Sem dúvida alguma, essa afirmação é bastante pertinente, principalmente nos dias atuais. Considerando que, neste mundo louco, efêmero e pós-moderno aonde vivemos, entre tantos encontros e desencontros, uma série de demandas e exigências sociais a serem cumpridas, tantas metas pessoais a serem alcançadas, muitos sonhos sendo construídos e destruídos, a busca insana e utópica da eterna felicidade e jovialidade, nós precisamos viver e nos submeter a um movimento frenético em que o tempo não anda mais, mas corre.
- “Pega!!! Pega!!! Pega!!! Pega, o tempo, pega!!! Se você não o acompanha, você fica para trás, completamente jurássico e obsoleto.”
Mas, nessa corrida frenética pela vida, há um determinado momento, em que nos encontramos sós, intrinsecamente sozinhos, carentes de afeto, carentes de oportunidades, carentes de objetivos a concretizar e até carentes de fé e esperança e, nesse dado momento, só poderemos contar com nós mesmos, com a nossa força interior e lucidez que nos faz lidar com a solidão. Mais cedo ou mais tarde, qualquer um de nós terá que enfrentar o espelho: Quem já passou por isso, precisou se encarar e combater os seus fantasmas, e, quem ainda não passou, irá passar algum dia, pois, lidar com a solidão faz parte do jogo e do desenvolvimento humano.
- “Quem preferiu não se olhar e nem enfrentar os seus fantasmas, ficou refém do espelho e continua sendo mal assombrados por eles. Isso sim, é um grande risco e um grande preço a ser pago.”
A partir do momento, que você não aprende a enfrentar a sua solidão, estará entregue aos dissabores e amarguras que ela traz, irremediavelmente implacável. E aí, você se torna incapaz de se auto-conhecer e superar determinados dilemas e obstáculos da vida que tais soluções dependerão exclusivamente de você e de mais ninguém. E nesse processo, em que você tem a possibilidade de mensurar e testar os seus limites e fragilidades para poder evoluir, crescer como ser humano, você deixa de se surpreender com as descobertas que poderiam surgir, se você, pelo menos, tivesse se permitido a tentar, a ousar, a olhar-se no espelho, sem máscaras, sem fantasias, sem subterfúgios, sem covardias.
Quem foge da solidão ou não a enfrenta, corre o risco de ser surpreendida na virada, na esquina mais próxima, sendo uma vítima em potencial de um, dos maus do século XXI, a depressão e seus distúrbios psicoafetivos. Será que vale pagar o preço da sua derrocada psicológica?!!!
- “Houve uma fase em minha vida que, por me sentir só e não saber lidar com os meus sentimentos e a minha ansiedade, imaturidade a parte – minha confissão de meia culpa - eu precisei passar pela a minha derrocada pessoal, ir até o fundo do meu poço existencial... Passando-a, eu descobri uma fortaleza que desconhecia, adormecida dentro de mim, e a partir daí, eu passei a lidar melhor com a minha solidão (solidão esta que eu criei, que os meus sonhos e os meus anseios criaram) e hoje vivo em harmonia com ela.”
Mas, a pior solidão que existe, é aquela que eu experimentei: Quando nos afastamos de nós mesmos e perdemos algo fundamental, a paz de espírito. Mas, quando você aprende a lição e passa a gostar da sua própria companhia, rindo de si mesmo, não colocando chifre em cabeça de cavalo e investindo em si, nada poderá abalar as suas estruturas e lhe tirar do foco, a não ser que você não aprenda a lidar com a sua impaciência e ansiedade – meus caos pessoais!!!
- “Calma, muita calma nessa hora... Mas, eu estou aprendendo a lidar com elas, mesmo que, em alguns momentos seja quase uma sofreguidão lidar com o tempo, lidar com a longa espera. Ui, neném, porque esperar cansa tanto?!!!”
No que tange enfrentar a solidão e torná-la o seu aliado nos momentos em que você estiver consigo mesmo, algo não pode ser perdido e deve ser constantemente alimentado: a fé!!! Quando se perde a fé, na vida, nos outros e em si mesmo, a caminhada se torna árdua, difícil e dolorosa – um verdadeiro calvário.
- “Mas, como eu não tenho nem 1% da benevolência e da resignação de Jesus Cristo, não posso e nem quero perder a minha fé, mesmo que, em épocas de caos, ela fique estremecida. Estremecer, pooooooooooode, quase que inevitável, mas, perdê-la jamais. Seja como for, do jeito que for, eu sou um “Dan Dan” de fé, já que levo comigo a seguinte filosofia de vida: Pensamento positivo, sempre, e a esperança é a última que morre, messsssssssmo.”
E no mais, lembre-se da “Alegoria da Caverna”: Atrás das paredes sombrias e das limitações que você se coloca, seja por acomodação ou por medo do novo, existe uma outra realidade, ou, pelo menos, uma outra oportunidade a ser experimentada. Mesmo que você atravesse de uma extremidade para a outra, sozinho, do outro lá estará uma luz lhe esperando.
- “Meninu, saia da sua caverna, viu?!!! E encare a solidão de peito aberto, até mesmo porque, ela não é um bicho de 7 cabeças e você pode desfrutar dela de forma amena e enriquecedora. Além de ficar imune a qualquer doença do corpo e da alma.”
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