domingo, 29 de maio de 2016

Cuidar não é superproteger





Quem ama, cuida. Algo inquestionável e nem entremos no mérito dessa questão, pois o instinto de proteção é inerente à qualquer espécie animal, incluindo a nossa. Porém, o culto à super proteção, deforma. Deixando as pessoas sem iniciativa, acomodadas, desencorajadas, emocionalmente frágeis e dependentes, sem perspectiva e inseguras para enfrentar os seus próprios problemas e um furacão chamado vida.

Poupar, poupar, poupar... poupar...  e poupar. Que classe de persona é essa criada numa redoma de vidro que precisa ser poupada de tudo e de todos?!!! A superproteção extremada a paralisa diante das primeiras dificuldades que apareçam em sua frente. Sem dúvida, deixando-a despreparada para enfrentar a vida - Dona Vida pode ser cruel e passar por cima de você como um trator.   

Também se cresce e se fortalece diante da dor. Alguns sofrimentos são necessários e, por mais que se queira, não dá para evitá-los. Faz parte do nosso processo de aprendizagem e amadurecimento, apesar de ser à custa de lágrimas e dores. É preciso estar preparado para enfrentar tudo o que se possa apresentar, cada uma em sua fase e em seu momento. Quem foge dos problemas, acaba sendo engolidos por eles.

Nesse sentido, cuidar não se limita ao ato de superproteger, mas orientar, respaldar, apoiar, estender à mão ou quiçá dar um colo quando se for necessário. Não é criando um incapaz que o fará mais forte e feliz para enfrentar as vivissitudes da vida.

O impulso de ir





Às vezes, o impulso de ir é maior do que a súplica para você ficar.

Respira fundo, ergue a cabeça e vai... Das vezes que eu fui, se antes eu não poderia prever o resultado final, hoje, eu sei, que naqueles momentos foi o melhor que eu poderia ter feito, mesmo sem saber disso. Riscos muitos, garantias nenhuma.

Quanto às súplicas, aos rôgos feitos, me desagrada em demasia quem "pede penico". Diria até que me dá um abuso infinito. Não gosto de pessoas frágeis, débeis de caráter, com pouca personalidade e nenhum amor próprio e subservientes. Aos pedintes de afeto, perdão, mas, esse comportamento é o cúmulo da carência e causa em mim uma profunda lástima. Sem esmolas por hora.

Humildade e caridade não é muito o meu forte, talvez, por isso, na próxima vez, quando houver a distribuição delas no céu, eu entre nas suas filas mais de uma vez.  Sou muito rebelde, temperamental e altaneiro para ser servil. I'm so sorry, but... fuck you!!!  Não é que eu seja de todo frio e indiferente à dor e tragédia humana, mas, eu admiro quem tem força de espírito e caráter para não viver em plano de eterna vítima das circunstâncias. Se é para cair, caia... de preferência em pé. 

Reconhecer um erro é mais do que válido, nobre até. Mas, ficar se justificando sempre pela mesma coisa é chato e cansativo. Quem se abaixa muito acaba por mostrar o fundo das calças. Para não fazer ridículo, há de se saber a hora certa para sair de cena, de se retirar - quase uma "saída estratégica pela direita" ou à "francesa", se melhor lhe parecer.

Se é para ir, vá. Siga o seu rumo. Não perca o foco olhando para traz... O tempo urge e a roda da fortuna gira. Adelante!!! 

Se é para duelar...





Se eu ainda me recorde bem das aulas de catecismo, um dos 10 Mandamentos consiste em: "Não cobiçarás a mulher do próximo". Quando se ultrapassa esse limite, pondo os olhos em alguém já comprometido(a) ou que encontra-se interessado(a) por outra persona, você já está em situação de desvantagem. Ir ou não ir em frente é uma decisão sua.

Seja por teimosia ou capricho ou obsessão ou por competição ou por se enamorar da pessoa equivocada ou carência ou  _______________, existe uma missão à ser cumprida: Se apossar de um coração improdutivo, já ocupado por alguém que não seja você. Se vale a pena ou não tentar, o quanto lhe vai demandar investir nisso, se você será vitorioso(a) ou não no final, é algo que você irá descobrir no decorrer do processo.    

Nem em todos os duelos de amor, o desafiante consegue vencer o desafiado, à não ser que o relacionamento já esteja deteriorado e descendo a ladeira vertiginosamente e o amor acabado. Nesse caso, o espaço existe. Num contexto contrário, nem sempre David é pareo para Golias. Todavia, cada um sabe das suas próprias armas e encantos para ir à luta.   

Já o mérito da disputa, é uma decisão pessoal. Não ouso dar palpites ou conselhos, apesar dessa dinâmica de competição me deixar exausto e entediado. Ou estar comigo ou estar comigo, se não estiver, vá resolver a sua vida: Hasta la vista, baby!!! Eu tô ficando velhinho, então, já não tenho mais ânimo e nem disposição para travar batalhas com "moinhos de vento". Foi-se o tempo que ao ser desafiado, afrontado, dava pelea e perder estava fora dos meus planos, contudo eu sempre respeitei e respeitarei os relacionamentos alheios - Eu posso ser tudo o que você quiser, menos um vil oportunista e traiçoeiro. 

Se é para duelar, que duelem por mim. Meu nome é comodidade. 

sábado, 28 de maio de 2016

Mantenha-se privado, o que deve ser privado



Nem tudo precisa ser dito ou compartilhado. Algumas particularidades da nossa vida são de foro íntimo e como tal só nos diz respeito e à mais ninguém. Independe se são segredos ou doces e/ou amargas lembranças e experiências ou pequenos delitos ou malfeitos ou fatos comuns e correntes ou hábitos estranhos e/ou curiosos... não importa, quem decide o que pode ou não ser ventilado sobre a sua vida íntima e pessoal é só você.   

Não é porquê faz parte da sua família ou frequente a sua cama e intimidade ou seja seu(ua) amigo(a) que você tem algum compromisso ou obrigação de informar tudo o que te passa. Aos metidos e fofoqueiros de plantão, violar a privacidade alheia reflete bastante o vazio e quão desinteressante devem ser as suas próprias vidas.

Quanto à questão da privacidade, todo mundo tem o direito de preservar a sua, por isso, quanto mais você for uma figura pública e popularidade tiver, mais probabilidades haverão dessa privacidade ser devassada para saciar a curiosidade alheia. O show business está aí para nos lembrar através da indústria do entretenimento e da fofoca de (pseudo)celebridades.

Se você tem algo à esconder, esconda, muito bem escondido. para não vir à luz e ao domínio público. Todo mundo tem algo à esconder, seja uma grande verdade ou uma pequena mentira. Ter segredos faz parte da dinâmica da existência humana e, o que diz respeito aos seus segredos e mistérios, só você saberá o que mantê-los ocultos representam para você.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

E por falar em preconceito...




Não sejamos hipócritas, cada um de nós temos os nossos próprios preconceitos, independente ou não se temos a coragem e o caráter necessários para admiti-los e enfrentá-los sem máscaras e pretextos. Nem todo mundo é tolerante e humilde o suficiente para lidar com as diferenças e os seus próprios conflitos.

Partindo desse pressuposto, mais do que admitir qual é o seu preconceito é preciso aprender a lidar com tudo aquilo ou aquele que te provoca reações e emoções negativas a partir de uma postura civilizada, baseada no equilíbrio emocional e bom senso. Você pode não aceitar quaisquer que sejam as diferenças, rechaçá-las até,  todavia, não precisa apelar para a violência física e psicológica e a repulsão humilhante do bullying. E para os fóbicos de plantão, várias sessões de psicoterapia caem muito bem!!!

