Nossaaaaaaaaaa, já fazia alguns meses que eu queria escutar a sua voz e conversar contigo, mas me faltava coragem para ligar. O estímulo para realizar essa travessura foi dado pelo “Almadén” que esquentou o meu sangue, deu vazão ao desejo contido e me encorajou para tomar tal iniciativa. O impulso de pegar o telefone e ligar foi maior do que qualquer resistência da minha parte.
- “Alô?!!! Quem fala?!!!”
- “(...).”
-“ Oie, você sabe quem está falando?!!!”
- “Não!!!”
- “Sou eu, Daniel. Tudo bem?!!!”
- “OIIIII, quanto tempo!!!”
- “Pensei em você e resolvi ligar...”
(TUM, TUM, TUM... Meu coração bateu tanto, que parecia que ia sair pela boca. Um misto de satisfação e medo, de prazer e desconcerto, coisas que a gente só sente quando a persona é especial. Não tem jeito, a minha vida se divide antes e depois de você!!!)
Embora, eu estivesse desconcertado com a situação, justificando-me até pela ousadia de ter ligado, dei-lhe a chance de interromper a ligação, mas, assim não fez. De certa forma, eu adorei o não cancelamento e a seguinte fala:
- “Se você achar ruim ou, sei lá, a gente encerra o papo por aqui.”
- “Sem problema algum!!!”
- “Você está fazendo alguma coisa agora?!!!”
- “Não. eu estou livre, podemos conversar!!!”
- “Ah, que bom!!!”
(Depois de superar o impacto da surpresa inicial, talvez porque você não esperasse a minha ligação, e eu sentir a receptividade e sondar o terreno, continuamos conversando de forma inesperada e bem bacana.)
Não posso negar que eu me surpreendi bastante com a receptividade que eu encontrei e da forma como conduzimos à conversa, sem mágoas, sem brigas, sem incômodos, apesar de algumas palavras serem ocultadas e ficarem pela metade, sem serem ditas, até mesmo porque, não seria o momento adequado para abordarmos assuntos mais densos e complexos que retratariam nós 2.
- “Nossa, quanto tempo faz que a gente não se fala, né?!!!”
- “Faz um bom tempo mesmo...”
- “Como você vai?!!! Como as coisas estão contigo?!!!”
- “Eu estou bem. Trabalhando, estudando, fazendo o que eu gosto!!!”
- “Quem bom, (...)!!! Eu fico muito feliz por você.”
- “Thank’s!!!
- “Você sabe que eu torço muito por você...”
(Apesar do rompimento do nosso namoro e, às vezes, ficar um pouco irritado com a redoma de vidro que você impôs em relação a nós, eu lamento naturalmente, mas, eu não sinto nenhuma mágoa ou raiva de você e, por isso, eu ainda continue torcendo muito por você, por sua felicidade, pelo seu crescimento. Talvez, esses sentimentos tão brandos e positivos ainda me fazem ficar ligado a você!!!)
No decorrer da conversa, algumas ênfases foram claras para mim de que eu não sou tão indiferente assim a você, como também, algumas particularidades não foram esquecidas. E assim, não tem como não ser diferente, acaba surgindo àquela remota esperança de que nós poderíamos, por enquanto, dar continuidade aos futuros contatos e nos encontrar. Será que surge uma luz no túnel para nós 2, talvez, uma nova amizade esteja sendo iniciada?!!! “But, of course, I desire, want and wait, someday, who you and me will can be more than great friends!!! Step by step, time of time, day after day. Take easy, yeah!!!”
1ª Ênfase – Sem resistências para um possível reencontro
- “Nós precisamos nos ver, sair para colocar a conversa em dia, falar bobagens, tomar uma cervejinha...”
- “É, mesmo, nós temos muita coisa para conversar!!!”
- “Então, você marca uma hora na sua agenda pra mim?!!!”
- “Marco, sim!!!”
- “Promete mesmo?!!!”
- “Prometo!!!”
(Ao reconhecer que temos muitas coisas o que conversar e que considera a possibilidade de nos reencontrarmos são sinais evidentes de que tal encontro é possível de acontecer e sem ressentimentos – eu não quero de forma alguma fazer DR ou lavação de roupa suja, isso não se faz mais necessário, aliás, nem no final de tudo houve isso.)
2ª Ênfase – Demonstração de simpatia
- “Nossaaaaaaa, quantas saudades que eu tinha de conversarmos assim desse jeito...”
- rs...
- “Mas, não é?!!!”
- “É sim.”
- “Você gostou da surpresa?!!!”
- “Gostei.”
- “Gostou mesmo?!!!”
- “Gostei, sim!!!”
- “Que bom, então.”
(Mas, do que as respostas monossilábicas, que fazem parte das características da persona, o que contou foi a demonstração e a sutileza dada, a simpatia no momento, coisas que não são retratáveis em palavras. E eu também não esperava grandes confissões, apesar de serem bem vindas, sim!!! )
3ª Ênfase – A pergunta que não quer calar
- “Então, eu também estou bem. As aulas da pós estão tomando muito o meu tempo!!!”
- “Vem cá?!!!”
- “Diga!!!”
- “Você está namorando?!!!”
Pausa para o meu silêncio!!!
- “Nossa você me deixou encabulado com a sua pergunta. Não, eu não estou namorando. Acredito que seja a circunstância atual. Mas, pulemos o assunto!!! Okay?!!!”
- “Okay!!!”
(Eu poderia imaginar que essa pergunta pudesse ser cogitada, como foi numa outra oportunidade. Mas, simplesmente, eu não estava preparado para respondê-la, até mesmo porque, eu não iria cometer essa ousadia. E para completar, eu não tive a coragem de devolver a mesma pergunta, talvez, porque se estivesse namorando, acredito que teria me dito sem menores constrangimentos.)
E agora eu me pergunto: “Aonde eu estou me metendo?!!!” Quem preferiu se retirar do campo semana passada, enche-se de esperança novamente. No entanto, será que é possível a ver uma próxima partida?!!! Se é que vai acontecer uma próxima partida, né?!!! Eu não sei, eu não sei...
- “My heart, tell me why, please: What are you doing if me?!!! That’s so dangerous who you will can be broken and suffer!!!”
Porém, a sensação dessa madrugada foi tão especial, apesar da tensão e do medo que isso representava de eu ter ficado no vácuo, simplesmente, mas, ao contrário, valeu a pena por esse momento único. Eu não tenho como me arrepender por essa travessura, independente do devir, do desfecho, foi “mara” a sensação que eu senti enquanto conversávamos – resgatando em parte, a maneira como conversávamos no nosso início de paquera e namoro, que sempre me causou boas e agradáveis recordações.
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