É uma característica intrínseca da subjetividade humana a insatisfação. O indivíduo, independente do seu gênero, credo e raça, nunca está completamente satisfeito com o que se tem e, por sua vez, é mais do que natural tentar saciar a sensação de vazio e de incompletude. Nada disso seria errado e impactante se, em sua busca, o homem não perdesse o controle da sua própria realidade, deixando de valorizar o que é capaz de ser feito e usufruido e indo buscar alucinadamente e a todo custo a construção da sua felicidade no patamar do ideal, do intangível, do platônico - Muitos se tornam escravos e eternamentes insatisfeitos pelas ilusões que veneram e alimentam. Se não fosse assim, a população mundial de deprimidos não seria tão extensiva.
Dentro dessa realidade inconstante, sempre surgirá aquela vontade de querer algo mais, muitas vezes, tudo aquilo que se está além do seu alcance, longe dos nossos olhos e das nossas mãos, ficando órfão e ausente de qualquer sinal de bom senso e discernimento crítico. É nesse campo minado e combativo, onde a realidade (o concreto) confronta-se com o ideal (as ilusões), gerando uma série de conflitos e contrariações. Muitas pessoas não admitem ter as suas vontades contrariadas e revoltam-se contra isso, sendo capazes de qualquer atitude para continuarem buscando os seus sonhos e metas, alguns por ideal (vocação, determinação) e outros por mera teimosia. Com certeza, não é fácil para ninguém lidar com as próprias frustrações, mas, a sabedoria da vida está em aprender: "Nem tudo é do jeito e acontece na hora e quando a gente quer".
- "Alguns conseguem transformar o seu contrariamento em CONSTRUÇÃO e outros na SUA PRÓPRIA PERDIÇÃO".
Para não se tornar refém do intangível, alguns acabam resignados e aceitam a sua "sorte" pacificamente ou apaticamente, mas, aceita. Outros, rebelam-se a todo custo.
- "Para algumas coisas eu já me resignei, sendo até indiferente, já outras, putz, alguns desejos ainda gritam dentro de mim, mas, mesmo assim, eu tento me policiar ao máximo, porque, hoje, eu só quero sonhos que caibam dentro das minhas mãos. Não é do meu estilo dar murro em ponta de faca e nem me tornar refém das minhas ilusões, pois elas nunca deixaram de ser ilusões por autodefinição."
Putz, como eu estou tão filosófico esta noite!!! Tudo isso porque eu queria apenas devagar sobre uma impressão comum a muita gente e principalmente pra mim: "Porquê, aparentemente, quem mora longe de nós, sempre nos dá a impressão de que sempre são mais interessantes e atraentes do que aqueles que estão próximos e nós podemos ter um fácil acesso?!!!"
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