Dois amigos, duas situações, duas histórias equivalentes, dois momentos pessoais em comum. Um (D), escutou verdades que precisava escutar, outro (A), viu fatos que precisava ver, mas, ainda não enxergou o que precisava enxergar.
- “O que fazer?!!! O que aconselhar?!!! O que compartilhar para poder ajudar?!!!”
Baseado em mim (nas vivências pessoais escritas em cada página, destes 30 anos), nas minhas verdades (verdades estas que podem servir ou não de exemplo a outrem, mas, pelo menos, que possam propiciar uma auto-reflexão) e nas minhas experiências (fragmentos, rastros, cicatrizes e aprendizagens de mim mesmo), não vou projetar o Daniel em ninguém – cada um é cada um, cada um traz consigo as suas próprias experiências e cada um precisa experimentar seus próprios remédios, venenos, fragrâncias e dissabores para poder se descobrir, superar as suas próprias mazelas, dúvidas e fragilidades para poder crescer.
- “O que eu posso dizer a respeito?!!! Faça o que o seu coração está sentindo. Sinta a sua alma, a energia que emana e se manifesta a sua caixa toráxica. Tente escutar a sua intuição e a sua subjetividade, sem se esquecer de ponderar e contrapor a sua razão, o seu bom senso.”
Durante anos, eu me deixei guiar exclusivamente pela a minha racionalidade, pela a minha razão e o meu bom senso (sem modéstia, eu acredito que tenho sim em boa parte das vezes), que de certa forma, me deixaram com o comportamento muito engessado, personificado nas idéias e pensamentos reflexivos, deixando o meu coração imóvel, apesar de explodir em desejos, anseios e sonhos, e sendo alguém deveras introspectivo e com algumas restrições ao me relacionar – será que de fato eu me entreguei totalmente aos relacionamentos que eu tive, sem medir forças ou agir estrategicamente?!!!
- “Libriano é um incorrigível “dominator of love in natura”, sentindo-se mais confortável e seguro na relação se estiver no comando, dando todas as cartas ou boa parte delas, mesmo de forma sutil nos bastidores. Um grande “lover-play” em potencial, sim, quando se sente desafiado, mas, ele não é totalmente regido pelo seu perfil competitivo (frio), pois, quando se dedica de fato, não joga para perder; muito pelo contrário, ele tem muito calor a oferecer e força motriz. Mas também, é regido por sua necessidade de preencher as suas próprias lacunas afetivas e a sua vontade de amar – uma prioridade, uma missão. Frio, calculista e implacável, confesso, às vezes, mas, atrás dessa muralha aparente, apenas uma forma de se auto-proteger e se sentir mais seguro na relação, também existe um romântico latente que se dedica ao extremo, até quando há estímulos para isso. Não gosta de estar a mercê e na mão dos outros.”
(Para evitar polêmicas desnecessárias, não se trata de uma regra geral – toda regra possui exceções. Existem librianos e librianos nesse mundão de meu Deus, okay?!!!)
Então, esse ano (2008), eu resolvi dar ouvidos a minha intuição, a minha subjetividade, sem abrir mão da minha razão (se abrisse, não seria eu mesmo) e não está sendo nada fácil. Em certos momentos, sinto-me a deriva, porque acabo metendo os pés entre as mãos e não sabendo lidar em algumas circunstâncias e não conseguindo decifrar alguns sinais – mas, ainda é muito cedo para isso, ainda tem um longo caminho a ser percorrido. Por agora, sinto-me completamente desnudo, sem a minha casca protetora, e sem saber jogar o tal jogo da sedução – algo que sempre tive dificuldades para lidar, pois, a minha “síndrome de patinho feio” é um entrave, aliás, um grande entrave.
- “Sou um péssimo jogador, confesso. Mas, vamos ver até aonde esse tal sexto sentido irá me conduzir e quais as lições eu irei aprender – uma delas é, ser mais auto-conhecedor de mim mesmo, indubitavelmente, além de ser mais humanizado. When you reach in your photography more fragilize, more suffering, in contact with yourself, face to face in ours ghosts, monsters, pains and sufferances, that’s the moment for you feel more humanize.
E, para dar uma trégua ao meu coração, a mim mesmo, além de restaurar a minha paz de espírito, não me magoando tanto com a minha tenebrosa ansiedade e impaciência, eu resolvi que: “Eu não irei ficar preso no passado, porque as respostas que eu precisava, já as tive e já me libertaram, ajudando-me a virar mais uma página e a velar antigas fantasias e apegos, apesar de não estar tomado pela sensação de luto, e, muito menos, projetar no futuro as possibilidades e os “ses” que pairam no meu inconsciente, na minha máquina de sonhos e desejos chamada ego e superego, para não criar uma série de expectativas que, caso não sejam confirmadas, causarão frustrações e afrontamentos ao meu orgulho”.
- “Assim, chega!!! Basta!!! Basta de criar uma série de estratégias, fórmulas e cálculos mirabolantes e elaborar planos lá na frente, apenas baseada em “ses”, auto-sugestões e na minha ansiedade voraz. Vou deixar o que tiver de acontecer, acontecer, deixando fluir espontaneamente e, conforme os imprevistos e as surpresas que a vida for me dando no decorrer do caminho, aí sim, eu vejo como desatarei esses nós. Basta de sofrimento!!! Basta de arranhões na alma!!! Basta de alimentar ansiedade!!!”
Mas, a sua intuição, aonde fica?!!!
- “Ficará aonde sempre esteve, comigo. Enquanto isso, eu vou aprendendo a lidar com ela, a tentar captar e a interpretar os sinais da vida, trocar boas energias e vibrações com as pessoas, sobretudo aquelas que me fazem bem, escutar a minha subjetividade equilibrando-a com a reflexão, encher o meu “eu” um pouco mais de mim, de satisfação e de alegria, não me distanciar da minha alma, repleta de necessidades e sonhos, e resgatar e externar a fé, a felicidade e a força que habitam dentro de mim, por mim.”
Basta de me martirizar por incertezas, por inseguranças, por “bichos-de-infinitas-cabeças”, “built in my mind and myself”.
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