Todo mundo tem o direito de ter os seus segredos e mistérios, mas, porém, todavia, contudo não envolva terceiros, prejudicando-os e pondo-os em perigo e constrangimento moral. Infelizmente, sempre haverá alguém que se valerá de algum pretexto e/ou segundas intenções para arrastar os outros em suas tormentas e perdições - assim, também caminha a humanidade, mesmo enlodada por ódio, rancor, perversidade e ambição.
Por qual motivo dessa introdução?!!! Não é todo mundo que tem o valor para sincerar, escondendo-se atrás da obscuridade intrínseca que permeia a mentira, o engano e a covardia. E por covardia é mais fácil seguir ocultando, mentindo, negando, ..., mantendo o engano que os protegem de suas amargas verdades.
E por falar em verdades, estou seguro e defendo a tese de que elas precisam ser ditas, por piores e mais dolorosas que elas sejam. Pois, dizer e reconhecer as verdades requer hombridade, caráter, dignidade e boa fé, porquê só elas libertam de toda culpa e redime de quaisquer erros. Todavia, dá muito mais trabalho manter as mentiras do que enfrentar o tamanho e o peso das verdades.
Verdades, mentiras, ..., mentiras, verdades, ..., elas são relativas e podem ser utilizadas de acordo com a conveniência alheia, seja para boas ou más intenções. Se algo pode definir o que é justo ou não que seja regido pela consciência - bem diga aqueles que ainda têm um pouco de retidão e bom senso.
E o que concerne o âmbito religioso, há quem prefira ocultar as suas verdades atrás do silêncio que profere e legitima o "segredo de confissão". Por ser católico, postólico e romano, posso dizer que eu tenho um série de reservas quanto a esse voto de silêncio que impede aos religiosos de calar frente certas verdades que não deveriam ser caladas, podendo elucidar dúvidas e injustiças. A omissão de alguns padres diante de uma verdade que não pode ser calada, provoca-me indignação e uma certa repulsa. Mas, também compreendo que alguns segredos de confissão tem a função de compartilhar intimidades, culpas, erros, medos e inseguranças e de desabafo de sentimentos.
Seja qual for a sua verdade ou sua mentira, a decisão de cultuá-la é no final sua. Portanto, cabe a consciência de cada um. Só esteja atento as suas responsabilidades e as consequências das suas ações diretas e indiretas para não envolver outros em seus enredos, enganando-as e lastimando-as. A reflexão é sua, sinta-se à vontade para exercitá-la se assim queira.
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