sábado, 28 de fevereiro de 2015

Relação = elo de confiança




Eu não sou o tipo de pessoa que dita regras como um déspota. Nem tão pouco estou interessado em apontar dedos e atirar pedras nos outros, porquê defendo e acredito no direito de cada um ter a liberdade de estabelecer as suas próprias regras, desejos e caminhos, independente da minha aceitação e concordância. Cada um sabe o que melhor lhe convém e deveria ter consciência e arcar com as consequências dos seus próprios atos. 

O que digo, penso, faço e sinto correspondem tão e somente a mim mesmo. Se ao me expressar houver alguém que se identifique, welcome at the club, caso contrário, divergência aceita e que a mensagem possa ao menos despertar algum tipo de reflexão. Sem nenhum intuito de resgatar ovelhas ao meu rebanho. 

Em se tratando de relacionamentos, eu tenho um pensamento muito restrito, tradicional. Eu prezo por monogamia, exclusividade e reciprocidade em muitos sentidos, além disso ou alheio à isso, prezo pela liberdade que a solteirice pode me proporcionar. Uma vez comprometido, infidelidade não cabe, apesar de todas as deliciosas tentações que o mundo moderno nos tem a oferecer. Lealdade sempre, pois de todos os tratos e tratados que possam ser estabelecidos como casal, o elo da confiança jamais poderá ser rompido, caso seja, dificilmente, somente em casos especiais, podem ser resgatados de certa forma - a pureza e a inocência antes do rompimento desta, duvido muito que seja. Será que vale a pena confiar, desconfiando?!!! Duvido muito, o fantasma na traição sempre estará ali, assombrando dentro de você. 

Sobre traição, tenho pouco o que dizer:

1. Quem deve se envergonhar, não é quem sofreu a apunhalada no coração, mas, QUEM APUNHALOU, evidenciando a sua debilidade de caráter e honestidade;

2. A pior traição não é aquela que você defrauda os sentimentos e a confiança de quem está ao seu lado, o que por si só já é abominável, porém e sobretudo, em primeiro lugar, quando você está atraiçoando a si mesmo, os seus sentimentos. Ao falhar com o outro, você está falhando consigo mesmo(a), não sendo nobre o suficiente para ser honesto(a). A prazerosa desonestidade é o caminho mais fácil para os covardes e débeis.

Possivelmente com a decadência e o esfacelamento ético e moral da humanidade moderna, torne-se cada vez mais difícil e até utópico estabelecer relacionamentos sólidos e duradouros como os dos nossos pais e avós, mas, fica a tentativa daqueles que ainda acreditam que podem lutar contra a maré, investindo em relações de afeto à longo prazo, baseadas na cumplicidade, no respeito, na confiança e no amor (e suas variações), sem aquela concepção ingênua e idealizadora do "PARA SEMPRE", tal e qual povoam as nossas lembranças infantis graças aos contos de fada da Disney. Seja para sempre até o dia em que o sentimento e o desejo de compartilhar uma vida a dois seja legítimo e de fato, sem farsas e embustes.     

Relacionamento sobretudo é um elo de confiança. Quanto mais forte for esse elo, mais chances de uma vida afetiva longa têm para ser logrado. Caso contrário, estará fadado à fragilidade, efemeridade e fluidez. Confiança é sobretudo comprometimento de ambas as partes, do esforço em conjunto e não apenas solitário de quem quer salvar o que provavelmente não tem mais solução.            

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

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"Eu não ficaria bem na sua estante..."