quarta-feira, 9 de março de 2011

Se algo ficou por ser dito, não dito


Faz algum tempo, quase 9 meses ao certo, que eu não cometo (in)confidências por aqui. Na boa?!!! Nessa fase encontro-me bem tranquilo, apesar da minha essência ansiosa - sei lá porquê, e não tenho nenhum relato atual para contar sobre mim. Eu até prefiro que seja assim. Resolvi dar um tempo sem tempo, uma trégua pra mim mesmo, ausente e longe de tudo e de todos (pelo menos, no que concerne ao mundo real), para o meu coração não sair do seu ritmo e evitar aborrecimentos em vão. Não estou procurando e nem interessado em encontrar ninguém no momento, seja um encontro rápido e passageiro ou o seu utópico revés.

- "Não estou preocupado com isso e, no meu momento, não é o mais importante - já foi um dia, deixando-o de ser."


O tempo passou e eu posso dizer que não existe nenhuma pendência a ser resolvida, apesar de algumas cicatrizes deixadas, e nada como o Senhor do Tempo para aclarar quaisquer dúvidas que poderiam existir e povoar a minha cabeça, a minha subjetividade. Nenhum sentimento está confuso, nenhuma esperança ou fantasia evaziva está viva, tudo passou.

- "Apesar das laudas amassadas, elas estão em branco, podendo ser escritas a qualquer momento. Porém, na ausência de inspiração e expiração, deixe-as guardadas na gaveta, assim, não perco o meu tempo com borrões e rasuras para depois ter que apagá-las ou passá-las à limpo novamente. Não quero sujar as minhas mãos e os meus pensamentos com tinta fuleira."


...


Nesses dias, o seu "flash" surgiu em mim e eu me peguei pensando em você (longe de qualquer pensamento romântico ou de desejo carnal). Percebi que a sua breve e conturbada passagem na minha vida - tal e qual aquela súbita massa de ar fria que vem do sul, onde, inesperadamente, do mesmo jeito que vem, vai; havia me liberdado de toda e qualquer falsa esperança de reviver o que eu havia vivido até então antes de você - 4 longos anos se passaram até à sua chegada. O que aconteceu com a gente, completamente inusitado e inesperado, estava fora do meu scritp e, por isso, ter matado você dentro de mim foi o mais racional dos sentimentos que eu podia ter. A sua morte representou para mim continuar em paz comigo mesmo e não bagunçar ainda mais a minha ordenação interior. Te matei subjetivamente, não tenho porquê me arrepender disso...


Você chegou, me arrebatou
Eu suspirei, idealizei
Brevemente sonhei com o impossível
Mas, rapidamente caí em mim
Autoprotegendo-me, matando-lhe



Não foi tão fácil assim tomar essa decisão, mesmo a negativa sendo maior, mas, você partiu como o meu consentimento e direção e, nem ao menos, eu te agradeci por ter me libertado de antes - aquele ciclo foi completamente fechado, superado. Caso eu não tivesse te represado, você teria inundado a minha colheita, fazendo eu perder a plantação da minha tranquilidade, anteriormente posta a prova a experimentação de outros adubos naturais - boa parte de baixa qualidade.

- "Você me libertou e eu nem te agradeci. Porém, deixa estar como está: em silêncio, em desencontros, em distância, em ausências. É melhor assim do que retomar brigas e provocações constantes e desnecessárias e a confirmação da probabilidade do improvável."


Se algo ficou por ser dito, only I will have to say for you:

- "Thanks by help me to be free again, saving those illusion!!!"

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."