Eu acredito que todo mundo deveria exercer o seu livre direito de escolha. Afinal, apesar do tipo ideal cultivado e de todas as exigências da sua listinha de gostos & afins (por mais absurdas e inatingíveis que possam ser), no fundo, no fundo, até a mais exigente das criaturas quer ser feliz e atingir a sua satisfação em 5 sentidos. Agora, algumas questões devem ser pensadas e repensadas para averiguar até que ponto tantas exigências são viaveis e humanamente possíveis de serem encontradas numa única e só pessoa.
A primeira delas seria o grau de exigência. Até que ponto as suas exigências são viáveis?!!! Não daria para abrir mão de algumas em troca de outras?!!! Será que a perfeição só não existe no seu desejo?!!! Há pessoas que passam a vida inteira buscando no outro uma ilusão e se tornam escravas afetivas daquele personagem que só reside no seu imaginário.
- "Eu já escutei algumas vezes que eu deveria baixar o meu padrão de exigência. Numa época, eu até concordei, mas, hoje eu vejo que eu não sou nem tanto exigente com a questão estética, mas, algumas questões de caráter e de atitude e, em relação à isso, eu não tenho como barganhar e nem poderia. O fato é que com o passar do tempo, é natural nos tornarmos mais exigentes e ter a plena consciência do que queremos e de tudo aquilo que nos faz mais felizes."
Todavia, é bom fazer essa autoreflexão se não estamos buscando no outro a nossa imagem e semelhança e obcecados por uma personagem de ficção. É muito perigoso quem a gente inventa e tenta projetar no outro, pois, no final, é duplamente injusto: para nós, que corremos o risco de nunca encontrar essa ilusão personificada, e para quem cruzar o nosso caminho, tendo um fardo para carregar e ser comparado constantemente.
Segundo, é ter a plena consciência de que, apesar de tanta escolha e de tantos critérios de seleção, corre-se o risco de se deparar com quem não tem nada a ver com a gente. Enfim, erros de leitura e de percepção acontecem, principalmente quando estamos encantados. A paixão e a carência cegam e nos induzem aos erros - fato.
- "Apesar de ser seletivo, eu já cometi tantos equívocos nessa seleção. Não vale nem a pena recordar. Porém, ninguém está imune de se enganar, muito menos eu. Se sendo seletivo como eu sou, apareceu cada figura no meu caminho, imagine se eu não fosse. No entanto, fazer essa tal escolha, não é tão simples e fácil assim, porquê o coração (prefiro usar a subjetividade do que esse clichê patético) também é passível de erro."
Errar faz parte. Todo mundo já se equivocou alguma vez. Agora, equivocar-se sempre demonstra que algo está errado e, se há tantas repetições, existe algo que precisa ser notado e aprendido para evitar sucessivos e futuros erros. Alguns podem ser evitados sobretudo aqueles recorrentes de teimosias e tonterias.
Terceiro, é preciso ter cuidado com tanta escolha, pois, quem sempre muito escolhe acaba só. Torna-se escravo desse ciclo vicioso da escolha. É importante exercê-la para buscar um padrão que se aproxima de nós, em desejo e afinidades, porém tanta rigidez acaba por trazer ausência de opções.
- "Faço as minhas escolhas, procurando aproximar do meu universo particular, pelo menos, aqueles perfis que tem a ver comigo e dá para estabelecer vínculos não apenas afetivos, mas, também socioculturais. Já experimentei desnível cultural e, posso afirmar, gera uma série de atritos, sobretudo no modo de agir e pensar. Água e óleo não se misturam."
É preciso ser flexível nessa escolha. Os atributos que podem ser postos de lado, por de repente nem serem tão vitais assim, e outros que realmente são impossíveis de abrir mão. Afinal ninguém é obrigado a ter todos os atributos que você busca em alguém.
Por essas e outras dificuldades no que tange o direito de exercer a livre e democrática escolha é preciso ter a consciência se você está sabendo escolher e se tanta escolha não está te atrapalhando na hora de se relacionar.
- "Às vezes, eu penso que sim. Outras não. Mas, pra mim é muito nítido quem se adequa ou não ao meu universo e, caso não tenha nada a ver comigo, eu não vejo muito sentido em insistir num aproximação que eu sei onde irá chegar - em lugar nenhum."
Porém, no meu caso, eu não estou buscando, o que por si só limita as possibilidades. Até porquê eu prefiro que o que tiver de acontecer, aconteça naturalmente, sem pressa, sem cobrança, que flua espontaneamente.
Há long long time, Darwin já apresentava a sua teoria da seleção natural e como pertencentes dessa grande fauna, não fugimos a regra, por isso, é afetivamente normal estabelecermos as nossas triagens. Portanto, é preciso que cada uma de nós exercitemos o nosso direito de escolha, mas, não complicando algo cuja a dinâmica já é complicada: Os desencontros afetivos estão aí e não é apenas a escolha que define o sucesso de uma relação, pois não basta apenas a dupla escolha (eu e você nos escolhemos mutuamente), mas, principalmente, definitivamente e pontualmente se os interesses convergem num mesmo sentido, porquê é preciso caminhar juntos, no mesmo sentido, numa mesma direção, caso contrário, não haverá escolha no mundo que seja eficiente.