As diferenças e as desigualdades estão aí para serem confrontadas por intermédio da reflexão e do debate de ideias, mesmo que causem algum incômodo em você. Você tem o direito de não aceitar, manter-se distante e ausente, porém não precisa crucificar ou atirar pedra em seu oposto, em seu avesso. Para se viver bem e em harmonia é preciso conviver com as diferenças político-partidárias, econômicas, religiosas, étnicas e raciais, estéticas, sexuais, ideológicas e outras para que a humanidade não esteja subjugada à barbárie e ao caos social.

É muito mais fácil apontar os defeitos dos outros e tentar ridicularizar do que compreender as razões que regem um comportamento alheio e o contexto que o envolve. Investigar o desconhecido à fundo custa trabalho e empenho. Para lidar com o preconceito é preciso abrir a mente, expandir o horizonte e a percepção, deixando de ter uma mentalidade e um proceder limitados.

Expanda-se!!! Evolua!!! Liberte-se dos seus preconceitos. 




terça-feira, 24 de maio de 2016

Com o passar do tempo... Será que pode mesmo?!!!


"Eu não te amo, mas... quem sabe, com o tempo, eu possa te amar". Será que pode mesmo?!!! Eu tenho cá as minhas dúvidas, porquê eu só concebo o amor como uma expressão espontânea e recíproca de afeto - se não for, não me interessa.

A filosofia oriental de que o amor nasce com a convivência tem a sua coerência, porquê o tempo pode ser um bom aliado para oferecer boas descobertas e proporcionar aproximações entre as pessoas. Porém, nós estamos tratando de sentimentos, de subjetividade, algo intangível que não pode ser manipulado à nossa vontade, ânsia e opressão. Não se trata de cálculos e/ou equações matemáticas que pressupõem resultados exatos, objetivos. Nem tão pouco é um mero e vulgar objeto que pode ser arrumado numa cômoda do quarto ou exposto em uma prateleira da sala de visita ou escritório ou centro comercial. 

Na cultura oriental, o matrimônio é uma extensão das negociações familiares para reunir empórios e interesses econômicos, onde, por tradição, os filhos são obrigados a atender as exigências dos seus pais, não considerando os seus sentimentos e as suas vontades como a base fundamental para se casar - casar-se enamorado não é a via de regra. Até aí, esse modelo pouco ou nada romântico também pode ser encontrado no Ocidente.

Mas, quando se trata do povo latino, o nosso sangue é quente, somos essencialmente passionais, onde a obediência e a visão fria e objetiva de uma negociação não são eficientes para suprimir ou conter os nossos sentimentos. As emoções latinas são exageradas, impulsivas e essencialmente dramáticas. É uma característica afetiva da cultura latino-americana.    

Antes de tentar construir um amor, uma relação genuinamente amorosa, necessita que as pessoas estejam dispostas e abertas à essa construção. Mas, para chegar ao fim, ao amor almejado, é preciso ter dentro de si, dentro do coração, outros ingredientes para que esse amor possa surgir e crescer entre duas pessoas que possam se enamorar com o passar do tempo. Se houver restrições, negativas e má vontade, dificilmente se poderá construir um amor, uma relação terna e sana.

Nesse contexto, seja no Ocidente ou no Oriente, eu não acredito que o amor possa ser construído a partir de obrigações, exigências, regras. Amar requer liberdade, espontaneidade, bons sentimentos e emoções, calor humano... Não creio que possa ser forçado, ajustado de acordo com os nossos interesses e conveniências.     

É claro que o amor pode chegar com o tempo, mas, precisa de um contexto propício para que isso aconteça, sem pressões e opressões, sem travas, sem muralhas. Se um relacionamento com amor já é complicado, imagine sem e ainda mais se for regido por compromisso moral. Se o casamento estivesse dentro das minhas prioridades, cursi ou não, só me casaria se fosse unicamente por amor.    

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Quem se deixa usar...




Nem piedade, nem contemplações. Muito menos, afagos. Quem se deixa usar não tem qualidade moral para fazer reclames depois, pois de antemão já deu o seu consentimento para futuras situações degradantes, sendo alvo de desvalorização, desrespeito e humilhações. Quem não se respeita e não tem amor por si mesmo, rifa-se!!! Deixa-se pisar como o capacho desgastado da entrada.

Há quem queira se fazer de muito espertinho(a), deixando-se usar para tirar proveito da situação. Tanta astúcia pode se transformar em um tiro no próprio pé, pois já se colocou à mercê dos caprichos e (des)mandos do(a) seu(ua) "dono"(a). Quando se submete as regras do jogo, tem que cumpri-las. As relações tem dessas coisas.

Se por acaso você se cansar dessa situação. ao invés de bravejar entre reclamações sem efeito, você já abriu precedentes antes, lembra-se?!!!, cabe à você o último suspiro de dignidade: saia de cena. Nunca é tarde para romper uma situação degradante e tentar corrigir o seu caminho.

Esteja certo de que pior do que "sair de cena" é deixar-se usar deliberadamente como um mero objeto. Se ser tratado(a) como uma coisa não lhe causa conflito e te deixa em pleno estado de graça, adelante!!! Se não, algo precisa ser mudado em você, na sua conduta e percepção.    




Oh povo ciumento!!!




Me incluo também. Mas, quando se trata de demonstrar o meu ciúmes, eu procuro ser pouco óbvio, porquê, para mim, além de ser uma prova contundente de desconfiança e insegurança, é um sinal de debilidade de caráter. Não é do meu estilo e feitio colocar-me em evidência diante das minhas conquistas e relacionamentos e, muito menos, demonstrar as minhas fragilidades. Por estratégia, não gosto de me colocar nas mãos dos outros. Por temperamento, eu gosto de ter o controle da situação, assim me sinto mais cômodo. 

Todavia, até aonde eu me recorde, eu não sou um ciumento neurótico com mania de perseguição e cheio de paranoias e nem protagonizei cenas e pleitos no meio da rua. Para eu perder o controle de mim e da situação e "rodar a baiana" é porquê a falta de respeito foi gigantesca, chegando ao cúmulo do descaro - ainda não cheguei a esse ponto.

Também sou muito seletivo com quem eu sinto ciúmes. Na minha lista só consta duas pessoas: Minha sobrinha (meu xodó) e uma amiga da época de colégio por quem fui apaixonado (a paixão passou, mas o ciúmes ficou). São as únicas pessoas que me dão um certo trabalho para não revelar a minha parte ciumenta. Nem com as minhas relações amorosas procedo assim, administro os meus sentimentos ao meu favor - pode aparentar uma certa frieza e manipulação da minha parte, mas os librianos me entenderão.

Me considero pouco ciumento, porque sou desapegado por natureza e também compreendo que ciúmes em demasia torna-se em patologia. Nem gosto e nem quero me tornar um ciumento que precise de tratamento psicológico. Relações tóxicas e conflitivas, tô fora!!! Protagonizar cenas de ciúmes é tão degradante quanto essencialmente chata e cansativa para o relacionamento.

Enfim, ser ciumento é um atraso de vida, além de ser uma perda de tempo e energia. E não serei eu que tornarei a minha companhia um fardo e um desestimulo. Nem tão pouco eu quero ser objeto de ciúmes, me dá uma flojera infinita.        

domingo, 22 de maio de 2016

Filhinha, a culpa é sua!!!






