quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Quem você ama, não te ama... E?!!!






Você sabe que ele(a) não te ama e, ainda por cima, está enamorado(a) por outra persona, e mesmo assim você o(a) quer. Me custa trabalho ter pena ou compaixão por quem se deixa envolver, encurralar, aprisionar, guiar, ..., o caralho de asa, por um esquema emocional assim. Me custa trabalho justamente porquê o meu orgulho é diretamente proporcional ao meu amor próprio e a minha dignidade, não permitindo que eu passe pela vida mendigando por um pouco de afeto ou recolhendo milhas de amor e de atenção que não me correspondem. Deixar-me humilhar dessa maneira, jamais. Tudo nessa vida tem um limite e você é quem o dá.

Há quem nunca se dá por vencido. Nem considero mais como teimosia ou perseverança, mas uma obsessão doentia. Para se livrar dessa dupla escravidão, primeiro, porquê você se torna escravo(a) do seu próprio desejo e da sua própria rede de escravidão e, segundo, quer impor o outro à isso, submetendo-o(a) aos seus desejos e fantasias e tornando-a(a) refém dos seus sentimentos e caprichos; e superar esse esquema afetivo só pode ser rompido através de um longo processo de terapia - tomara que sim, porquê dependendo do grau de obsessão e de dependência afetiva, apenas os finais trágicos colocam o ponto final.

Diante dessa insanidade, quem persegue, acossa sexualmente e tenta agarrar à sua vítima numa rede de intrigas e mentiras, esquece-se de algo fundamental: Sentimentos não são meros objetos que você pode manipulados ao seu bel prazer, quando e como lhe deem sua gana. Sentimentos são estimulados e conquistados e não forçados à serem retribuídos. Só numa cabeça enferma pode caber a possibilidade absurda de forçar alguém à lhe amar. 

Depois de abrir mão de todas as suas estratégias de sedução e convencimento, esgotando todos os seus esforços, truques e malabarismos para tentar conquistá-lo(a), pode acontecer que o objetivo tão desejado não seja alcançado, e, quando isso ocorre e os seus sentimentos não são correspondidos, a vítima é responsabilizada e toda culpa.

Que culpa?!!! Ser culpado(a) de não ser conquistado(a) por um sentimento obrigado, imposto?!!! Ser culpado(a) em não se sentir conectado à quem está tentando lhe manipular?!!! Ser culpado(a) por ter um padrão de gostos e esquemas subjetivos pré-estabelecidos cujo o qual você não se enquadra dentro desse perfil?!!! Enfim, quaisquer culpas ou responsabilidades que você queira delegar à outra pessoa, como maneira de se livrar ou fugir delas, no final elas são suas e, em algum momento, você terá que enfrentá-las sem desculpas frágeis ou negativas. Sempre é mais fácil culpar os outros das nossas falhas e derrotas do que assumi-las.

Sim, e nem adianta se fazer de ofendido(a), de traído(a), de desprestigiado (a), de rechaçado(a), porque quem quis assumir os riscos de uma batalha vencida foi você. Foi você que se deixou guiar por sua vaidade, soberba e falta de humildade. Enfim, a missão fracassada é sua e de mais ninguém e assuma com valor o crédito da sua derrota.   

Aquele clichê máximo de que a gente tem que gostar de quem gosta da gente, é lindo, na teoria. Porquê, na prática, é bem diferente e não basta. Pode passar 1 semana, 1 mês, 1 ano, quem sabe 10, talvez até 20 ou 50 anos, mas, o vazio e o desejo de estar com quem se ama sempre estarão ali, presentes, gerando ansiedade e incômodos. Mal de quem se deixou levar pela situação e se deixou convencer por esse papinho. Há quem pode lutar para ter tudo, mas se contenta com pouco.    

Definitivamente, eu me coloco alheio e distante desse tipo de embuste afetivo e nem permito ser arrastado por ele. Dou-me o meu devido valor. E, por convicção, apenas me interessa uma relação baseada na reciprocidade e onde os sentimentos vão fluindo espontaneamente, sem joguinhos baixos e manipulações baratas. Eu não tenho saco e nem paciência para ficar inventando histórias e ficar correndo atrás de quem não me quer.

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