Após a apuração do 1º turno para os Presidenciáveis

Após a apuração dos votos presidenciais, eu fiquei duplamente impactado: Primeiro, com os números alcançados por Bolsonaro (Aproximadamente, 46,09%), quase sendo eleito no 1º turno e, segundo, qual dos dois lados eu irei apoiar, se nenhum dos dois candidatos representa as minhas aspirações e intenções de volto para o país, pois ambos estão longe de serem e terem personalidades políticas passíveis da minha admiração e não possem um projeto de governo contundente e efetivo para impulsionar o Brasil na retomada de crescimento e superar o contexto caótico em que nos encontramos. 

Se isso não fosse o bastante, também me deixou profundamente preocupado qual seria o perfil do eleitor que se identifica e apoia a ideologia tradicionalista do retrocesso, baseada no radicalismo político e partidário, no fascismo e no conservadorismo. do Bolsonaro, deixando em evidência nas urnas o caos ético e moral que o eleitorado se encontra, à medida que compactuam com ideais preconceituosos, repressoras e abomináveis que atacam a dignidade humana, a liberdade de expressão, a manutenção da democracia e a cidadania, além de coagir as minorias, tais como: racismo, misoginia, xenofobia, homofobia, segregação, enfim, qualquer manifestação de preconceito e de aversão às diferenças.

Diante do que já foi apurado nas urnas, a democracia brasileira está em risco concreto, podendo ser esmagada perante ao discurso de ódio e da violência, já sendo constatado nas ruas, à ideologia radical e conservadora do líder na corrida presidencial e ao rechaço e a desilusão ao Partido dos Trabalhadores (PT).  

Esse resultado estarrecedor também coloca em xeque a maneira como iremos olhar e considerar o perfil do povo brasileiro, pois, se antes, éramos vistos como um povo generoso, acolhedor, pacífico e simpático, agora, é preciso considerar o nosso lado mais obscuro, o estado que a política nos transformou: intolerantes, preconceituosos, intransigentes, ignorantes políticos, truculentos e divididos. Espero que não sejamos assim em nossa maioria ou totalidade, caso contrário, o que será desse país?!!! Aquela máxima que dizia que o melhor que o Brasil tem é o seu povo, nessas eleições, creio que essa concepção caiu por terra.

Qual caminho tomar se, de um lado, nos deparamos com uma tendência fascista e reacionária, que defende a força. a coerção e o medo como ação gestora, cheiinho de golpe militar no ar, e, do outro, uma tendência corrupta, desconfiável e rechaçada, querendo ressuscitar o morto (Lula) num contexto de descrença contra a sua idoneidade política, ética e moral. No final, diante de um panorama tão desalentador, qual dessas duas tendências será menos traumática para o Brasil?!!! O que o nosso futuro político nos reserva após o 2º tuno?!!! Seja qual for a escolha, não vejo com grande otimismo, principalmente porquê o Brasil deixou escapar uma terceira alternativa de voto que reunia condições de unificar a nação brasileira e resguardar à nossa democracia.           

Queria ser mais otimista quanto ao nosso futuro, mas, só consigo ver uma obscura indefinição, caos social e sucessivas crises. Pois é, meus caros compatriotas, apertem os cintos, porquê o próximo ciclo político será um voo caótico e repleto de turbulências, independente de quem saia vencedor nas Eleições 2018. A situação está pior do que eu poderia imaginar e da maneira como o eleitor brasileiro está se comportando, está mais fácil para o Bolsonaro se eleger do que o Haddad, onde o #EleNÃO está se convertendo em #EleSIM. Será que o Brasil resistirá?!!! Se não fizer agora, terá muitos motivos para resistir depois. Definitivamente. nós NÃO precisamos de uma versão tupiniquim do Trump para nos dirigir.