Filhinha, a culpa não é dele, mas sua. Admita. Darei-lhe alguns motivos:

Primeiro, quando se deixa uma história de amor mal resolvida no ar, o destino assopra e o vento traz de regresso, mais cedo ou mais tarde. Assim, se ainda há algo por se resolver... , essa fatura será cobrada - A Dona Vida se encarregará disso. Eu não tenho a menor dúvida.

Segundo, para fugir dos seus próprios sentimentos, você foi se refugiar nos braços de outro. Você pode se refugir em qualquer parte do planeta, nos braços de quem você quiser, mas aonde quer que você vá, os seus dilemas estarão junto com você.

Terceiro, já que você quis se casar com quem você não amava... aguente as consequências das suas escolhas e, pelo menos, cumpra com o seu papel como esposa. Machismo à parte, o seu marido tem todo o direito de esperar de você: Cama, mesa e banho. É o mínimo que se espera, não é?!!!

Ao negar-se a cumprir com as suas "funções" de esposa, é o cúmulo da quebra das regras de um casamento. Quem não sabe brincar, não desce para o play, simples assim. Ninguém colocou uma pistola na sua cabeça para dizer o tão aguardado "sim" no altar.

Portanto, se o amor da sua vida regressou para bagunçar os seus planos e as suas regras, mexer com o seu juízo e desorganizar o seu casamento, com certeza, a culpa não é dele. Se há espaço para o caos, com interferência ou não dele, a responsabilidade é sua porquê você permitiu isso por não afrontar o que sentia e não resolver o que precisava ser resolvido. É muito fácil responsabilizar os outros das nossas próprias culpas. Pense nisso!!! 

sábado, 21 de maio de 2016

Como lidar com a morte?!!!




Num primeiro momento?!!! Não se lida, sente-se: dor, desespero, desamparo, abandono, impotência, desnorteio, raiva, indignação, incompreensão, ..., todos esses sentimentos negativos e naturais diante de uma perda tão definitiva como a morte. A negação é a expressão do primeiro grito de dor quando alguém importante se vai e nunca mais regressará.

O fato é que ninguém está preparado para aceitá-la logo de início. Custa e demanda tempo para aprender a lidar com a partida. Dependendo dos laços de afeto que se estabelecem com quem partiu, aprendemos a lidar com essa ausência, embora jamais esquecida e em alguns casos insubstituível. Dessa ausência, de vazio só resta uma saudade infinita.

Eu posso falar desse tema como ninguém, por ter já sentido em carne própria como é lidar com uma perda dessa dimensão. Há quase 9 anos eu perdi a pessoa mais importante da minha vida, alguém que me amava e me apoiava incondicionalmente - minha amada Filozinha, minha mãe. Depois do seu falecimento, qualquer perda que veio após disso, se tornou pequena para mim. Todavia, não há um dia sequer que eu não me lembre dela, dos seus ensinamentos, das suas peculiaridades. É uma saudade infinita.

O que me ajudou a lidar com a sua morte foi deixar o tempo agir. O tempo ameniza parte da tristeza que se converte em nostalgia. O que me também ajudou nesse processo foi me apegar à ideia de que: Todo o sofrimento físico causado com a sua enfermidade foi terminado. A sua liberação superou qualquer apego do meu egoísmo de tê-la ao meu lado, sofrendo em vida - eu sou avesso à qualquer forma de sofrimento. Amar é também deixar partir.

Muitas vezes, não nos damos conta como os nossos queridos animais de estimação são importantes para nos ensinar a lidar com essa despedida. Os nossos pets além de nos darmos carinho desinteressado e companhia, são o contato mais cercano que nós temos para lidar com a morte de perto. Quem nunca sofreu e chorou com a morte do seu animalzinho?!!! A minha vida inteira, em minha casa, sempre tivemos a alegria de ter bichinhos de estimação entre nós. 

Todavia, esse primeiro contato com a morte, não é totalmente eficiente e nem nos torna indiferentes quando nos deparamos com grandes perdas, como a morte dos nossos entes mais queridos, quem mais amamos. E, diante desse contato, é pertinente destacar que cada um de nós tem uma forma íntima e particular de lidar e reagir com as nossas perdas. Cada um sente e lida com sua própria dor à sua maneira, não existe regras para sofrer e chorar pelos nossos afetos que partiram. Por isso, quaisquer críticas ou bullyings alheios tornam-se insignificantes.   
  

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Não é preciso dar maiores explicações...



Perde-se muito tempo tratando de explicar os sentimentos, porém alguns deles não precisam ser explicados, apenas sentidos. De preferência com os 5 sentidos. Sentir, sentir e sentir...



(...) Esse amor ÔôôôôÔ
Não tem palavras
Nem explicação
Não é preciso
É um sorriso sem querer
Te amo sem medo
É se entregar,  
É respirar...

(Cidia & Dan)


 


Já as batidas do meu coração, batem numa mesma frequência.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Primeiro e/ou verdadeiro amor





Necessariamente o primeiro amor não é o definitivo, o verdadeiro. Todavia, ele traz consigo a vantagem de ter sido o primeiro, o mais ingênuo, aquele repleto de ilusões, expectativas e sonhos, sem vícios e traumas de relacionamentos anteriores. No geral traz consigo boas, freshes e bonitas recordações, de acordo com o fogo da jovialidade quando nos enamoramos pela primeira vez, quando estamos dando os primeiros passos em direção ao amor.

O primeiro amor deixa marcas. Sorte daqueles que começaram com o "pé direito" e não colecionaram dissabores e traumas desde o princípio. Afinal, quem busca o amor, acaba de deparando com o desamor em algum momento - sofrer também faz parte do pacote. Mas, a impressão que me dá é que quando nos referimos ao primeiro amor, surge em nós uma certa nostalgia, sendo uma espécie de reencontro da ingenuidade perdida.

Pensando no meu primeiro amor, apesar de não ter sido um episódio traumático, não é uma lembrança que me surge automaticamente. Requer um certo esforço e concentração, por isso eu estou seguro de que o meu primeiro amor não foi tão marcante assim ou já faz muito tempo. O mesmo se aplica ao meu primeiro beijo - sinto, mas não me lembro!!! rs...

O primeiro amor traz consigo muitas ilusões e, com o passar do tempo, parte delas se perdem ou deixam de ser importantes, porquê também mudamos. As prioridades mudam. Os padrões mudam. A forma de ver a vida muda. As emoções mudam. As mudanças também trazem excelentes resultados apesar das incertezas iniciais.

Então, você quer dizer que o primeiro amor não pode ser o verdadeiro?!!! Pode, claro que pode. Mas, é tão raro você encontrar o verdadeiro amor logo de primeira. É como acertar na loteria fazendo 1 único jogo. Todavia, há quem tenha essa sorte. Agora, se você não teve outras experiências anteriores, como você pode ter a garantia que o seu primeiro amor é também o seu verdadeiro?!!! Na ausência de parâmetros... a sua primeira experiência deve ser o suficiente para não querer buscar outras relações - isso é louvável.

Seja o primeiro ou o último amor, não importa a colocação. O que realmente importa é desfrutar da veracidade desse sentimento de maneira sã e plena, da melhor forma possível. Que tudo seja de verdade!!!   

terça-feira, 17 de maio de 2016

Para nunca mais, bye!!!





E o mundo girou...

