Cilada nº 1 - Fugindo de relacionamentos em pleno naufrágio
Faz parte do meu temperamento, ser inquieto diante dos impasses. Eu gosto de resoluções diante dos problemas e impasses, principalmente quando se trata de dois. Se um relacionamento já deu o que tinha que dar, não tem mais o que fazer para recuperá-lo, para mim, não vale a pena insistir. Não é do meu estilo ficar parado e insistindo no mesmo erro e, muito menos, estar num relação que já chegou ao fim. É preciso ter a cordura e a dignidade para enfrentar o "game over", mesmo se ainda houver algum sentimento envolvido.
Cilada nº 2 - Fugindo de corações já ocupados
A velha ciranda do desencontro amoroso onde Maria gosta do José, que gosta de Joana, que ama Pedro, que prefere a Ana, que está de olho em Mario, namorado de Paula, amante de... Oops, passo. Estar num relacionamento só se justifica quando há reciprocidade e disponibilidade para amar, entrega e interesse. Essa de ficar insistindo numa relação de via de mão única, onde a doação e esforços só estão em mim, não me interessa e nem me convém. Gosto muito de mim para ficar insistindo conquistar quem não gosta de mim. Sentimentos são estimulados, uma vez conquistados serão espontaneamente retribuídos, e não podem ser forçados. Não se entra no céu à força.
Cilada nº 3 - Fugindo do clássico "Você tem que gostar de quem gosta de você"
Aonde está o painel de controle do coração mesmo?!!! Se você não gostar também, fica uma relação "fake", incômoda - pelo menos, para mim. Eu não sei ficar dissimulando os meus sentimentos e, muito menos, ficar me forçando à situações embaraçosas. Quando eu não gosto, quanto mais insistência e forçação de barra, mais rechaço e repulsa me dá. Eu prefiro ficar só do que me sentir invadido.
Cilada nº 4 - Fugindo de ficar correndo atrás (Até insistir tem um limite)
Não há mal nenhum demonstrar o seu interesse, até para se fazer perceber e deixar o caminho aberto para o jogo da conquista. Agora, ficar se regalando, como se fosse uma rifa de quermesse ou uma fruta em feira-livre, já é o cúmulo da desvalorização. Se você quer (re)conquistar ou resgatar uma relação que chegou ao fim, você tem todo o direito de tentar, mas sem ficar rogando, implorando, humilhando-se, deixando a sua dignidade no piso. Ter amor próprio e orgulho nunca é demais e se você estiver preste a perdê-los até aí chegou o seu limite.
Cilada nº 5 - Fugindo da dependência afetiva e do medo da solidão (Antes só do que mal acompanhado)
Essa ideia de que você só é alguém e tem valor social se estiver acompanhado, é mera ilusão. Eu tenho que ter alguém do lado, ... você não tem nada. O que justifica você ter alguém do lado é estar enamorado, as demais opções são "falsas". Nem todo mundo é forte e dono de si mesmo o suficiente para não precisar de "muletas afetivas" para preencher as suas lacunas e vazios existenciais e emocionais e enfrentar o silêncio e os espaços que a solidão produz. Para se contentar e se submeter a qualquer coisa, de qualquer um, é preferível estar só, pois antes só do que mal acompanhado.
Enfim, todas essas ciladas estão por aí, nesse exato momento, vigorando na vida de alguém, personificando os desencontros e o desamor. Se o sofrimento é opcional, evitá-los já é um bom passo dado para não cair mais nelas. Quem tem amor próprio, orgulho e dignidade dificilmente ficará exposto à elas e deixar-se pisotear.
Nenhum comentário:
Postar um comentário