Quando você está disposto a se envolver com alguém em toda a sua plenitude, algo se torna primordial nesse momento, além da reciprocidade do sentimento, claro, mas também manter a chama do romance e da poesia sempre acesa como estímulo para que os enamorados consigam enfrentar juntos os obstáculos e conflitos que ainda estão por vir, pois qualquer relacionamento tem os seus perrengues. O que?!!! Você acredita em relação perfeita, tipo, aquela de contos de fadas?!!! "PEN", sinto muito em acabar com as suas ilusões, mas, a natureza humana não se faz perfeita, graças a sua complexa subjetividade e contradições inerentes, assim como as suas relações também não seriam. Mesmo assim, torna-se necessário sonhar:
... "Só quero te lembrar
De quando a gente andava nas estrelas
Nas horas lindas que passamos juntos
A gente só queria amar e amar..."
De quando a gente andava nas estrelas
Nas horas lindas que passamos juntos
A gente só queria amar e amar..."
Mas, infelizmente, nem tudo na vida são apenas flores. Quando você se depara com grandes decepções e frustrações, reflexo dos desencontros amorosos, elas deixaram marcas íntimas e profundas na alma, onde nem o tempo conseguirá apagá-las - algumas destas marcas nunca são cicatrizadas e algumas más experiências servem de referência, seja para evitar ou atrair situações semelhantes. Tais marcas ainda irão lhe influenciar por um bom tempo, até quando você conseguir superá-las, caso contrário, elas se tornarão parte da sua personalidade, ao ponto de você deixar a sua chama se apagar ou abaixar. Aquele romantismo inicial, puro, ingênuo e infantil, sedento em viver o grande e possível amor, se retrai, escondendo-se lá no fundo, na sua íntima escuridão.
Assim, nesse contexto, você se encontra desestimulado, cansado e sem fé nas pessoas e nos relacionamentos em que elas constróem, pois, em parte, você não se identifica com a falta de comprometimento que elas impelem à você, muitas vezes até te ferindo subjetivamente, e diante disso você entra em "déficit de rom", de romantismo, questionando-se se alguns dos seus desejos afetivos e procedimentos são realmente possíveis e corretos.
Porém, o grande perigo disso está em você permitir que a sua dor, angustia e sofrimento, te tornem uma persona amarga, arredia e descrente da afetividade. O seu desencantamento acarreta o esvaziamento dos seus sonhos e você morre aos poucos, não acreditando mais naquela forma de amor que você queria e acreditava no princípio, algo em que apenas as "Pollyannas" acreditam de acordo com o mundo que elas enchergam sob lentes cor de rosas, e você vai se fechando como uma ostra, não se permitindo a ser percebida(o), tocada(o), contemplada(o).
Mas, para a vida continuar bela e revigorante é preciso que você resgate os seus sonhos e, principalmente, transforme-os em realidade. É preciso crer que o impossível é passível de ser possível e que as intempéries vão se dissipar no horizonte.
... "E hoje eu tenho certeza
A nossa história não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar"...
A nossa história não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar"...
Algumas tempestades realmente passam, já outras, destróem tudo e, mesmo diante da distruição, você precisa continuar em meio de escombros, porque viver é assim se refazer em qualquer ocasionalidade. E aí, você precisa se esforçar para não se tornar apático, duro e solitário por causa do seu "déficit de rom". Você entrega a sua própria descrença e procura se defender de todas as formas, até mesmo, negando a sua essência sonhadora e romântica.
"Pra quê falar
Se você não quer me ouvir?
Fugir agora não resolve nada
Mas não vou chorar
Se você quiser partir
Às vezes a distância ajuda..."
Mas, quando você pensa que sucumbiu a realidade nua e crua, quando você menos espera surge, de maneira súbita e inesperada, sem paradeiro conhecido, dentro de você, os sonhos e os desejos românticos que você havia pensado que perdido. Instala-se em você, no seu íntimo, uma guerra de pensamentos e sensações, frutos de forças opostas e complementares: a razão versus a emoção, o concreto versus o abstrato, o possível versus o impossível. E, é nesse momento, entre conflitos que você precisa fazer a derradeira escolha permanecer ou romper com a sua rigidez e discrença.
Há quem prefira a sua liberdade se agarrando em seu romantismo perseverante e teimoso, com também existem aqueles que se limitam em seu déficit, sendo engolidos por sua criticidade, bom senso e lucidez, os algozes da realidade. E o que deve ser feito?!!! Só você pode responder essa inquerência, pois depende da escolha e da disposição de cada um.
- "Eu não saberia abrir mão da minha razão e dos meus princípios, mesmo sendo regido por Vênus, como bom e temperamental filho de libra como eu sou."
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