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Às vezes, a gente passa anos e anos ao lado de alguém que supostamente é o amor da nossa vida (até pensávamos sinceramente que fosse assim), aí chega um ser desconhecido, entra na nossa vida, talvez nem seja da forma ideal ou como gostaríamos que fosse, mexe com a nossa cabeça, coloca tudo de pernas para o ar, aguça todos os nossos sentidos, até aqueles que desconhecíamos -intocáveis e adormecidos; e o elefante branco se senta no meio da nossa sala.
E, esse mesmo ser desconhecido pode se aproximar de nós, com outras intenções, não tão pulcras e genuínas, e até nos conhecer melhor, suas ideias, intenções e sentimentos quanto à nós podem mudar ou se transformar no meio do caminho. O que era motivo de rechaço e inapropriado, pode conhecer o seu outo lado, a sua outra face, o seu revés. A princípio, você também pode não gostar dos porquês dessa aproximação, com ar forçado e dúbio, até que a sua percepção muda e a dinâmica entre vocês também... outra vez, o elefante branco se senta na sua sala.
Até você admitir que haviam porquês concretos para o elefante branco estar sentado no meio da sua sala e também não há mais porquês dele está ali, por auto defesa e preservação, você nega a presença dele e o que você ainda não está preparado para admitir. Que há, há, se não houvesse, ele nunca teria ido te visitar.
Pelo que eu me recorde, das poucas vezes que eu recebi essa visita indesejada, o elefante branco não permaneceu muito tempo ali. Como eu sou duro na queda, não dei ousadia para ele e, muito menos, fui um excelente anfitrião. Não era apenas 1 vassoura que estava atrás da minha porta para expulsar à visita, eram duas.
Todavia, por vida, uma hora ou outra, mais cedo ou mais tarde, certas visitas indesejadas sempre voltam, cabendo à você descobrir o que fará com elas. Ter um elefante branco sentado no meio da sala é um clássico da psiquê humana e não tem como fugir dele, apenas enfrentá-lo por quais motivos ele se apresente, até o momento dele ir embora, torcendo para que ele não retorne mais.
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