Nessa semana que passou, a mídia não noticiou outro fato se não o pandemônio carioca. Sim, naturalmente, algo mais do que justo, já que uma notícia desse porte e gravidade não pode ser ignorada, apesar de toda a repecursão negativa que representa ao estado e ao cartão postal do Brasil e o sensasionalismo barato com que a notícia é tratada. Afinal, o narcotráfico carioca não é um fenômeno criminoso e violento recente - Esse "câncer" público e social não se instalou do dia para noite, são décadas e mais décadas em que o Rio de Janeiro, em especial, às comunidades carentes do morro e das favelas, vem enfrentando essa guerra diária não-silenciosa - Mesmo diante da negligência de algumas autoridades políticas, civis e militares.
- "Todavia, não é um problema de fácil solução, pois envolve todo um contexto de infra-estrutura social (o martírio brasileiro). E assim, a cada levante nos morros cariocas, é preciso que o exército brasileiro entre em cena e a mídia à postos, já que a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, todas as autoridades políticas administrativas envolvidas (Governo e Prefeitura) e o aparato policial não conseguem conter e erradicar essa droga toda."
Não quero aqui apontar o dedo para os cariocas e os seus representantes, até mesmo porquê, isso nada adiantaria. O Narcotráfico não é um assunto exclusivo do Rio de Janeiro, mas, já é um retrato nacional, onde os grandes centros urbanos brasileiros enfrentam essa problemática de frente, no seu dia-a-dia nas esquinas, nas favelas, nas periferias, nas "baladas & nights" mais descoladas, nas escolas, dentro de casa,..., enfim, essa doença social já se alastrou.
- "Jogar a pedra no telhado do vizinho é muito fácil. Eu quero é ver quando a jogarem no seu!!!"
Mas, no meio de toda essa guerra bélica entre militares/policiais versus os traficantes/bandidos, quem mais sofre são os civis que têm o seu dia-a-dia transformado, tomado pelo terror que o narcotráfico produz, seja sendo alvo de humilhações (sendo até confundido como marginal), chacinas (o desfecho final e letal da sua integridade física violada e vida banalizada) e balas perdidas (uma realidade não apenas carioca) ou deteriorando a sua saúde (indivíduo e família) e dignidade através da droga. Quantos trabalhadores e famílias sofrem e ainda sofrerão com essa situação?!!!
Não basta apenas rezar ou apelar para força de São Jorge ou ver a notícia pelos canais de tv e websites (debriçados em suas janelas como mero espectador voyeur como se o espetáculo de horrores não fosse com você e nem lhe atingisse diretamente), mas, atitudes firmes e eficientes precisam ser tomadas com urgência, de todas as frentes e competências, porquê a cada dia que passa esse câncer vem carcomendo as entranhas do Rio e do Brasil.
- "Os levantes no Rio por mais chocantes que sejam, já são mais do que esperados. Não trajédias anunciadas. O que não pode é querer reprimir o narcotráfico entre levantes e levantes e depois esquecer da sua funesta existência."
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