sábado, 7 de maio de 2016

Quando eu te esqueci?!!!





Quando eu te esqueci?!!! Não tem uma data certa. Não utilizei uma fórmula mágica ou miraculosa para isso. Foi um processo, o meu processo. Motivos foram muitos, baseado numa somatória deles - tantos os meus quanto os seus. Todavia, para te esquecer, ...


... Eu precisei de tempo.


O tempo necessário para objetivar a nossa relação, compreendendo tudo o que aconteceu com nós dois e a nossa história, de preferência, me desfazendo e me desnudando definitivamente de qualquer ilusão ou sentimentalismo para manter viva uma falsa de esperança de regresso do que não iria e nem irá mais regressar. Compreender para colocar um ponto final e deixar no passado, o passado.

O tempo necessário para diluir os meus sentimentos. Superar aqueles que causam tormentas, desapegar os que me deixam apegado e amenizar os que causam inquietude.  Enfim, aprender a lidar e a desmistificar os sentimentos e sensações que você causava em mim.

O tempo necessário para que o meu coração sinalizasse que estaria pronto para seguir à diante. Buscar um novo recomeço, uma nova história. Deixar nascer novos sentimentos e novas ilusões. 



... Eu precisei de distância. 

 

De distância para evitar contatos e vínculos. Para não continuar mantendo uma ligação de dependência física e afetiva, para não manter vivo um costume, um hábito. É preciso desligar-se, para esquecer. Para substituir velhos hábitos, lembranças e sentimentos por novos. Construir novas dinâmicas.  

Se por um lado, o distanciamento pressupõe uma certa frieza e ruptura, por outro é liberação, é estar disposto à novidade, as novas possibilidades que possam surgir.



... Eu não precisei ocupar um vazio para não estar sozinho.


Ocupar um lugar, um posto, um espaço vazio apenas por ocupar. Substituir um amor por outro, em curto espaço de tempo, como se fosse uma peça de roupa suja que pode ser trocada de uma hora para outra para fugir da solidão ou buscar uma saída rápida para substituir parcerias e afeto, usando as pessoas como se fossem estepes ou bengalas afetivas ou tábuas de "salvação" para evitar o seu sofrimento e despeito  e esquecer quem ainda continua ocupando um espaço importante no seu coração e nos seus pensamentos e lembranças.

Eu não acredito em substituições, mas, em conquistas. Em você está disponível e disposto para dar oportunidades para conhecer novas pessoas e construir novas relações sem ter sombras e fantasmas do passado para lembrar quem um dia foi, remover velhos sentimentos que já deveriam estar superados e nem abrir velhas feridas. Para não precisar fazer comparações desnecessárias entre o passado e o presente - sutilmente as diferenças são percebidas sem maiores esforços ou pressões.  



 Nesse processo, eu precisei de tempo, distância e solidão para me refazer, para poder sanar o meu coração sem magoar ou usar ninguém para poder te esquecer. O esquecimento chega ao seu tempo, apesar de não ser uma reconstrução fácil e indolor. Custa paciência, momentos de indefinição e autoanálise.

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