sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Deixa estar como estar...

 


Relacionamento dá muito trabalho e, na altura do campeonato, vai contra a meta de vida: Evitar a fadiga e não gastar o meu tempo e minha energia com picuinhas e "otras cositas más" que não agregam em absolutamente nada na minha vida e ainda podem me tirar a pouca paz e tranquilidade conquistada. Nem tábua de salvação, eu não preciso ser salvo, e, muito menos, tábua rasa boiando, no mar - vamos preservar os oceanos limpos. 

Primeiramente, todas aquelas ilusões de viver um grande amor, ficaram pelo caminho. Não vivi um GRANDE AMOR, pelo menos, não aquele que a gente idealiza, o Épico - o que simboliza o "auge do sucesso", aquele que muitos passam uma vida inteira atrás dele para experimentar. Vivi amores que foram possíveis, mas, nem esses me bastaram, faltava algo mais, o "x factor" - ou, talvez, faltou amor de alguma parte - da minha, muitas vezes - pensei que sim, mas, fazendo uma auto culpa e auto reflexão, cheguei a conclusão que não.

Segundamente, hoje, eu não estou disposto à suportar muitas coisas vinda dos outros, sobretudo quando desafiam as minhas vontades e convicções. Todavia, nem "Era da Inocência", eu não me sujeitava à isso. Como eu sempre soube muito bem o que eu queria e não admitia hesitações, porquê eu fazia e acontecia, esperar o que deveria ser recíproco e óbvio, me dava um certo cansaço. Sempre trabalhei com a reciprocidade e nunca abri mão dessa condição.

Aliado à esses dois aspectos, ainda existem tantos outros fatores, o que faz o combo bem complexo. Se quando eu tinha ganas e disposição, já me exigia demais, inclusive a pouca paciência que me falta, quem dirá agora - Não, não posso. Não tenho condições.

Esse texto pode até soar uma certa intransigência da minha parte (pode ser, nem descarto), mas, eu juro que sempre fiz a minha parte, em todos os amores que eu vivi e terminaram como desamores. Porém, apenas convicção e conhecimento de causa - fel e amargura não, talvez preguiça, comodidade e desfé em algo que eu já deixei de lado.

Com o tempo, você aprende a viver sem e passa a focar 200% em você, em tudo aquilo que te faz sentido, bem e feliz. Há felicidade nas pequenas coisas e, se você aprender à lidar com a solidão e a sua própria companhia, não é o fim do mundo e nem você precisa viver no breu.

Quando a carência bater, nada que um filme/vídeo  adulto (XXX) resolva ou um pote de sorvete ou um saco de 1 kl de sonho de valsa não te confortem. Cada um com sua válvula de escape.

A vida nem sempre te oferece aquilo que você realmente deseja, no entanto, nem ela teria a obrigação de fazer o que você deveria fazer, ir buscá-la - mas, nem sempre encontramos. Quando o desencontro acontece, vamos sublimando e nos acomodando à nossa zona de conforto.

Encontro-me na minha e me sinto em paz e sossegado. Evitando caos, baderna e trabalho. Foram décadas que me trouxeram até aqui, nesse estágio e está tudo certo. Deixa estar como está, assim não me desgasto e nem me aborreço. É sobre isso. É suficiente pra mim.

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