Eu te amava e você me deixou. A vida seguiu o seu ritmo, o seu destino, depois de um tempo o meu coração parou de doer, a força da sua importância para mim se perdeu e eu continuei o meu caminho sem você. Agora, quando eu reconstruí a minha vida, você surge do nada, fazendo-me reproches:

- "Você não dizia que me amava"... blá blá blá, blá blá blá.


Primeiro, o que foi dito, ficou no passado. Segundo, com que direito você vem agora, depois de tanto tempo, me questionar?!!! Quando você teve a oportunidade de esclarecer tudo, você não quis me escutar. Terceiro, os meus sentimentos mudaram, te superei.

É engraçado como algumas personas esquecem das suas omissões e escolhas feitas e querem recomeçar do ponto aonde pararam como se nada tivesse acontecido. Comigo não, eu não sofro de Alzheimer e para completar eu tenho memória de elefante. E outro agravante: Dependendo da gravidade do que foi feito, eu não sei perdoar.

Partindo da premissa de que não há mais caso para reconciliação (o que de fato não tem) e de que todo o sentimento que havia se foi... pelo ralo, pelo rio, para aonde quer que tenha ido, porquê eu deveria dar uma segunda chance?!!! Sem chances. Sinceramente, se fosse o caso para dar uma outra oportunidade, seria injusto para quem eu estou pretendendo agora e/ou futuras pretensões. Enfim, você teve a sua chance e perdeu.

Eu não entendo quem fica correndo atrás de alguém que não te quer, praticamente abanando o rabinho como se fosse um cãozinho carente de afeto e atenção. Será porquê eu nunca agi dessa maneira e não me vejo fazendo isso?!!! Deve ser isso. Me respeito demais para me degradar por alguém, quem quer que seja, e o meu amor próprio está em primeiríssimo lugar.

É até pertinente citar "Amo você" do Peninha: "O que passou, passou não importa, ficou do outro lado da porta pra NUNCA MAIS"!!! Para nunca mais mesmo e sem maiores ressentimentos.   

Às vezes, o amor é impossível.





"Às vezes, o amor é impossível". Embora essa citação soe como pessimista, é uma possibilidade provável e factível. Não posso quantificar, nem dar números exatos, mas, eu estou seguro de que muitas pessoas já experimentaram-na em algum momento. Nesse campo não há garantias e nem prazos de validade.

Amar requer trabalho e dedicação e, quiçá, uma pitada de sorte. Porém, quem dá o seu toque de impossibilidade, de inalcançabilidade, é a postura e a complexidade humana. Seja por altas expectativas e padrões de preferências ou traumas amorosos anteriores ou desencontros amorosos ou falta de compromisso, é fato inquestionável de que todos nós complicamos - uns mais, outros menos, mas complicamos.

As ilusões que estão envoltas ao redor do amor contribuem para que ele se torne impossível. Idealiza-se de uma tal forma que ao invés de facilitar a aproximação das pessoas e dos seus sentimentos, se distanciam cada vez mais.
Quanto mais idealizado, mais difícil de realizá-lo. Tem quem tem talento e imã para amores impossíveis, os amores platônicos estão aí para atestar.

Todavia, nem tudo é derrotismo, mas... o impossível para ser transformado em possível requer fé, perseverança e atitude, pelo menos para quem está disposto à tentar. Não é fácil tocar as estrelas com as próprias mãos. Quem sabe você consiga - tudo é possível para aquele que crer.

Se eu creio?!!! Quando eu encontrar quem me faça crer, eu respondo essa pergunta. Até lá... deixo por conta de quem está desfrutando da sua possibilidade. Felicito-os!!! Enquanto isso, permaneço na minha zona de conforto, preservando a minha paz e tranquilidade.

Quanto a minha cota de impossíveis, esse colóquio fica para um outro momento.   
  

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Orgulho & Dignidade: Diferentes, porém libertadores





Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Há quem se confunda entre defender o seu orgulho e resgatar a sua dignidade. Embora ambos tenham como ponto em comum a ruptura, romper com algo ou alguém ou alguma situação e circunstância que nos degrada e humilha, e o benefício próprio, mas a motivação é diferente.

O orgulho está diretamente ligado ao nosso ego, por isso quanto maior o ego de uma pessoa, maior será o seu orgulho. A natureza de um orgulhoso é egoísta, estando completamente centrada em si mesmo, por isso, demonstrar fortaleza e magnitude diante dos demais e das suas opiniões e juízos de valor, é mais do que uma satisfação, é uma necessidade de não se demonstrar menor e inferior diante dos outros. Defender o orgulho ferido é dar respostas aos outros, mesmo que essas respostas não sejam obrigatórias, e demonstrar a sua superioridade diante dos demais.

Já resgatar a dignidade é o reflexo de uma íntima satisfação pessoal, onde romper com uma situação de opressão não diz mais respeito à mais ninguém. É resgatar-se à si mesmo, a sua cidadania, o respeito próprio. A consequência disso não é demonstrar superioridade ou responder aos demais, mas despertar nos outros admiração por reconhecer uma ação digna, um bom exemplo.

Um se trata de defender a sua vaidade, outro de resgatar o respeito e o amor próprio. Um se trata de egoísmo, outro de altruísmo e nobreza. Todavia, seja por orgulho ou por dignidade, agir em benefício próprio nunca é demais sobretudo quando se trata de romper com tudo aquilo que nos magoa, degrada, limita e humilha.     

domingo, 15 de maio de 2016

Quem não quer beijar, não se deixa ser beijado(a).





Quem não quer beijar, não se deixa ser beijado(a). E, se o beijo for roubado, interrompe-se automaticamente. Se deixa rolar o beijo, acaba-se dando margem para falsas interpretações e, nesse mundo, não falta quem se ilusione com falsas promessas ou conclusões precipitadas, sobretudo se estiver "in love", em pleno estado de enamoramento.  

Agora, eu te pergunto: O que esperar de alguém que não é fiel com as suas próprias convicções?!!! Eu?!!! Nada. Prefiro evitar maiores frustrações. Posso ser antiquado, estar supervalorizando um beijo, deixar a minha natureza ciumenta se manifestar, mas, existe algo que não pode ser esquecido e/ou deixado de lado: Respeito. Respeite para ser respeitado, simples assim.

Qual é a gravidade de um beijo dado?!!! Depende da circunstância, do compromisso, do combinado, da intenção, da convicção, da forma de pensar..., enfim, pode ser tudo ou irrelevante. o foco quem dá é você. Para mim, quem está comigo, eu espero um mínimo de coerência e bom senso, para me respeitar e se fazer respeitar - "Não faça ao outro o que você não quer que faça à você", na integra.  

Se você dá vazão à um simples beijo, já abre um precedente para outras coisas: Outros beijos, uma pegada mais forte, outras intenções, dar asas à imaginação e as fantasias, cama, mesa e banho, ...  Enfim, se não há um basta, não deixar as coisas bem claras, deixar espaços para certas permissividades, propicia para que todos os limites podem ser ultrapassados. Se sem permissão, há quem queira entrar no céu à força, imagine se houver permissão...

Atrás de um simples beijo, que não pode ser tão simples assim, existe muitas coisas em jogo, principalmente a confiança. Sem confiança não dá para levar um relacionamento nem na esquina. E não dá para sair pela vida afetiva com dualidades, se for assim gera-se inúmeros conflitos. Beijar ou não beijar, eis a questão. Se beijar, que não se isente da sua responsabilidade e do seu desejo e nem utilize desculpas frágeis para se justificar, pois, acredito eu que: Quem não quer ser beijado(a), não dá ousadia.  

