Antes de desenvolver esse post, eu quero deixar alguns pontos bem claros:
- Por mais nobre que seja a sua intenção ao usar a mentira como instrumento para evitar conflitos, mágoas e frustrações, mesmo assim, a verdade é o melhor caminho, ela liberta. Toda ação "errada" tem uma consequência, portanto, ao invés de fugir do problema e adiar a tomada de uma decisão para solucioná-lo, porquê não ter a hombridade para encará-la de frente?!!!
- Socialmente, apesar de não ser nada ético, é "aceitável" para quem se utiliza da mentira como estratégia para chegar ao seu fim, Há quem até consiga montar uma farsa para poder justificar o seu ponto de vista e método questionável para atingir e edificar o seu propósito, tendo como foco alcançar um desfecho positivo e buscando a verdade.
- A mentira molda o caráter (ou a falta dele) de quem mente: Aos que tem boa índole e um bom caráter, no seu íntimo, mentem visando para estabelecer a harmonia e defender uma boa causa, mesmo se for sedimentada numa ilusão, num terreno frágil, imprevisível e traiçoeiro como a mentira, e, aos maus caráteres, mentem sempre com o propósito nefasto de destruir, intrigar, prejudicar, denegrir, manipular, ludibriar, enfim, buscando, em primeiro lugar e à custa de tudo e todos, os seus próprios interesses egoístas e obscuros sem culpa ao abrir mão dos limites, da ética e da moralidade.
Mentir ou não mentir, eis a questão. Atire a primeira pedra quem nunca mentiu. Porém, só em imaginar que para manter uma mentira vigente, você precisa criar uma história e uma estrutura fictícia para sustentá-la como suposta verdade, além de agregar novas mentiras para dar veracidade (criando uma rede de mentiras onde uma mentira puxa à outras, mantendo um ciclo tóxico, vicioso e intrigante), já me deixou exaustivamente cansado. Prefiro optar pelo menos trabalhoso apesar das suas devastadoras consequências: a verdade. Dizer a verdade, por mais dura e grave que se possa ser, é mais simples e não te torna refém de uma farsa, abrindo para você a possibilidade e a redenção do perdão, porquê você tem como atenuante ter sido corajoso, honesto e frontal. Errou, reconheceu e tem a possibilidade de reverter o erro em acerto, se não no presente, pode ser no futuro.
No entanto, existem os mentirosos de plantão que já estão tão familiarizados, confortáveis e acostumados à mentir que já se tornaram dependentes da sua própria compulsão. Na ausência de caráter e do seu desvio de conduta, a naturalidade com que eles mentem, as suas caras de pau já nem tremem mais. Afinal, estão amparados pela lei weberiana de que "Os fins justificam os meios". Ética para quê?!!! Pessoas assim, embusteiras, é melhor nem tê-las em nossas vidas.
- MENTIR PARA OCULTAR -
Se você mente para ocultar a verdade com a intenção de poupar algum ente querido de algum tipo de sofrimento e frustração, saiba que a sua superproteção está criando um indivíduo débil e frágil emocionalmente, como também, o impedindo de amadurecer: Sofrer, magoar-se, frustrar-se, perder, decepcionar-se, ..., qualquer outro gosto amargo na boca e lágrimas que escorrem nos cantos dos olhos, fazem parte do processo de amadurecimento e fortalecimento da saúde e inteligência emocional de um indivíduo, tornando-a alguém mais forte, seguro e experiente para lidar com as negativas da vida. Você não tem o direito de poupar os outros em ter as suas próprias aprendizagens, embora também sejam negativas e dolorosas, e desenvolver os seus instrumentos de proteção. O sofrimento também ensina e fortalece.
Se você mente com a finalidade para transparecer quem você não é ou para dar a sensação de um falso glamour à sua existência para te deixar interessante aos olhos dos demais, porquê você não se torna alguém interessante?!!! Investir em criar um personagem "fake" para você sempre te deixará vulnerável e à mercê de ser desmascarado(a), descoberto(a). Mentira tem perna curta e, mais cedo ou mais tarde, a verdade vem à tona, deixando-o(a) exposto(a) ao vexame e ao escárnio público. Autenticidade é tudo.
Se você mente para evitar "carões", broncas, repreensões, lições de moral, ficar em evidência, punições e castigos físicos, isso tem um certo ar infantil: "Aquela criança levada que aprontou ou fez traquinagem". Se você teve a personalidade e a coragem para fazer, também tenha para assumir.
Errar todo mundo erra, mas você tem duas opções: Porquê ao invés de fugir e esconder o seu erro, você não tenta consertá-lo?!!! Você vai sempre assumir essa atitude covarde e infantil de ficar fugindo, mentindo, ocultando, trapaceando para não ser pegue na mentira?!!! A escolha final é sua. Como você quer sedimentar as sua vida e as suas escolhas e ações baseadas em verdades ou em mentiras?!!!
- MENTIR PARA DESCOBRIR A VERDADE -
Em algumas situações, para se chegar às verdades dos fatos é preciso seguir a corrente e aprender a lidar com as mentiras para desconstruí-las. Nesse momento, você opta em criar uma farsa, uma ficção, como instrumento de investigação. Todavia, seus planos também podem ser descobertos, tornando você num alvo, em exposição.
Quando você cria uma atmosfera, um cenário de filme de espionagem para alcançar à verdade dos fatos, tornar-se um farsante, um mentiroso, é compreensível e justificável em prol do seu objetivo final, mesmo correndo o risco de sua farsa ser descoberta. O que mais tem por aí, inclusive no universo on line, é a existência de farsantes. Infelizmente, até por autoproteção, não é todo mundo que sai por aí cavalgando em cima da autenticidade e usando a espada do sincericídeo, porquê a honestidade está se tornando cada vez mais uma peculiaridade para poucos e não uma via de regra.
Assim, quando a verdade for descoberta e exposta à todos, será o seu escudo e a sua chave que irá te absolver de qualquer culpa ou falha causada durante a sua saga e experiências como Sherlock Holmes e Matahari. Por isso, seja qual for a sua cruzada em busca da verdade, esteja certo de que: Quem procura, acha. Até mesmo o que você não estava imaginando encontrar ou partindo de uma hipótese diferente daquela que você estava se baseando no início. A verdade não é para os fracos e dissimulados.
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