quinta-feira, 16 de junho de 2011

Partindo do nada para o...


Eu não dava conta dos meus antigos sonhos...
A realidade terminou de matá-los!!!


Se um homem é feito de sonhos, eu me sinto a antíntese disso - sem eles. Duras palavras, porém, por enquanto, são elas que me traduzem. E é desse ponto de partida, do nada, que eu deverei reconstruir-me, passo a passo, buscando e construindo novos sonhos, novas elaborações subjetivas que possam fazer algum sentido pra mim. Não estou buscando coisas, matéria, mas, sentidos. Talvez por isso, seja tão difícil encontrar um bálsamo para esses dias tão desanimadores. Falta-me um norte, com certeza.

Nem vejo mais essa inércia existencial com revolta ou desdenho. Acho até que eu me resignei a ela. Com o tempo a gente acaba se habituando até com o que não gostamos. Acomodação. Acomodei-me a essa sensação de vazio, facto.

Quanto aos meus antigos sonhos, quando os sonhava, já não dava conta e, agora, se fosse sonhá-los, não me fariam sentido, justamente, o meu me faz sentido é tocá-los com a mão e não ficar perseguindo uma utopia, que se passa a vida inteiro seguindo, sem alcançá-la. Nesse sentido, sou objetivo, racional, cético e de pé no chão - literalmente.

E por outro lado, a dura realidade da vida acabou por fragmentá-las e diluí-las a nada. Por isso, é preciso sair do nada para sentir, da ausência para o sentido.

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