A imperfeição é o que melhor nos define






"A imperfeição é bela, 
a loucura é genial e é melhor ser 
absolutamente ridículo que absolutamente chato".

(Marilyn Monroe)






A perfeição é uma utopia. Imagine o quanto um perfeccionista deve sofrer por se deparar com essa realidade toda vez que algo lhe sai errado ou diferente de seus planos e, nesse exato momento, ele se conscientiza de que não pode controlar tudo o tempo todo. Nada é absolutamente perfeito e, muito menos, as pessoas.

São as nossas imperfeições que definem quem somos e nos ajudam a ser diferentes dos demais. Afinal de contas, quem não tem os seus defeitos?!!! Alguns são toleráveis, outros nem tanto, todavia para quem nos quer é preciso nos aceitar integramente, pacote completo. Porém, nem tudo é tolerável e deve ser passado por alto.

Defeitos?!!! Tenho muitos, mas eu estou bem resolvido com todos eles e nem tenho porquê pedir perdão por eles. Não se trata de soberba, mas consciência. Na minha lista não existe: covardia, nem por ser uma pessoa traiçoeira ou não ter coragem para admitir minhas ações, minhas escolhas e os meus sentimentos; perversidade, de admirar a vilania na ficção, não me considero ser um ser perverso; mau caratismo, abomino falsidade, infâmia e hipocrisia; debilidade de caráter e personalidade, ao contrário de mim, pois eu tenho um caráter bem forte e com muita honra; burrice, não por falta de escolaridade, mas por ignorância de alma; falta de hombridade, por fugir das suas responsabilidades.

Enfim, cada um com as suas imperfeições, seus defeitos. Isso faz parte da complexidade humana e, mesmo diante das diferenças alheias. o mínimo que se espera ao lidar com os outros é respeito. Agora, tratar mais intimamente com elas, estabelecendo vínculos mais profundos (amor, amizade, companheirismo, cumplicidade, ...) é uma questão de escolha e afinidade. 




"A perfeição é falta de humanidade, 
e a falta de humanidade é a maior e pior imperfeição humana".

(Dawton L. Valentim)  

sábado, 14 de maio de 2016

A difícil "tarefa" de um amigo: Atuar como "amigo" ou como "pretendente"



Pressupõe-se que a regra básica de uma amizade é a presença de um amor fraternal, sem segundas ou terceiras ou quartas intenções. Porém, quando surge outro tipo de amor entre dois amigos, a natureza dessa relação transcende para um relacionamento amoroso, onde essa amizade pode ser afetada negativamente. Eu já vi muitas amizades se perderem nessas condições.

Se existe amizade entre um homem hetero e uma mulher?!!! Claro que sim. Desde que ambos não se apaixonem entre si. E, se apaixonarem... faz parte do jogo entre sexos. Quando isso acontece, não é apenas uma amizade que será posta à prova.

Enquanto isso na sala de justiça... A sua amiga, por quem ele está afim, terminou o namoro e está sofrendo por isso. Como amigo o que ele tem que fazer?!!! Confessar os seus sentimentos por ela?!!! Tentar conquistá-la num momento que não é apropriado para os dois?!!! Apoiá-la como um amigo deve apoiar?!!! Enfim, o que ele deve fazer?!!!

Arriscar-se ou não arriscar-se, eis a questão. Que decisão tomar é uma escolha individual e deve ser muito bem refletida, pois muitas coisas estão envolvidas, além de por uma relação de amizade em risco. O que ele tem que fazer?!!! Não responderei por ele, porquê apenas ele pode responder por si mesmo, porém respondei se eu estivesse no lugar dele. Penso o seguinte. 

O ponto de partida é analisar o contexto em que a minha amiga está passando. Trata-se de um rompimento recente?!!! Se for, nem pensar intervir. Há possibilidades de reconciliação?!!! Se houver, nem pensar obstaculizar. Uma coisa é certa: Do que se deve esperar de uma mulher onde o coração dela pertence à outro?!!! Amorosamente nada. Então, se o contexto para se construir uma relação amorosa não é a melhor e muito menos fértil, será que vale a pena insistir nesse momento?!!! 

Quem está saindo de um relacionamento ou tentando superá-lo, precisa de TEMPO. Tempo para colocar os seus próprios sentimentos em ordem. Tempo para analisar os motivos que ocasionaram a ruptura da relação. Tempo para recuperar-se emocionalmente. Tempo para que o coração esteja preparado para recomeçar de novo. Tempo para se relacionar sem nenhuma pendência afetiva anterior que possa interferir na atual.

Depois de contextualizar a situação dela, considerar onde eu me enquadraria nisso tudo. Atuar como amigo ou como possível pretendente?!!! São duas ações diferentes e igualmente arriscadas. Como amigo, também se sofrerá pelo sofrimento do(a) amigo(a), dar todo o apoio que ela precisa para superar esse momento difícil. Como possível pretendente, sofrer um rechaço por saber quais são os meus reais sentimentos por ela, que transcenderam os laços de amizade, e se deixar ser usado como "tábua de salvação" e/ou "estepe" para que ela possa esquecer o outro.

Atuar como amigo ou atuar como possível pretendente?!!! Um ou outro ou ambos os casos?!!! Eu atuaria como amigo e, conforme o tempo fosse passando e as reações dela para comigo e com o fim do namoro, veria se há condições para que eu investisse numa possível relação. 

Porém, todavia, contudo, como o dilema não é o meu, quem está passando por isso, precisa ter uma visão ampla do que isso envolve e as consequências que ultrapassar as fronteiras de uma amizade representa. Se as circunstâncias fossem outra, se ela não estivesse apaixonada e sofrendo por outro, poderia ser que arriscar-se confessando os seus sentimentos por ela não fosse tão inapropriado e nem arriscado.

Enfim, seja qual decisão a ser tomada, a tarefa de um bom amigo é apoiar o seu(ua) amigo(a) em qualquer circunstância, seja ela boa ou ruim, até mesmo abrindo mão dos seus próprios interesses para não piorar a situação.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sentimentos recíprocos & Relações espontâneas





Quando se trata de sentimentos, só vale a pena se forem correspondidos, seguindo numa mesma sintonia. A partir desse princípio, não basta apenas os sentimentos que possam nutrir por você, se não houver uma contrapartida da sua parte, mas também e em primeiro lugar, o que você sente. Se você não sente, nada que lhe for dado, bastará ou preencherá as suas expectativas, pois sempre faltará algo: uma chama, um tremor, um impulso, aquela empolgação típica de um casal que está enamorado, arrebatadamente apaixonado.

Diferente disso, tudo parece tão morno, tão insípido. Será que vale a pena ter alguém do seu lado por pressão, por retenção, por culpa, apenas por compromisso, por demonstração de poder?!!! Será que é justo para ambas as partes estar numa relação sem amor?!!! Acredito que não e estou seguro de que nenhum outro critério é tão contundente quanto sentimentos e emoções correspondidos.

Uma coisa é você entrar porquê a porta foi deixada aberta, outra bem diferente é você forçar a porta com um chute e entrar. Um relacionamento forjado e forçado não traz felicidade para ninguém, sendo como andar constantemente numa corda bamba, estando em pleno risco de queda, rompimento, término.

