Filosoficamente, num primeiro momento, quando ainda não conhecemos bem o nosso objeto de desejo, a tendência é nós criarmos expectativas e impressões sobre ele. Quando esses "achismos" (hipóteses) não são correspondidos, algo que demanda tempo para constatá-los, até lá vamos estabelecendo um envolvimento afetivo com a figura imaginária que criamos. Nesse processo, nos apaixonamos pela ilusão, pela nossa criação.
Esse encantamento, sempre é uma simbolização lúdica dos fatos, das coisas e das pessoas, onde transferimos as nossas preferências, lacunas, sonhos e esperanças a outrem, fazendo enxergar esse objeto como algo perfeito, ideal, aquilo que a gente sempre sonhou em ter e conquistar. Porém, mal sabemos, que a nossa criação é fruto da nossa subjetividade, podendo ou não ser real. Geralmente, quando a gente fantasia muito e se apaixona por uma ilusão, fatidicamente, constatamos que com o tempo e a convivência pode não ser bem assim. Tal cegueira pode nos induzir e camuflar e/ou fantasiar a realidade.
Por isso, um bom espectador e um bom cientista analisam os seus objetos com um determinado distanciamento e imparcialidade, caso contrário, eles serão tragados pelo seus objetos. Mas, na área afetiva, não há como ser completamente objetivo, crítico e imparcial, pois, intrinsicamente estamos nos referindo aos sentimentos. Por isso, o estado de paixão é tão perigoso para enxergarmos os fatos, as coisas e as pessoas como realmente são - por isso, algumas análises são bastante tendenciosas porquê vão de encontro a nossa satisfação.
Nesse sentido, considerando que o encanto é um estado de ilusão e cegueira do nosso estado emocional, pois, a empolgação em determinados momentos, conforme a sua intensidade, poderá bloquear a nossa razão, quando nos damos conta de que o que considerávamos como verdade era um falseamento da realidade, uma mera mentira, nós passamos do encanto para o desencanto.
O desencanto nada mais é quando a nossa razão enxerga a realidade concreta e contrária criada pelas nossas emoções. Todavia, alguns teimosos, tendem "tampar o sol com a peneira" e fazer uma outra tentativa para checar de fato se essa primeira impressão pode estar equivocada. Se ela é negativa, retestá-la pode ser uma forma de encontrar o resultado positivo de que ele tanto deseja.
Porém quando se trata de sentimentos, devemos ter em mente que não são equações matemáticas, com resultados exatos e científicos, e por sua natureza subjetiva é necessário muitas tentativas.
- "Eu sou a favor de sucessivas tentativas, porém, não me motiva ficar "batendo na mesma tecla", repetindo o mesmo erro. Em se tratando da natureza humana, as pessoas são o que são e determinadas tendências e comportamento são imutáveis, justamente por serem caractarísticas inatas e aprendidas que compõem a personalidade do indivíduo."
Ninguém tem o poder de mudar ninguém, desde que o indivíduo que se transformou tenha aceitado essa transformação como algo sentido e necessário para a sua vida pessoal e afetiva, lhe fazendo todo sentido, caso contrário, mais cedo ou mais tarde, essa transformação pode ser um fardo para ele, sobretudo se for uma sugestão induzida (imposição). Nem sempre o medo da perda surte como um reforço positivo.
- "Embora, o medo seja um reflexo subjetivo e inato para a nossa defesa e autosobrevivência, seja em qual área for, quando ela é imposta, com certeza, sempre é um atentado as zonas de tranquilidade e conforto do indivíduo. Se imposta, quando o medo acaba, a transformação se desfaz, ela cai por terra porquê perdeu todo o sentido de sê-lo e o fio tensor que o mantém agindo."
Pressupõe-se então, que quando você se submete a uma ilusão e tenta preservá-la a todo custo, a decepção é a forma emocional do desencanto e, se nesse processo, você abriu mão de pequenos prazeres e adotou posturas e aceitou comportamentos diferentes aos seus princípios e crenças, você está violentando todos os seus limites e tabus que não conseguiu ultrapassar. Universos diferentes, líquidos de tipos diferentes, personalidades e crenças diferenciadas, nunca farão uma mistura homogênea. Água é água, óleo é óleo. Porém, apesar das suas diferenças, isso não quer dizer que elas não possam agir juntas, porém, cada uma dentro da sua especificidade.
- "Se a minha natureza é diferente da sua, isso não implica em dizer que eu precise me descaracterizar e me autoagredir para aceitar a sua natureza, assim como, a recíproca também é verdadeira. Antes de tudo, é preciso que ambas as naturezas convivam em harmonia, dialogando e mutuamente cedendo em momentos de crise."
