios e princípios delas que podem nem mesmo representar você ou seus dilemas e experiências.
Essa invasão à privacidade e esse desrespeito ao outro, à tudo que lhe é alheio, são tão bizarros e que beiram ao absurdo. Por isso, tudo aquilo que não me diz respeito direta ou indiretamente, na medida do possível, eu me exercito em tentar não ultrapassar limites dos quais não me competem.
Dar uma opinião isenta de ruídos e sujeiras impregnadas de preconceitos sobre algo ou alguém é uma coisa, ser taxativo, extremista e intransigente é completamente diferente - esse tipo de gente, eu não pretendo ser.
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