"No se trata de enumerar sufrimientos, pero borrarlos".
(Acorralada, cap. 111)
Sofrer faz parte do crescimento humano. É uma verdade absoluta e ninguém está isento disso. Agora, o que pode ser feito é aprender a lidar com o sofrimento de forma mais madura e sensata - De pronto parece ser complicado e difícil, mas, com o tempo, pouco a pouco, os nossos sentimentos acalorados e desproporcionais vão se acomodando ao cômodo e lugar e o que parece ser uma tormenta que nos traga, vai se dissipando no horizonte como o raiar de um novo sol pós dias cinzentos e chuvosos.
Uma das coisas que eu aprendi foi o seguinte: Até o sofrimento é opcional. Por isso, há uma escolha muito clara, um caminho a ser seguido. Ao invés de você ficar alimentando suas penas e ficar dando voltas e voltas no problema, se martirizando, se magoando ainda mais, você pode enfrentá-lo. Enfrentá-lo significa analisar o que te faz sofrer, compreendendo as motivações e a dinâmica dos acontecimentos, as suas culpas e responsabilidades - cada um tem as suas e basta arcá-las como tal.
Uma vez racionalizando o acontecido, dando a dimensão exata, compreendendo as coisas como de fato aconteceram e são, é um passo importante para a próxima fase: seguir em frente. Se não pode esquecer (às vezes, não se pode mesmo, porquê irremediavelmente as marcas ficam e geram alguns danos emocionais e espectros na alma), pode deixar no passado, distanciando cada vez mais, tornando-se até indiferente.
Assim, mais do que enumerar sofrimentos, o importante é esquecê-los, tentar apagá-los para não atormentar a sua essência, a sua alma, para não amargar os seus dias. Ignorar, tornar-se indiferente, alheio ao ex-problema quando resoluto, é algo possível e pode ser feito em prol de si mesmo.
É preciso esquecer para seguir.
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