Ah, Arthur, Ah!!! Não é um filme de anti-herói qualquer, mas, é dele: do Coringa. Genial!!! Não é à toa que o Coringa ganhou tantos prêmios, nas principais premiações cinematográficas e entre os críticos. E, o que dizer do Joaquin Phoenix?!!! Deu um show de interpretação, personificando a personalidade complexa, controversa e delirante desse vilão e arqui-inimigo do Batman. Os filmes de super-heróis pode-se dividir antes e depois de Coringa.
E dale crítica social. Coringa apresenta a degradação humana de um palhaço, que sucumbe a sua própria loucura, graças os transtornos mentais que o acometiam (para mim, creio que ele seja um maníaco depressivo), e também ao uso da violência como mecanismo de sobrevivência e rebelar-se contra o sistema opressor de Gotham City e do seu glamour para dar visibilidade aos marginais, marginalizados e invisíveis.
Aguentando toda gama de precariedades, humilhações e abusos, a chave do Arthur Fleck vira, transformando-o em Coringa quando ele descobre quem seria o seu suposto pai e descobre que tudo o que ele conhecia de sua vida, não passava de uma grande mentira. Nesse momento, ele deixa de ser um palhaço sem-graça e depressivo para se tornar um símbolo de resistência contra a degradação promovida pelo sistema político, econômico e ideológico da Sociedade de 20, favorecendo os grandes empresários e banqueiros da época.
Transpassa a qualquer ficção. Quantos "Arthur Flecks" e "Coringas" as nações e os seus sistemas políticos e socioeconômicos não criam em larga escala?!!!
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