Depois de um tempo, a gente aprende a ser menos paciente e resistente com alguns tipos de comportamento, principalmente aos mais cansativos. Vivência de vida têm os seus prós: Autoconhecimento, seletividade, olhar crítico, objetividade de escolha, uso oportuno do "sim" e sobretudo do "não", desapego a certas bobagens psicoemocionais, etc e tal, se somente se você tiver bom senso para isso. Não é todo mundo que consegue usá-la ao seu favor, tornando-se uma mala sem alça e mais um motivo de irritação.
O melhor de se estar solteiro é ter a liberdade de ir e vir sem precisar dar maiores explicações e sossego com relação às expectativas e carências do outro, porém, quando se pretende abrir mão dessa paz de espírito, tem que ter o saco do tamanho do mundo inteiro ao se deparar com tais comportamentos cansativos: o mesmo blá blá blá desinteressante, como se o tempo tivesse avançado e a capacidade humana de trocar algumas palavras e ideias interessantes não, o descompasso dos discursos e das práticas havendo um abismo entre elas, tornando-se a personificação da contradição, a futilidade que o outro tem a oferecer à relação, a dificuldade de se colocar por inteiro por medo de se tornar um alvo fácil para a leviandade alheia, a inconstância e a fragilidade das emoções que mudam em questões de segundos dada a fragilidade dos envolvimentos, enfim, uma lista interminável de limitações de conduta que fazem de alguém não bem resolvido para se relacionar.
Com certeza, ao se deparar com essa classe de solteiros assim, infelizmente não é em baixa escala, nos dá um enorme desestímulo e vai minando aos poucos a vontade de mudar de status - OWWWW, tá difícil, heim?!!! Tem horas que dá nos nervos lidar com comportamentos tão cansativos, haja tanta fragilidade de intenções (um hora quer, na outra não quer mais) e emoções (sentimentos rasos e confusos).
Quanta falta de profundidade!!! E, o lamentável disso é: Comumente, os solteiros vão se transformando nessa massa inconstante, reforçando essas condutas porquê o que ele está vivenciando na prática é a construção de relacionamentos fugazes e vulneráveis à tudo, se duvidar até um mero espirro. Já, aqueles que não se dobram a esse tipo de deterioração relacional, tornando-se uma tábua rasa de comprometimento e sensações/emoções, vão cansando e se fechando como se fossem uma concha, desacreditando nessa necessidade subjetiva humana e nas verdadeiras intenções das pessoas (se há verdade nelas).
Há aaaaaaaaa, eu não sei até que ponto a vida online interfere nessa massificação dos comportamentos, é claro que deve influir e influenciar, mas, a que a torna muito mais evidente, isso evidencia, dando a impressão que as buscas afetivas estão pasteurizadas, fragilmente banalizadas. Acaba faltando alma e muito caráter nessa vitrine virtual.
Isso é tudo muito cansativo, digasse de passagem. Principalmente, lidar com personas tão cansativas com os seus comportamentos tão cansados. Menos papo desagradável e mais ação estimulante.
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