Sim, sim, sim... Eu não posso me esquecer de algo fundamental para finalizar essa reflexão: Além do legítimo direito de escolha, também é importante respeitar o direito de escolha do outro, mesmo que o seu ego ferido se sinta desprestigiado. A questão não é nem autopunição ou você encarar como um chute na sua auto-estima, mas, como existem aqueles que não se adequam aos seus critérios, a recíproca também é verdadeira. Há de se respeitar o seu direito e o direito de escolha do outro.
A primeira delas seria o grau de exigência. Até que ponto as suas exigências são viáveis?!!! Não daria para abrir mão de algumas em troca de outras?!!! Será que a perfeição só não existe no seu desejo?!!! Há pessoas que passam a vida inteira buscando no outro uma ilusão e se tornam escravas afetivas daquele personagem que só reside no seu imaginário.
- "Eu já escutei algumas vezes que eu deveria baixar o meu padrão de exigência. Numa época, eu até concordei, mas, hoje eu vejo que eu não sou nem tanto exigente com a questão estética, mas, algumas questões de caráter e de atitude e, em relação à isso, eu não tenho como barganhar e nem poderia. O fato é que com o passar do tempo, é natural nos tornarmos mais exigentes e ter a plena consciência do que queremos e de tudo aquilo que nos faz mais felizes."
Todavia, é bom fazer essa autoreflexão se não estamos buscando no outro a nossa imagem e semelhança e obcecados por uma personagem de ficção. É muito perigoso quem a gente inventa e tenta projetar no outro, pois, no final, é duplamente injusto: para nós, que corremos o risco de nunca encontrar essa ilusão personificada, e para quem cruzar o nosso caminho, tendo um fardo para carregar e ser comparado constantemente.
Segundo, é ter a plena consciência de que, apesar de tanta escolha e de tantos critérios de seleção, corre-se o risco de se deparar com quem não tem nada a ver com a gente. Enfim, erros de leitura e de percepção acontecem, principalmente quando estamos encantados. A paixão e a carência cegam e nos induzem aos erros - fato.
- "Apesar de ser seletivo, eu já cometi tantos equívocos nessa seleção. Não vale nem a pena recordar. Porém, ninguém está imune de se enganar, muito menos eu. Se sendo seletivo como eu sou, apareceu cada figura no meu caminho, imagine se eu não fosse. No entanto, fazer essa tal escolha, não é tão simples e fácil assim, porquê o coração (prefiro usar a subjetividade do que esse clichê patético) também é passível de erro."
Errar faz parte. Todo mundo já se equivocou alguma vez. Agora, equivocar-se sempre demonstra que algo está errado e, se há tantas repetições, existe algo que precisa ser notado e aprendido para evitar sucessivos e futuros erros. Alguns podem ser evitados sobretudo aqueles recorrentes de teimosias e tonterias.
Terceiro, é preciso ter cuidado com tanta escolha, pois, quem sempre muito escolhe acaba só. Torna-se escravo desse ciclo vicioso da escolha. É importante exercê-la para buscar um padrão que se aproxima de nós, em desejo e afinidades, porém tanta rigidez acaba por trazer ausência de opções.
- "Faço as minhas escolhas, procurando aproximar do meu universo particular, pelo menos, aqueles perfis que tem a ver comigo e dá para estabelecer vínculos não apenas afetivos, mas, também socioculturais. Já experimentei desnível cultural e, posso afirmar, gera uma série de atritos, sobretudo no modo de agir e pensar. Água e óleo não se misturam."
É preciso ser flexível nessa escolha. Os atributos que podem ser postos de lado, por de repente nem serem tão vitais assim, e outros que realmente são impossíveis de abrir mão. Afinal ninguém é obrigado a ter todos os atributos que você busca em alguém.
Por essas e outras dificuldades no que tange o direito de exercer a livre e democrática escolha é preciso ter a consciência se você está sabendo escolher e se tanta escolha não está te atrapalhando na hora de se relacionar.
- "Às vezes, eu penso que sim. Outras não. Mas, pra mim é muito nítido quem se adequa ou não ao meu universo e, caso não tenha nada a ver comigo, eu não vejo muito sentido em insistir num aproximação que eu sei onde irá chegar - em lugar nenhum."
Porém, no meu caso, eu não estou buscando, o que por si só limita as possibilidades. Até porquê eu prefiro que o que tiver de acontecer, aconteça naturalmente, sem pressa, sem cobrança, que flua espontaneamente.
Há long long time, Darwin já apresentava a sua teoria da seleção natural e como pertencentes dessa grande fauna, não fugimos a regra, por isso, é afetivamente normal estabelecermos as nossas triagens. Portanto, é preciso que cada uma de nós exercitemos o nosso direito de escolha, mas, não complicando algo cuja a dinâmica já é complicada: Os desencontros afetivos estão aí e não é apenas a escolha que define o sucesso de uma relação, pois não basta apenas a dupla escolha (eu e você nos escolhemos mutuamente), mas, principalmente, definitivamente e pontualmente se os interesses convergem num mesmo sentido, porquê é preciso caminhar juntos, no mesmo sentido, numa mesma direção, caso contrário, não haverá escolha no mundo que seja eficiente.
Sim, sim, sim... Eu não posso me esquecer de algo fundamental para finalizar essa reflexão: Além do legítimo direito de escolha, também é importante respeitar o direito de escolha do outro, mesmo que o seu ego ferido se sinta desprestigiado. A questão não é nem autopunição ou você encarar como um chute na sua auto-estima, mas, como existem aqueles que não se adequam aos seus critérios, a recíproca também é verdadeira. Há de se respeitar o seu direito e o direito de escolha do outro.
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