terça-feira, 22 de novembro de 2016

Apropriando-se do nosso intelecto





Eu estava assistindo o 7º episódio de Westworld e o termo da vez foi "propriedade intelectual". Na boa, em algum momento da nossa existência cedemos a nossa inteligência à algo ou alguém, tornando-nos uma "propriedade intelectual", um mero instrumento de uso aos interesses de outrem, seja quando: Obedecemos as regras sociais e suas hierarquias, defendemos causas ou ideais que nos parecem justos, protegemos os interesses familiares, construímos um projeto de vida, executamos as nossas tarefas no trabalho, enfim, quando colocamos o nosso intelecto à serviço de outros interesses.

Conscientes ou não, acabamos nos tornando massa de manobra por uma ordem maior, alienando-nos. Algo muito perigoso quando nos deixamos manipular e perdemos o controle das nossas próprias vontades e ações, tornando-nos como marionetes ou mesmos robôs que perdem a capacidade crítica de refletir e questionar todo e qualquer contexto que está ao nosso redor. A história nos demonstrou em vários episódios como governos e seus líderes carismáticos e inteligentes tem o poder de criar os seus próprios exércitos para defenderem as suas próprias causas e interesses, anulando a capacidade de autoquestionamento dos seus seguidores e robotizando os seus comportamentos.

Para governantes ditadores e líderes corruptos, anular a capacidade de autoquestionamento dos seus comandados é uma forma de conquistar lealdade e obediência, muitas vezes cegamente, evitando dúvidas, conflitos e culpas. Uma mente não pensante não representa riscos e muito menos rebeliões. E no fundo é o que todo comando espera do seu comandado: Uma obediência incondicional e cega e uma ação mecânica, robotizada.

Em que momento você permitiu que alguém ou uma instituição se apropriou do seu intelecto?!!! Da sua força de trabalho?!!! Das suas ideias?!!! Quando você abriu mão da sua capacidade de autoquestionamento e reflexão de um fato ou situação?!!! Creio que nos deixamos apropriar constantemente, tanto a partir do nosso consentimento (consciente) quanto da nossa distração (inconsciente).         

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