Quando eu te buscava
Eu não te encontrei
E agora, que eu deixei de buscar
Hoje, pra mim, tanto faz
Eu aprendi a caminhar sozinho
E também à priorizar outras coisas
Tão importantes quanto...
Durante muito tempo, o amor era a prioridade number one na minha vida. Significava muito mais do que acumular dinheiro e bens materiais, usufruir de conforto e certas benesses, constituir uma família, obter realização profissional e afins. E, nessa busca incessante em viver um grande amor, aquele tipo mais próximo possível do jeitinho que eu idealizava, eu também fui experimentando o desamor. Amor e desamor caminham de mãos dadas.
Cada porrada que eu levei, eu fui deixando uma parte de mim pelo meio do caminho: ingenuidade, espontaneidade, algumas ilusões sobre o tema, alguns dos meus medos e tabus, aquele ímpeto juvenil de me jogar de cabeça e de peito aberto, aquela coragem de me jogar do penhasco sem paraquedas e rumo ao desconhecido, relações que fadaram ao fracasso, supostos amores que não me serviam mais, pedaços do meu coração, alguns momentos me faltou até fé...
Se por um lado, eu perdi o meu lado mais fresh e sonhador, por outro, eu também fui colecionando grandes ganhos: experiência, sabedoria, fortaleza, perspicácia, malícia, amor-próprio, autoconfiança e autonomia. Esse processo de altos e baixos, caídas e levantadas, é uma sucessiva montanha-russa de perdas e ganhos que vai nos forjando em quem somos.
Além do que, também aprendemos a valorizar o que e quem realmente valem à pena ser valorizados e exercitar o desapego, deixando partir sentimentos, pessoas e relações que não traduzem mais o nosso momento, as nossas verdades, quem somos e nem as nossas necessidades. Então, o que um dia foi prioridade, hoje deixou de sê-lo, apesar da lacuna estar logo ali. Se vai ser ocupada, ...
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