"Eu queria sair por ai e conhecer alguém. Assim, sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém comum, sem destaques evidentes, sem cavalos brancos ou dentes perfeitos. Alguém que soubesse se aproximar sem ser invasivo ou que não se esforçasse tanto para parecer interessante. Alguém com quem eu pudesse conversar sobre música, política ou simplesmente sobre o meu dia.
Alguém a quem eu não precisasse impressionar com discursos inteligentes ou com demonstrações de segurança e autoconfiança. Alguém que me enxergasse sem idealizações e que me achasse atraente ao acordar, de camisa amassada. Alguém que me levasse ao cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse boas gargalhadas. Alguém que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse..."
Vasculhando os meus arquivos antigos, eu havia postado essa citação anos atrás no meu perfil do orkut (hoje em desuso). Não me recordo ao certo, se já naquela época, eu acreditava piamente nisso, mas, hoje eu posso dizer que: "O que eu gostaria é inversamente proporcional ao que eu acredito".
Depois de tantas tormentas pelas quais eu passei, ao ler essa citação que me parece tão distante de mim, o que ficou foi o desejo incerto e não a certeza. Em sã consciência, talvez, nem eu mesmo acredite nisso, porém, contraditoriamente, esse desejo ainda permaneça adormecido em mim, dando sentido aquela esperança oculta no meu (IN)consciente.
Quantas partes de mim ficaram pelo caminho, quantas delas caíram em descrédito...
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