A manchete do dia veiculada nos principais jornais de Fortal City é: "O projeto da 'cura gay' é arquivada na Câmera dos Deputados". Até que fim, o bom senso falou mais alto entre os senhores deputados. Cogitar a possibilidade de tal cura beira à qualquer contrasenso científico e psicológico, evidenciando a ignorância que comanda a mente dos incultos e preconceituosos. Só agora estou me pronunciando sobre tal polêmica, porquê eu achava desnecessário dar IBOPE a esse absurdo e dar importância demais aos delírios do Sr. Pastor Feliciano. Cujo delírio pretendia retroceder até nos estudos e pesquisas da Psicologia, que desqualifica a homossexualidade como doença. Doença é a ignorância humana isso sim, que promove a segmentação dos grupos sociais e o preconceito às minorias.
Ninguém em sã consciência escolhe/opta por ser vítima da intolerância e do preconceito. Partindo desse pressuposto, eu compreendo que qualquer modalidade sexual, pesquisas atuais consideram a existência de 13 sexualidades possíveis para a complexidade da sexualidade humana, é expressa pela identidade sexual que cada ser humano possui, como uma característica intrínseca, inata e particular de cada um. Considero como essência e não escolha, caso fosse escolha, também se aplicaria aos heteros, aos bis, aos transgêneros. A sexualidade humana é reflexo da complexidade humana e não pode ser vista como algo tão rasteiro e simplista como as explicações frágeis religiosas tentam explicar.
Eu até concordo que você pode controlar seus instintos e impulsos sexuais como forma de aceitação e adequação social, evitando represálias individuais e coletivas, mas, mudar a verdade sexual de cada um é sufocar em primeiro lugar a si mesmo. Muitos homossexuais sufocam a sua subjetividade para evitar preconceitos e serem aceitos socialmente, porém, pagam o alto preço de viverem um personagem que de fato não são e o tempo varia de pessoa para pessoa, até quando aguentarem negar as suas essências e verdades. Ninguém se torna hetero ou gay ou lésbica ou travesti ou transsexual por modismo, mas, porquê já traz em si essa peculiaridade.
Enfim, uma vez arquivado esse projeto, menos um absurdo para ser discutido e assim podemos nos preocupar com questões mais importantes, reais e urgentes tais como a saúde, a educação, a reforma política e previdenciária, a segurança pública e outras questões que afligem a todos nós, brasileiros, independente da cor da pele, do grau de escolaridade, da faixa etária, do status financeiro e do sexo.
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