O tempo vai passando e, em paralelo à isso, a experiência vem chegando, trazendo-te mais prudência, tanto no trato interpessoal quanto nas relações sociais. Por isso, a maneira como você se comunica e as palavras quais você utiliza podem fazer total diferença no entendimento. Lembre-se de que a palavra não seja uma arma bélica, se dita de maneira errada e leviana pode ferir e alienar o discernimento e o senso crítico das pessoas. Nesses termos, dependendo da situação, nem tudo precisa ser dito e é melhor assim para não fomentar conflitos desnecessários e nem magoar a quem você ama e tem qualquer outro tipo de apreço, consideração. Porém, em caso de dolo, calar te faz omisso e cúmplice de uma covardia, de um delito, de uma arbitrariedade.
Todavia, quando eu me deparo com algo errado ou uma infração legal ou uma injustiça humana e social, a minha indignação não me faz calar. Palavro automaticamente. Faço uso do meu livre arbítrio e da minha liberdade de expressão, dando voz a minha voz, agindo como um agente de transformação social a partir do diálogo franco e aberto, do combate saudável e democrático, de preferência sem uso de violência física e ameaças verbais, e da troca de experiências e ideias. Você é capaz de divergir para convergir?!!!
Para mim, a revolução armada traz mais traumas, desajustes e conflitos do que realmente resolvê-los. Já a revolução ideológica, baseada no respeito e no debate, é muito mais profunda, eloquente e transformadora. Pelo menos, é o que eu acredito e gostaria de ver reverberar no Brasil. Sou da paz, sou da união.
Nem sempre nós podemos concordar com tudo e com todos ao mesmo tempo. Se há divergências, apenas o diálogo pode elucidar os fatos e as situações e enxergar o que você ainda não conseguiu perceber. Tire as suas próprias conclusões, é infinitamente melhor do que você ser usado e manipulado a partir dos interesses dos outros e/ou um determinado grupo. Numa sociedade democrática, a nossa voz não pode e nem deve ser calada, pois, quando tivermos que enfrentar momentos difíceis e nos opor diante aos erros dos outros e das entidades/órgãos/sistemas e às situações calamitosas e arbitrárias, nós precisaremos da nossa liberdade de expressão (pensar, agir e sentir) para fazer resistência à tudo que nos oprime (coage), nos limita e violenta os nossos direitos e liberdades individuais (reprime). Passividade, obediência cega e "burrice" só é interessante para legitimar o poder e os interesses de um sistema ditatorial e tirano.
Por essas e outras, independente da sua ideologia, não abra mão do seu direito de questionar, analisar criticamente, dialogar, expressar-se. Manifeste-se, dando voz à sua voz, nem abra mão dos seus direitos, seja cidadão. Você precisa ser um indivíduo integral, inteiro, livre para fazer as suas próprias escolhas de forma consciente, autônoma e ordenada para se conviver em harmonia com quem estiver ao seu lado.
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