Tá bom, tá bom, ..., eu reconheço que ultimamente os meus sentimentos andam repetitivos em demasia como se eles fossem um vinil arranhado ou uma música executada em "repeat". Mas, o que eu posso fazer se eu estou me sentindo assim?!!! Não dá para ignorar uma relação ou apagá-la do dia para a noite como se fosse um borrão qualquer, principalmente quando ela foi simbolicamente forte pra mim - um divisor de águas.
Naturalmente, que eu não faço dela uma bandeira de luta ou um norte para a minha vida, mas, enquanto, ela não deixar de ser o meu último referencial, é muito provável que ela sirva de parâmetro para as futuras e surja nas minhas lembranças: Ora, fraca como se fosse uma brisa num final de tarde, ora, devastadora como uma ventania tropical. Essas rajadas sopram dentro de mim porquê evidenciam a necessidade de me apaixonar novamente.
Sim, novamente, por outra pessoa. Pois, essas lembranças só ressurgem porquê a lacuna está aberta, há espaço para que elas sejam recordadas. Todavia, eu também sei que um novo amor não acontece do dia para a noite, fazendo-se acontecer por um simples comando:
- "Hoje é o dia!!!"
Se assim o fosse seria muito fácil recomeçar. Seria como colocar aquele vinil preferido e o colocar na vitrola ou deixar aquela música repetir várias vezes, incansavelmente. Se por uma lado, possa aparentar um desejo de retomar uma antiga história que passou e não irá voltar mais, por outro, o que é muito pontual e coerente para mim, é estar aberto para uma nova e outra possibilidade.
É nessa repetição, é nessa contradição, que se apresente essa necessidade de recomeçar de novo, mas, eu não estou buscando, nem me esforçando para tal. Talvez, eu não me sinta preparado para recomeçar, porquê não há nada palpável para tal. Não existe ninguém que me motive ou deperte em mim o comprometimento.
Como diria a minha terapeuta: - "Dan, você não quer se comprometer de fato". De fato, tem a sua parcela de verdade, porém, não quero me comprometer com quem não merece ser compromecível, percebe?!!! O que realmente fica é o significado que essas marcas deixaram em mim, mas, nenhuma vontade ou ilusão de regastar o que passou, pero "lo que paso, paso, entre tu y yo!!!"
E, na minha vitrolinha, toca repetitivamente esse trecho:
(...) Quisiera saber que ha pasado conmigo
que intento olvidarte y no lo consigo
No sé si es deseo, pasión, o locura
tantas cosas juntas, tantas amarguras.
Pero te aseguro que ha llegado el día
en que o me abandonas o eres sólo mía
Estoy decidido, se acabó tu juego
ya no me interesas con tus devaneos...
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