Trata-se de um exercício complexo e mútuo de aceitação do outro. E para quem tem uma persoanlidade dominadora, dificilmente mudará. Infelizmente, o amor não é passível e infalível aos milagres, se fosse, tudo seria mais fácil para todos e não para alguns. Portanto, quando a gente se apaixona por uma ilusão, certamente, estaremos caminhando ao precipício chamado desencanto - o ápice da razão, mediado por muitos conflitos.
Esse encantamento, sempre é uma simbolização lúdica dos fatos, das coisas e das pessoas, onde transferimos as nossas preferências, lacunas, sonhos e esperanças a outrem, fazendo enxergar esse objeto como algo perfeito, ideal, aquilo que a gente sempre sonhou em ter e conquistar. Porém, mal sabemos, que a nossa criação é fruto da nossa subjetividade, podendo ou não ser real. Geralmente, quando a gente fantasia muito e se apaixona por uma ilusão, fatidicamente, constatamos que com o tempo e a convivência pode não ser bem assim. Tal cegueira pode nos induzir e camuflar e/ou fantasiar a realidade.
Por isso, um bom espectador e um bom cientista analisam os seus objetos com um determinado distanciamento e imparcialidade, caso contrário, eles serão tragados pelo seus objetos. Mas, na área afetiva, não há como ser completamente objetivo, crítico e imparcial, pois, intrinsicamente estamos nos referindo aos sentimentos. Por isso, o estado de paixão é tão perigoso para enxergarmos os fatos, as coisas e as pessoas como realmente são - por isso, algumas análises são bastante tendenciosas porquê vão de encontro a nossa satisfação.
Nesse sentido, considerando que o encanto é um estado de ilusão e cegueira do nosso estado emocional, pois, a empolgação em determinados momentos, conforme a sua intensidade, poderá bloquear a nossa razão, quando nos damos conta de que o que considerávamos como verdade era um falseamento da realidade, uma mera mentira, nós passamos do encanto para o desencanto.
O desencanto nada mais é quando a nossa razão enxerga a realidade concreta e contrária criada pelas nossas emoções. Todavia, alguns teimosos, tendem "tampar o sol com a peneira" e fazer uma outra tentativa para checar de fato se essa primeira impressão pode estar equivocada. Se ela é negativa, retestá-la pode ser uma forma de encontrar o resultado positivo de que ele tanto deseja.
Porém quando se trata de sentimentos, devemos ter em mente que não são equações matemáticas, com resultados exatos e científicos, e por sua natureza subjetiva é necessário muitas tentativas.
- "Eu sou a favor de sucessivas tentativas, porém, não me motiva ficar "batendo na mesma tecla", repetindo o mesmo erro. Em se tratando da natureza humana, as pessoas são o que são e determinadas tendências e comportamento são imutáveis, justamente por serem caractarísticas inatas e aprendidas que compõem a personalidade do indivíduo."
Ninguém tem o poder de mudar ninguém, desde que o indivíduo que se transformou tenha aceitado essa transformação como algo sentido e necessário para a sua vida pessoal e afetiva, lhe fazendo todo sentido, caso contrário, mais cedo ou mais tarde, essa transformação pode ser um fardo para ele, sobretudo se for uma sugestão induzida (imposição). Nem sempre o medo da perda surte como um reforço positivo.
- "Embora, o medo seja um reflexo subjetivo e inato para a nossa defesa e autosobrevivência, seja em qual área for, quando ela é imposta, com certeza, sempre é um atentado as zonas de tranquilidade e conforto do indivíduo. Se imposta, quando o medo acaba, a transformação se desfaz, ela cai por terra porquê perdeu todo o sentido de sê-lo e o fio tensor que o mantém agindo."
Pressupõe-se então, que quando você se submete a uma ilusão e tenta preservá-la a todo custo, a decepção é a forma emocional do desencanto e, se nesse processo, você abriu mão de pequenos prazeres e adotou posturas e aceitou comportamentos diferentes aos seus princípios e crenças, você está violentando todos os seus limites e tabus que não conseguiu ultrapassar. Universos diferentes, líquidos de tipos diferentes, personalidades e crenças diferenciadas, nunca farão uma mistura homogênea. Água é água, óleo é óleo. Porém, apesar das suas diferenças, isso não quer dizer que elas não possam agir juntas, porém, cada uma dentro da sua especificidade.
- "Se a minha natureza é diferente da sua, isso não implica em dizer que eu precise me descaracterizar e me autoagredir para aceitar a sua natureza, assim como, a recíproca também é verdadeira. Antes de tudo, é preciso que ambas as naturezas convivam em harmonia, dialogando e mutuamente cedendo em momentos de crise."
Trata-se de um exercício complexo e mútuo de aceitação do outro. E para quem tem uma persoanlidade dominadora, dificilmente mudará. Infelizmente, o amor não é passível e infalível aos milagres, se fosse, tudo seria mais fácil para todos e não para alguns. Portanto, quando a gente se apaixona por uma ilusão, certamente, estaremos caminhando ao precipício chamado desencanto - o ápice da razão, mediado por muitos conflitos.
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