Ainda continuo "offline" e pelejando para me adaptar a esse processo de desintoxicação virtual. E o que me resta?!!! Tentar me entreter com a programação da madrugada do "Plim-Plim" (cá entre nós, é a melhor grade de programação da emissora) e dos canais à cabo. Então,... assim, como quem não quer nada e muito a contra gosto, assisti o filme Bright Star. É o que tinha para hoje.
Para quem gosta de literatura e arte, o filme retrata a literatura romântica da sociedade inglesa de 1802, enfocando o drama romântico entre o jovem romancista e poeta John Keats e sua musa inspiradora Fanny Brawne, estimulando-o a superar sem inspiração na obra literária. Como todo filme de época, ainda mais retratando a era romântica, apresenta a dinâmica do Romantismo Inglês, muito mais leve, contido, onde esse drama busca ser o mais leal ao retratar o comportamento inglês do século XIX.
Assim, a pegada do filme é propositadamente lenta, tediosa, sempre a espera de algo ou alguém, contida (gestual contido nada mais protocolar e engessado como a dinâmica inglesa) e literária, pois retrata como as relações humanas dessa época eram construídas, onde as vivências amorosas eram mais ingênuas e sutis e o erotismo estava nas entrelinhas dos escritos e na imaginação dos leitores que ruborizavam as mocinhas, fazendo-as sonharem com o amor romântico, o tipo ideal,
Creio que não seja o tipo de filme que arreate o público mais jovem, mas agrade mais uma galera pensante, os das Ciências Humanas. Vale o registro pela questão cultural retratada no filme e como o romance e o drama dos personagens irá se desenvolver.
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