É incontestável a legitimidade da luta feminina para conquistar a sua emancipação no seio familiar e no mercado de trabalho, buscando o seu lugar ao sol. Nessa incessante busca dos seus direitos, a mulher de hoje conseguiu alcançar junto a família, não apenas a valorização da sua condição materna, mas, o status de provedora familiar, sendo muito comum, nos dias atuais de recessão, crise e desemprego, que a figura feminina seja responsável diretamente pelo sustento financeiro-familiar, não apenas voltada para as tarefas do lar e educação da prole. Junto ao mercado de trabalho, ela vem demonstrando a cada dia mais a sua capacidade de trabalho e competência para gerir atividades em diferentes áreas, antes dominadas totalmente por eles, cargos públicos e eletivos como por exemplo, enfrentando bravamente os preconceitos no trabalho (salariais e hierárquicos) pelo fato de ser mulher e ocupando a maioria das vagas em empresas e instituições.
Todavia, as mulheres ainda precisam encontrar soluções para administrar suas funções dentro da sociedade: a sua função produtiva, voltada para a sua atuação no mercado de trabalho, sendo exigida para ser uma profissional arrojada e competente, e a sua função reprodutiva, voltada para cuidar da vida familiar e resolver todos os problemas e necessidades que estejam direcionadas à casa, casamento, maridos e filhos. E é nessa corda bamba entre trabalho e família que ela vai trilhando seu caminho na sociedade, tendo que, muitas vezes, abrir mão dos seus sonhos e objetivos sociais em detrimento de si, deixando de lado a sua vida pessoal e lutar por reconhecimento como mulher e seus direitos sociais e trabalhistas.
- "Ufa, como é difícil ser mulher, né meninas?!!! Nada como mijar em pé!!! "rs...
Nada do que mais justo as mulheres lutarem por seus direitos e exigir respeito por sua condição. Entretanto, o movimento feminista, cometeu o erro de adotar o discurso anti-homem, acirrando a disputa entre homens e mulheres no mercado de trabalho, a base da guerra dos sexos. Mais do que impor respeito, é fundamental conquistá-lo com resultados - resultados estes que a mulher está demonstrando. Particularmente, não adianta travar a luta de quem é melhor, embora, não esteja querendo puxar o saco imaginário feminino, mas, eu reconheço na prática que elas gerenciam muito bem as atividades domésticas, familiares e profissionais - graças ao modelo feminino de comando: não abrindo mão da sua subjetividade.
Outro equívoco cometido, também incentivado pelo movimento feminista, foi trazer para o convívio afetivo a sua postura profissional. Muitas mulheres, ditas moderninhas, querendo demonstrar que são independentes financeiramente e são liberadas na sua sexualidade, acabaram por adotar comportamentos masculinos, sobretudo, na hora da paquera e da abordagem. Algumas perderam a linha completamente, ultrapassando o limite do bom senso e caindo nas armadilhas da vulgaridade. Particularmente, concordo que a mulher de hoje tem que ter atitude, tem que bancar os seus desejos e vontades, mas, sem ter que peder a sua feminilidade e nem ter que se submeter aos erros masculinos de sedução - chegar matando.
- "Hoje, o termo cafageste não é mais exclusivo para os homens, porque também existem as cafagestes. Mulher para ter atitude não precisar copiar a ação masculina".
Nesse panorama de mercado e afetivo, a mulher de hoje tem um grande paradigma a vencer, conciliar todas as suas responsabilidades e não deixar de ser mulher, em sua essência feminina. Agora, o fardo feminino se torna mais pesado, porque, sozinha muitas vezes, ela tem que se tornar uma mulher-maravilha para corresponder todos os encargos sociais que são impostos a ela, além das expectativas dos homens (namorados, maridos e amantes), dos filhos e de si mesma. Não é uma missão fácil, supostamente.
- "24 horas é muito pouco para um dia feminino!!!"
Um comentário:
Hummmmm, ficou boníssimo meu caro, realmente as mulheres enfrentam um rotina diária escravizante...
creio que nós mulheres nascemos com o dom de poder fazer com que tudo se ajeite no nosso curto espaço de tempo diário...
tu não imagina o quanto é desgaste estar no mercado de trabalho, ter o trabalho de casa para fazer e ainda cuidar de crianças e depois de tudo ainda ter ânimo para ser a "mulher amante"...
bjins procê
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