Seria tão bom receber em troca o sentimento dado, de preferência na mesma ou aproximada proporção e com juros e correções afetivas... Seria, porquê, nem sempre ou quase sempre, essa retribuição não acontece e, se tardia, perde-se todo o efeito ou contraria as principais expectativas de quem espera apenas um gestio de consideração, respeito e reciprocidade. APENAS, é tão pouco não é?!!!
Todavia, a paga dada tem o seu lado obscuro, ferino, injusto e covarde de quem brincou, zombou e fez pouco caso ao que foi dado, não valorizando o seu melhor, parte da sua alma ofertada em sentimentos, intenções e gestos.
- "É dando que se recebe. Deveria... DEVERIA..."
Quantas fissuras ficaram na alma... Algumas sem querer, mediadas por atos falhos e lapsos, outras, deliberadamente conscientes e arquitetadas. Tem para todos os tipos e gostos.
- "Você duvida disso?!!! EU NÃO!!!"
Entre fissuras, sejam elas passadas, atuais e futuras, se é para dar parte de você, dê, mas sem esperar nada em troca, pois, assim, talvez só assim, algumas esperas dolorosas sejam anestesiadas, diluidas, curadas. Dependendo do que se é esperado, só você poderá lidar com elas e o que o outro tem a lhe oferecer - Muito ou pouco ou nada, cada um só dá aquilo que tem para oferecer:
Se é pouco, é pouco para quem dá e para quem recebe;
Se é muito, corre-se o risco de não ser valorizado por quem recebe;
Se é nulo, recebe-se a expressão da indiferença.
- "É assim que funciona. Não fui eu que inventei a regra."
E as minhas esperas?!!! Aprendi a não alimentá-las e algumas até evitá-las. Nesse momento, eu estou priorizando a minha inteligência emocional e sossego. Tudo o que for alheio a minha pessoa não me interessa.
- "Eu quero ficar comigo mesmo e mais ninguém."
Se for para esperar, que seja aquela espera que a gente não sente, imperceptível.