Nesses termos, se for para construir uma relação, que seja baseada em dois pilares de suma importância para mim: reciprocidade e espontaneidade. Caso contrário, nem me estimula a sair da minha zona de conforto e, muito menos, abrir mão da minha paz & tranquilidade. Diz muito do momento em que eu me encontro.  

Nada adianta você amar e não ser amado e a reciproca também é verdadeira.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Brasil, não é que suspenderam a Presidente por 180 dias?!!!





Desde que começou a rumorar a possibilidade de Impeachment para a nossa presidente Dilma Rousseff, eu confesso que não estava colocando muita fé. Soava muito mais como um oba-oba do que realmente um fato político concreto que poderia deixar as suas marcas para a história da democracia brasileira.

O movimento foi avançando com os passar dos dias, ao meio de um crescente conflito político partidário em busca do poder e mais uma cena do jogo político, contando com o forte apoio popular - não em sua plenitude, mas uma parcela importante dos civis e da Imprensa; como também o abandono dos "ratos dos partidos aliados", que deixaram o barco petista à pique, lavando as suas mãos diante dos escândalos vermelhos de corrupção.

Chegamos onde chegamos: Suspenderam a nossa presidenta por 180 dias. E o processo de Impeachment que parecia não passar de um mero rumor, de uma hipótese distante, é real e já deu o seu primeiro passo. Diferente do primeiro processo de Impeachment brasileiro, no caso do Presidente Collor (1992), era um processo democrático inédito para todos nós e naquela ocasião não havia dúvida alguma da responsabilidade e do envolvimento do então presidente no mar de lama da corrupção.

Nessa segunda edição, Dilma Rousseff terá o desafio de provar a sua inocência e deixar claro que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, apesar de ser evidente que a corrupção petista e dos seus aliados acabou por respingar nela. Todavia, espero que esse processo democrático seja conduzido com maior transparência possível para que a teoria do "golpe" se dilua e não seja uma desculpa para poder punir a corrupção petista e justificar o Impeachment contra a presidenta.

Se não houve crime de responsabilidade, é o momento para que ela possa se defender e provar a sua inocência aos 54 milhões de brasileiros que a elegeram e principalmente para aqueles que perderam a confiança em você, no seu governo e no seu partido como eu. Todavia, quero deixar bem claro que a minha indignação não se trata de um viés partidário, também condeno a corrupção tucana em seu momento, mas a indignação de um brasileiro que se sente defraudado por um governo e um partido que tinha como principal bandeira "lutar contra a corrupção". Quem nos diria o contrário.

Que tenha que passar o que tenha que passar, sobretudo que esse novo episódio democrático possa trazer algum ponto positivo para o crescimento da nossa democracia e nação, visando colocar o Brasil na rota do crescimento e resgatar o bem-estar social e a cidadania para o povo brasileiro. Apesar de não esperar um milagre do dia para a noite, mas mais um ciclo de árduo processo de transformação política e social.  

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A culpa não é sua, não lhe corresponde.




Em algum momento na vida, nos toca perder. É uma verdade absoluta que não depende da nossa aprovação e, muito menos, da nossa simpatia. Aprender a lidar com algumas perdas faz parte da nossa aprendizagem e crescimento humano. Fato. Todavia, para quem não tem espírito derrotista e acomodado ou tem aversão e dificuldade em perder, tem todo o direito de tentar reverter ou superar as suas perdas - que bom que tentem revertê-las, porém algumas delas são irreversíveis, sobretudo aquelas que não dependem das nossas escolhas e ações.

Quando se trata das decisões alheias, muito à contragosto, em algum momento é preciso submetê-las e resignar-se. É preciso também saber perder e principalmente saber lidar com as rejeições com toda dignidade. Diante um rechaço, a tendência de quem foi rechaçado(a) é sentir-se culpado(a), assumindo uma condição de algoz de si mesmo, dando açoites na sua estima e dignidade.

Saiba que você não precisa sentir pena de si mesmo(a) e nem sentir-se a pior das pessoas. Você não tem culpa em não atingir as expectativas alheias, porquê, além de ser uma escolha e um padrão completamente subjetivo, ninguém sabe o quanto alto e inatingível é as elaborações psicológicas dos outros. Você como ninguém tem a obrigação de alcançar as estrelas e, muito menos, preencher as lacunas e corresponder as expectativas alheias. Se você tem o perfil e todas as ferramentas necessárias para corresponder os desejos e as buscas dos outros, ótimo, se não, siga em frente e com a cabeça erguida. 

Quando se trata de sentimentos, há quem queira entrar no céu à força, seja por orgulho e/ou capricho. Porém, quando se trata de carinho, amor, respeito, admiração, amizade, ..., não se pode forçar. Sentimentos são conquistados, estimulados, respeitados e correspondidos, se forem feitos de maneira espontânea melhor ainda. 


Se for para se sentir culpado(a) por uma derrota e/ou uma rejeição, que seja porquê você deixou de fazer algo que estava sob o seu alcance e responsabilidade. Que seja por consequência de uma falha concreta que você cometeu. Agora se depende do entendimento e da vontade do outro não sinta culpa, afinal os critérios não são os seus. Se você não é capaz de controlar os seus próprios sentimentos, por mais que se possa tentar, imagine em se tratando dos sentimentos de segundos, terceiros, quartos, ... 


Desde que eu superei essa bobagem, de sentir-me culpado por causa das decisões alheias e sentir-me comprometido em agradar os outros, nunca mais me coloquei em segundo plano e deixei pisotear os meus sentimentos. Ser capacho e vítima do egocentrismo e delírio alheio jamais. Só nos farão danos até o momento em que nós permitamos isso.

Enfim, não se sinta culpado(a) por culpas que não lhe correspondem e nem por escolhas que fogem do seu domínio. Aprenda a lidar com as suas próprias perdas, quanto amargas elas forem, porquê, lá na frente, o amargo de agora será o gosto doce da conquista de amanhã, seja em qualquer campo for. Não se diminua e nem se deprecie pelos megacritérios e devaneios que não seja os seus.  

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Best Thing I Never Had by Beyoncé





(...) Thank God you blew it
Thank God I dodged the bullet
I'm so over you...

Al tratar de olvidar... Que lo diga yo!!!






Pues, hay momentos en la vida que hace necesario entender para olvidar y perdonar. Solo así, dejar partir todas las circunstancias que nos hacen tanto daño y dolor.

Lo que paso, paso... Y el show tiene que continuar. Hasta el momento en que usted darse cuenta que...





Um rótulo injusto para os homens solteiros de 40 anos





O post anterior foi um preambulo para tratar do "rótulo" que abordarei aqui e que também já fazia algum tempo que eu queria postar sobre um tabu social tido como se fosse uma regra inquestionável, apesar de alguns aspectos também contemplem parte dessa hipótese, embora não seja uma verdade absoluta.  Sobretudo, eu acho injusto para os homens que chegaram ao 40 anos, ainda sendo solteiros e não tendo filhos, sejam rotulados de homossexuais sem sê-los.

À priori, qualquer que seja a identidade sexual de uma pessoa, merece o mínimo de respeito. A complexidade do ser humano também está refletida na sua sexualidade, por isso, nem entrarei no mérito da questão se é doença e/ou desvio de conduta (porquê eu creio que não é assim). Você pode até não entender a dinâmica sexual e subjetiva de cada um, por ser uma caixa de surpresas e possibilidades, mas, respeitar a peculiaridade de cada um isso pode e é de bom tom e demonstra que você é uma pessoa civilizada. As diferenças de e entre sexos existem, os estudos científicos e comportamentais estão aí para creditar.

