Hoje a esquerda latina e socialista perdeu um importante ícone político da atualidade, o cubano Fidel Castro. O seu estilo de governar nacionalista e combativo, inspirou tantos governos esquerdistas, principalmente fazendo escola na América do Sul. Sua postura extremista sempre foi vista como um perigoso risco para as democracias capitalistas, onde Cuba estabeleceu durante décadas uma conturbada e resistente relação política e econômica com os USA.
Embora, a postura política de Fidel seja controversa, para uns, ditador, para outros, a resistência contra o imperialismo norte-americano, eu vejo a sua partida com pesar... simbolicamente, o ideal comunista torna-se cada vez mais uma mera utopia de revolucionários. Morre um ícone da política socialista mundial, junto com ele um estilo nacionalista de preservar a identidade cubana contra os embargos, sanções e boicotes políticos, econômicos e socioculturais que a ilha sofreu durante décadas, deixando-a à margem do cenário global. Enfim, a chama do espírito socialista se apagou, a paixão comunista também.
Fidel se equivocou bastante nesse processo e isso representou um preço à ser pago, levando ao povo cubano enfrentar inúmeras crises e conflitos e compartilhar carências, sem contar aqueles que deixaram a ilha em busca de novas oportunidades de trabalho e sobrevivência, seja "convidado à se retirar" ou fugindo, mas ele foi fiel ao seu ideal e suas convicções políticas até o fim. Historicamente, perdemos uma figura política importante na luta contra a lógica perversa do capitalismo, constantemente preocupado com a unicidade do seu país e preservar a identidade cubana em prol de todos, dos interesses da coletividade (por mais conflituoso e utópico possa ser). Os socialistas estão de luto.
R.I.P. Fidel!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário