Nesse largo e inacabado processo de (auto)descoberta da vida e eminente exercício de pertencer à ela, faz parte surgir em nós algumas dúvidas, em diferentes momentos dessa caminhada. Ninguém sabe definir e lidar com tudo o tempo todo. Se fosse assim, tudo seria muito chato e previsível. Ainda bem que existe a dinâmica, o improviso, o desconhecido, a mudança e o impacto para nos livrar do tédio e nos sacudir da nossa zona de conforto.
Quando nos deparamos diante de um dilema, ou obstáculo, ou labirinto, de algo que foge da nossa compreensão, hesitar é justificável. Agora, hesitar por não ter a coragem para enfrentar o problema de frente, escondendo-se atrás de pretextos e inverdades e tentando ganhar tempo para agir é uma atitude para os covardes e sem caráter. Esquivar-se, seja do que seja, é para canalhas.
Se eu for buscar no baú das minhas hesitações, as minhas rápidas paralisações e medos sempre foram movidas por um desfecho à contento, envolvesse ou não uma segunda e terceira pessoa. É meu estilo buscar racionalmente as resoluções dos meus impasses e dúvidas. Porém, na vida, não sou o senhor das hesitações. Indecisão não é o meu nome.
Hesito por desconhecer algo e não para fugir ou me esconder de algo ou alguém.
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