terça-feira, 6 de setembro de 2016

Me before you (Eu antes de você) 2016




Para alguns, quem desiste de viver personifica em si a sua covardia, a sua derrota. É muito fácil ou se baseia numa visão muito simplista julgar o drama, a dor e o sofrimento dos outros.   Possibilidades existem, naturalmente. Porém, só sabe qual é o infortúnio de estar "morto" em vida é quem traz consigo essa realidade, essa sensação de completo e eterno vazio. 

Para um homem ativo e independente como Will, diante das suas limitações físicas e suas frustrações emocionais, nem o amor da doce, terna e desajeitada Louisa conseguiu fazê-lo mudar de ideia. A decisão por mais egoísta que seja é dele: "Sem mais dor, exaustão e acordando todas as manhãs, desejando que tivesse acabado". Poucos tem a força e a resignação necessária para viver "vegetando" num estado de tetrapledia. Eu não conseguiria. 

Em casos especiais, eu tenho uma visão muito particular sobre a morte. Ela traz alívio e libertação para aqueles que vivem em pleno estado de tormento e sofrimento. Seria uma coragem ao revés: Precisa de muita coragem para optar pela "saída mais fácil". Mais fácil?!!!  Muito pelo contrário, nunca é fácil abrir mão de uma vida plena quando se há esperança, à não ser que ela tenha deixado de ser plena e interessante o suficiente para esperar pela chama da esperança - como é o caso retratado no filme. 

Para quem gosta de drama, Me before you (Eu antes de você) cumpre o seu papel com louvor, tratando com sensibilidade e leveza um tema tão complexo e controverso. A personagem de Emilia Clarke, Louise é uma poesia à parte. Vale a pena assistir.     

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