E não foi.
Não foi, porquê você não saiu da sua zona de conforto, não se arriscou e não tentou. Esses três nãos, te deixaram refém do "se", do incerto, do universo das hipóteses. Diante disso, a partir de uma experiência similar experimentada a muito tempo atrás, baseado no caso "Monte Pascoal", história já retratada aqui, eu aprendi que, independente do resultado final, nós nunca saberemos ao certo se não tentarmos, pois cada relação é única (apesar dos comportamentos estarem padronizados e emocionalmente volúveis) e cada resultado também pode ser diferenciado, podendo surpreender e/ou confirmar as nossas impressões iniciais (algumas delas, não tem jeito, são cabalísticas, pois algumas experiências nos dão sabedoria para identificar o que pode e o que não pode dar certo).
Porquê dessa reflexão?!!! Bem, ontem, fazendo a minha meditação durante a jardinagem, me veio em mente o caso "Monte Pascoal", onde eu fiz um comparativo em relação aos últimos casos e causos que eu vivi. Se eu fosse fazer uma análise objetiva e ressentida, eu diria que o resultado seria o mesmo, uma mesma repetição. Mas, seria muito precipitado da minha parte e correndo o risco de ser injusto, se eu o analisasse de modo tão tendencioso.
Algo, hoje, neste instante, quando eu escrevo esse post, me é muito pontual: Os momentos eram diferenciados.
Naquela época, há quase 10 anos atrás, eu não teria estrutura emocional para lidar com a rejeição. O medo de me expôr naquela época, "pagando para ver" (sem conotação financeira, por favor), também foi uma forma de me proteger do possível "NÃO" que eu poderia receber. Mas, não somente por causa disso, apesar da minha auto-estima estar no pé lá atrás, também havia o agravante de eu estar saindo de uma relação conturbada - emocionalmente, eu estava envolvido com outra persona.
Embora, já naquela época, encontrar uma persona bacana já fosse difícil de se encontrar ou, pelo menos, que se interesse por mim, mesmo assim, as pessoas ainda queriam se relacionar seriamente. Algo que hoje, a situação está infinitamente pior - Os desencontros triplicaram, em parte porquê as pessoas estão mais emocionalmente volúveis e banais, noutra, eu estou bem mais exigente do que antes.
Vamos supor que o desfecho de antes fosse o mesmo do que o de hoje, com certeza, seria menos impessoal e degradante. Mas, com certeza, a minha forma de me enxergar e lidar com a situação seria bem diferente hoje. Sim, e como!!!
Todavia, é melhor pecar por excesso e ação do que por omissão. Pois, o arrependimento deve consistir do que foi feito e não do que poderia ter sido feito e não foi. Surpreenda e se deixe surpreender.
2 comentários:
Nossa!!! Me identifiquei demais com esse texto, pois essa semana eu levei um grande NÃO. Estava há um ano tomando a coragem pra falar e resolvi "meter a cara" o resultado não foi o que eu esperava, mas não sai arrasada com a auto estima abalada, enfrentei a rejeição naturalmente e acho que sai mais amadurecida, o ruim é que eu vejo a pessoa quase diariamente. Na verdade, não sei se ruim ou bom, bom pro meu desenvolvimento emocional, pra eu aprender de fato a lidar com emoções... Mas esse trecho do seu texto fez com que eu estremecesse:
"Todavia, é melhor pecar por excesso e ação do que por omissão. Pois, o arrependimento deve consistir do que foi feito e não do que poderia ter sido feito e não foi. Surpreenda e se deixe surpreender."
Adorei! Foi como um grande abraço nesse momento que a gente fica no vazio entre o que poderia ter sido e não foi.
Abraços!
Oi, Priscila!!!
Nada nessa vida é em vão, nem as piores situações, pois até delas podemos tirar um ensinamento precioso. Infelizmente, os desencontros fazem parte e há de se respeitar o direito do outro de dizer não. Hoje, eu lido melhor com os NÃOS que a vida me dar, mesmo sendo chato lidar com as frustrações - Ninguém gosta de ver seu orgulho e a sua vaidade sendo contrariada, não é mesmo?!!! Mas, a vida é assim, rejeitar e ser rejeito faz parte, mas, depende de como se coloca diante dessas situações.
Quanto ao seu caso, se você demorou um ano para tomar a decisão, não importa, você agiu de acordo com o seu tempo. Quem sabe, a partir de agora, a pessoa em questão não começa a reparar você com outros olhos?!!! Mas, se não, desencana, pelo menos, você pode seguir outro caminho com a consciência tranquila de que você fez a sua parte!!!
Ficar refém do medo e do "se", jamais... É preciso ter a coragem necessária de experimentar, arriscar, lutar...
Sinta-se abraçada!!!
Abração!!!
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