Voltando ao assunto em questão, paira no imaginário coletivo e machista à seguinte hipótese e prejuízo de valor: Quando um homem chega aos 40 anos sem casar e sem ter filhos, automaticamente a sua masculinidade é posta em dúvida: Será que é é?!!! Para justificar isso, por ele não ter cumprido a sua função de procriação, rotulam logo esse homem como "gay" - por esse panorama ser típico de um homossexual que não construiu uma família nos moldes heterossexuais, caso ele não seja "enrustido" e viva "dentro do armário", tendo as suas relações homoafetivas clandestinamente.

Justificá-lo como "homossexual" pode ou não ser um dos fatores para que ele não esteja casado e/ou com filhos, porém pode não retratar a realidade de outros homens, incluindo os heterossexuais, que se encontram nessa situação. Fazer meras suposições dá força à ideologia do preconceito, fazendo-nos retornar e contrastar à essa nefasta, precipitada e leviana conclusão, invocando  aquele pensamento de que "nem tudo o que aparenta ser é". Não gostar de mulher é apenas um dos motivos.

Dentre tantos motivos que podem levar um homem hetero não querer casar ou ter filhos biológicos, superando às justificativas da homossexualidade e da infertilidade, eu tenho algumas hipóteses:


  • Dentro das suas aspirações e interesses, o casamento e a paternidade podem não estar contemplada nas prioridades desse homem, porquê nem todo homem tem vontade casar e/ou ter filhos. Apenas não tem perfil para ser provedor e progenitor, mas nem por isso não goste do sexo feminino;

  • Tem homens que fogem de compromissos como o matrimônio e a paternidade, porquê estão mais focados em si mesmos e em suas próprias necessidades e por temperamento trazem um perfil mais eremita e solitário. Há quem pretenda preservar o seu "status de filho" por vida, sem ter maiores preocupações e compromissos com a vida adulta, demonstrando uma certa imaturidade afetiva e aversão a ter responsabilidades;  

  • Alguns homens trazem consigo traumas emocionais passados por terem vivido experiências afetivas e familiares negativas. Nem todo mundo consegue virar a página das suas frustrações e desenganos amorosos e por questão de autoproteção se fecham para o amor e os relacionamentos; 

  • Minha mãe dizia que, em se tratando de relacionamento, "nenhum homem se perde", porquê sempre haverá uma mulher que irá querê-lo. Certo ou não, o fato é que a solidão também é uma possibilidade que deve ser contemplada, tanto para homens quanto mulheres. No campo amoroso não existe garantias, com o passar dos anos pode ser que você não encontre o seu par ideal, a pessoa certa ou pelo menos adequada para você construir uma família, um relacionamento estável e duradouro. 


Assim como essas hipóteses, existem outras que podem justificar o porquê ou os porquês que um homem de 40, 50, ... pode não ter chegado ao altar e ter deixado um herdeiro para o seu legado. Generalizar a solteiria de um quarentão pode ser injusto e precipitado, atribuindo "rótulos" e "meias-verdades" que não lhe correspondem. Julga-se muito e compreende-se pouco. Os motivos de cada um nem sempre são simples e aparentes como se pressupõe, pois também poderá existir uma complexidade oculta a ser descoberta, pois sempre é mais fácil supor, achar, julgar do que investigar.    
 

Regras & Rótulos - Elas te definem e te fazem feliz?!!!






A sociedade tem as suas "regras" e, para se viver nela, é preciso respeitá-las - se não todas, parte delas. Nem sempre elas são ou serão eficientes, inclusivas ou justas, mas, para não vivermos um estado caótico e degradante, a ordenação social se faz necessária. Para mim, a barbárie humana jamais será uma opção.  

Em nome dessa ordenação, cada um de nós temos um papel à cumprir dentro desse universo social, onde nos são destinados vários "rótulos" que possam nos classificar, nos agrupar, nos definir. Alguns rótulos/etiquetas nos definem muito bem, outros nem tanto. Todavia, quem não está satisfeito com as regras que nos impõem ou com os papeis que nos tocam à cumprir ou com a sociedade de um modo geral, cabe a opção de não aceitar e rebelar-se contra o sistema que nos é imposto antes mesmo de nascermos.

Andar na contramão do sistema tem um preço à ser pago: o rechaço. Por não cumprir certas condutas éticas e morais e deveres cívicos e sociais faz de você alvo de punições legais, críticas, julgamentos, calúnias, difamações, desprezos e humilhações. A sociedade através dos seus rechaços e preconceitos, pune aqueles que se voltam contra ela e suas regras, deixando-os à margem, marginalizando=os e agrupando-os em minorias sociais - cada minoria passa à lutar por seus direitos civis como pode.

Assim como as regras, os rótulos também são vários e vão evoluindo de acordo com as transformações sociais. Todavia, se resignar com rótulos e deixar-se guiar por eles, é ter uma vida e uma existência limitada, onde não importa os seus desejos pessoais, mas apenas a sua produtividade social. Nem sempre ou quase sempre essas regras e rótulos conseguem dar conta em totalidade da complexidade humana e por isso sempre haverá conflitos de interesses devido a sua legitima insatisfação.    

Eu não sei você, mas eu sou maior do que qualquer "rótulo" que possam me atribuir. Todavia, mesmo que em alguns momentos eu possa andar pela contramão, eu estou seguro que determinadas regras são de suma importância para manter um convívio social e interpessoal sano e respeitável. A sociedade precisa de regras, desde que sejam oportunas, coerentes, atuais e que consigam abarcar a realidade, sobretudo que elas sejam inclusivas e conciliadoras em prol de todos e não de uma minoria abastada e privilegiada. 

Nesse âmbito são tantos rótulos/etiquetas que nós carregamos na vida e pela vida como se fossem verdades absolutas e são tidas como unânimes sem sê-las. Nem tudo o que aparenta é. Até que ponto se submeter às regras e aos rótulos te fará feliz?!!! Te definem em plenitude?!!! Alguns me definem, outros não passam nem perto. Alguns me satisfazem, outros nem tanto. Algumas regras e alguns rótulos apenas conseguem definir parte de mim, parte da minha complexidade, parte das minhas verdades. 

domingo, 8 de maio de 2016

Mães, meus respeitos e felicitações!!!




Mãe, um pequeno monossílabo, mas com tanto significado. Vai além do dom da vida e não se resume apenas à uma função pariental. É a expressão de um indestrutível e incansável sentimento. Já não tenho mais a minha ao meu lado, mas, o que eu sinto por ela, continua intacto e o tempo não tem a força necessária para apagar os nossos momentos, o nosso elo, a sua lembrança e a falta que você me faz.

Nessa data tão nostálgica para mim, dedico-te o meu infinito amor. Filozinha, mi estrella mayor, mi amor por ti jamas quedará no olvido. Estoy seguro!!!

Para todas as mães, os meus respeitos e felicitações: Feliz Dia das Mães!!! 


  

Enquanto algumas tem dignidade, outras...




Enquanto algumas tem dignidade, a força e o caráter necessários para sair de situações degradantes e vexatórias, outras fazem o inverso, rastejando-se e mendigando por migalhas de afeto e atenção que as deixarão sedentas e famintas por um sentimento incompleto ou ausente que não as preencherão. Apenas restará o limbo, o vazio.

