"Não há nada mais violento do que o amor".
(by O Índice da maldade)
Os mais românticos e sensíveis de plantão podem até negar essa tese, mas, ela tem o seu fundamento. Afinal as relações humanas e afetivas perpassam pelas relações de poder. Quem cometeu crimes passionais, procurou justificar a sua cólera afetiva a partir do "amor", aliás, do excesso dele - um conceito distorcido atribuído para se referir ao sentimento de posse, à obsessão e dependência afetiva.
- "Eu mando, você obedece. Vai, não?!!! PORRADA!!!"
Esse olhar machista ainda hoje aflige e coage a mulher, principalmente aquelas que ainda são vítimas de violência doméstica por parte dos seus algozes. Exemplos assim são vistos e noticiados todos os dias, podendo até ser percebidos como algo corriqueiro e banal, infelizmente, no mais completo ápice de indiferença sociocultural. Mas, a mulher que apanha e é vítima das barbáries masculinas, aquelas que sobrevivem, levam consigo as marcas físicas e emocionais para o resto da vida.
O que ainda se mata em nome do amor, não é brincadeira. Os crimes passionais estão aí para reforçar essa tese.