Primeiramente, eu não vou mentir, mas eu fiquei "passado" (surpreso) com as
últimas declarações da Daniela Mercury na mídia sobre o seu mais novo "casamento". Jamais passou pela minha cabeça
que ela gostasse de "colocar as aranhas pra brigar" - parafraseando
Raulzito. Uma
coisa é suspeitar, saber do fato "in off", mas, nunca na história desse país, eu poderia
sequer imaginar dessa possibilidade. Tal impacto da notícia foi semelhante quando a
Sandra de Sá também assumiu o seu relacionamento lésbico. Enfim, o armário não está mais comportando tanta gente!!! Xistes à parte, tanta exposição é favorece a visibilidade LGBTT e a discussão sobre as suas questões.
Mas, até aí, "sair do armário" tudo bem, pois todo mundo precisa ter a liberdade de exercitar a sua afetividade, independe de quem quer que seja, independente da raça, da identidade sexual, da crença religiosa, da idade, do nível cultural e financeiro. As relações homoafetivas são uma realidade, cada vez mais em evidência, e, apesar de muitos ainda não aceitarem e virarem a cara, é preciso respeitar as diferenças e a diversidade sexual e, sobretudo, aprender a lidar com elas de forma civilizada.
Todavia, a questão é muito mais profunda, vai além de admitir com quem você se deita ou deixa de deitar.
Porém, com relação ao discurso adotado por ela, uma amiga lésbica me perguntou a minha opinião. O que eu achei?!!! No meu ponto de vista, definitivamente, ela
não disse a que veio. Em momento nenhum ela assumiu a sua identidade
sexual. Sugeriu uma certo discurso sobre a "liberdade de escolha", como
se a questão homoafetiva fosse baseado numa opção. Então, quer dizer
que: Se hoje ela está apaixonada por uma
mulher (questão de gosto não se discute e há de se respeitar as
diferenças) e amanhã, por ventura ela se apaixonar por um homem ou uma árvore,
sua conduta pode ser diferente, porquê o seu foco mudou. Sei não, fugiu pela tangente, adotando um discurso bissexual como desculpa para camuflar a sua homossexualidade - Se é que ela é essencialmente lésbica mesmo ou está se permitindo a viver uma nova experiência.
E, quem
pretende lutar por uma causa, tem que ter a mínima coragem para se
posicionar de maneira clara, não apenas assumir uma relação por ser uma pessoa pública, porquê ela não teria obrigação nenhuma de vir a público para se explicar sobre uma particularidade que só diz respeito a ela e a sua atual companheira. Apenas demonstrou que ela não tem nenhuma intimidade com a causa homossexual.
Enfim, não se trata de assumir "rótulos", mas, já que assumiu a sua "nova
condição" que fosse de uma forma mais articulada e clara e menos dúbia. Muitas pessoas ficaram sem entender o posicionamento dela, inclusive eu. A nível de discurso, eu achei muito fraco e porquê não dizer contraditório?!!! Mas, por outro lado, corajoso. E que o "casal" seja muito feliz.
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