Insatisfação - Frustração - Amargura: A tríade (im)perfeita para quem não respeita a si mesmo e, por falta de vergonha na cara ou amor próprio, dependência ou carência, passividade ou submissão, quiçá o pacote completo, coloca-se em situações deploráveis e humilhantes. E, diante dessa postura, em frente do outro, acabam se rebaixando tanto que acabam por mostrar o fundo das calças.  

Como bater palmas para quem serve de capacho?!!! Não aplaudo e nem tão pouco sou apiedado. Não tenho admiração e nem simpatia por quem se deixa pisar, quem pisoteia a sua própria dignidade.      

O beijo que alvorotou as redes sociais




Enfim, após 3 anos de rumores, se eram namorados ou não, um paparazzi conseguiu flagrar os atores Fernando Colunga e Blanca Soto, beijando-se num aeroporto em Miami, ao se despedirem quando a atriz ia pegar um voo para o México. Esse flagrante foi suficiente para deixar as redes sociais, as fans e os teams do casal e os sites de fofoca e de entretenimento alvorotados com a notícia e a veiculação do video com exclusividade nesta sexta-feira (06/05/2016) no "Suelta la Sopa", programa vespertino e especializado em fofocas sobre as celebridades  do canal Telemundo. 

O beijo dado é o de menos diante da dimensão que essa prova de carinho representa, pois esse flagrante reforça a teoria do relacionamento de três anos em que eles mantém oculto, iniciado durante as gravações da novela "Porquê el amor manda" (2013), protagonizados por ambos como o casal principal Jesus Garcia & Alma Montemayor. Seria a prova que faltava para certificar o romance que existe entre eles, para deixar em êxtase todos os fãns e seguidores que torcem pelo casal.

Por outro lado, também é uma evidência para combater as especulações que giram em torno da misteriosa e discreta vida amorosa e as dúvidas sobre a sexualidade do Fernando Colunga. Se ele é gay ou não, essa polêmica é uma grande bobagem, porquê não será um beijo ou um suposto relacionamento que garantirá a heterossexualidade do ator. Para mim, não faz diferença qual é a sua identidade sexual, pois é algo que concerne apenas à ele e com quem divide a sua intimidade em 4 paredes, porquê isso não interferirá no seu talento e profissionalismo como ator e ele deixará de ser um dos principais galãns dentro e fora do México. Todavia, eu não creio que ele seja gay e nem tão pouco acredito que o seu relacionamento com Blanca Soto seja recente ou uma nuvem de fumaça ou um golpe publicitário.

Até entendo que, tanto Fernando Colunga quanto Blanca Soto, queiram manter a privacidade das suas vidas pessoais, por serem figuras públicas mundiais e sempre estão expostos à curiosidade alheia e as especulações e aos comentários mal intencionados da mídia sensacionalista, como também uma forma de proteger e blindar a relação deles. Todavia, manter uma atitude de negação e não admitir a relação que existe entre eles (já é inevitável esconder), pelo menos deveriam assumir para os seus fãns e seguidores que tanto os admiram e respeitam, é uma forma de manter os holofotes ainda mais sobre eles, deixando-os constantemente sobre o alvo de maledicências e fofocas e perseguições da indústria sensacionalista, sedenta por furos de reportagem e escândalos. Uma vez assumido o romance, o alvoroço passaria, até porquê ambos são adultos, livres, desimpedidos, independentes e não precisam dar satisfação do que fazem ou deixam de fazer.

 Não falar, negar as evidências, tentar despistar à mídia e a curiosidade do público não é uma atitude muito inteligente. Você pode satisfazer o público sem precisar dar maiores explicações, até como uma forma de mudar o foco da notícia após uma grande repercussão e virar os olhos para o outro lado - a notícia de hoje estará embrulhando o peixe da feira de amanhã.

Em 27 anos de carreira, Fernando Colunga vem mantendo uma postura e coerência muito clara para lidar com esse tipo de situação, todavia, eu também creio que ele deve saber que manter-se como uma ostra pode se voltar contra ele mesmo. Não dá para se blindar e manter o controle o tempo todo, pois, flagras como esse, geram barulho e fogem do controle também. A repercussão da notícia já está sobre o domínio público e online, plasmado nas páginas de diferentes sites, inclusive o oficial da Televisa, onde ele e Blanca já são taxados oficialmente como noivos.

Noivos ou não, o que realmente desejo para ambos é que sejam felizes e que o relacionamento entre eles gerem bons e duradouros frutos. No fim das contas, é o amor quem manda.           

sábado, 7 de maio de 2016

Quando eu te esqueci?!!!





Quando eu te esqueci?!!! Não tem uma data certa. Não utilizei uma fórmula mágica ou miraculosa para isso. Foi um processo, o meu processo. Motivos foram muitos, baseado numa somatória deles - tantos os meus quanto os seus. Todavia, para te esquecer, ...


... Eu precisei de tempo.


O tempo necessário para objetivar a nossa relação, compreendendo tudo o que aconteceu com nós dois e a nossa história, de preferência, me desfazendo e me desnudando definitivamente de qualquer ilusão ou sentimentalismo para manter viva uma falsa de esperança de regresso do que não iria e nem irá mais regressar. Compreender para colocar um ponto final e deixar no passado, o passado.

O tempo necessário para diluir os meus sentimentos. Superar aqueles que causam tormentas, desapegar os que me deixam apegado e amenizar os que causam inquietude.  Enfim, aprender a lidar e a desmistificar os sentimentos e sensações que você causava em mim.

O tempo necessário para que o meu coração sinalizasse que estaria pronto para seguir à diante. Buscar um novo recomeço, uma nova história. Deixar nascer novos sentimentos e novas ilusões. 



... Eu precisei de distância. 

 

De distância para evitar contatos e vínculos. Para não continuar mantendo uma ligação de dependência física e afetiva, para não manter vivo um costume, um hábito. É preciso desligar-se, para esquecer. Para substituir velhos hábitos, lembranças e sentimentos por novos. Construir novas dinâmicas.  

Se por um lado, o distanciamento pressupõe uma certa frieza e ruptura, por outro é liberação, é estar disposto à novidade, as novas possibilidades que possam surgir.



... Eu não precisei ocupar um vazio para não estar sozinho.


Ocupar um lugar, um posto, um espaço vazio apenas por ocupar. Substituir um amor por outro, em curto espaço de tempo, como se fosse uma peça de roupa suja que pode ser trocada de uma hora para outra para fugir da solidão ou buscar uma saída rápida para substituir parcerias e afeto, usando as pessoas como se fossem estepes ou bengalas afetivas ou tábuas de "salvação" para evitar o seu sofrimento e despeito  e esquecer quem ainda continua ocupando um espaço importante no seu coração e nos seus pensamentos e lembranças.

Eu não acredito em substituições, mas, em conquistas. Em você está disponível e disposto para dar oportunidades para conhecer novas pessoas e construir novas relações sem ter sombras e fantasmas do passado para lembrar quem um dia foi, remover velhos sentimentos que já deveriam estar superados e nem abrir velhas feridas. Para não precisar fazer comparações desnecessárias entre o passado e o presente - sutilmente as diferenças são percebidas sem maiores esforços ou pressões.  



 Nesse processo, eu precisei de tempo, distância e solidão para me refazer, para poder sanar o meu coração sem magoar ou usar ninguém para poder te esquecer. O esquecimento chega ao seu tempo, apesar de não ser uma reconstrução fácil e indolor. Custa paciência, momentos de indefinição e autoanálise.


"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."