quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Excesso de escrúpulos engessa a nossa conduta





Em se tratando de questões éticas e morais, é um campo sempre permeado por controversas (polêmicas e contradições) e reações diversas. Assim, por mais que se queira padronizar a conduta humana para estabelecer uma ordem social, sempre haverá o prisma da relatividade quando se refere aos pensamentos e as ações humanas.

Nesse sentido, se faz mais do que necessário ter e manter alguns escrúpulos para manter uma conduta social reta e aceitável. No mundo em que vivemos com questões éticas e morais tão elásticas e até amorais, nunca é demais ter princípios como forma de demonstrar caráter, retidão e não ultrapassar alguns limites para não viver no submundo da marginalidade e das situações dúbias e corruptas.

Se por um lado, denota-se negativamente não ter escrúpulos/princípios para se alcançar os objetivos propostos, por outro, o seu inverso, excesso deles, também pode ser um problema: ao invés de solucionar com simplicidade um dilema ético e moral pode complicá-lo.  Nem 8 e nem 80. Manter um comportamento equilibrado e coerente faz toda a diferença, sobretudo diante dos problemas.  

Todavia não existe uma medida rígida que evite oscilações de conduta. Além de cada ação ser individual, cada um tem uma consciência ou ausência dela que nos comanda. Como é melhor ter algum princípio do que nenhum, um norte que nos rege, o excesso de escrúpulos nos deixa poucos maleáveis, nos deixa com uma conduta engessada. Não o vejo como uma conduta ideal na medida em que nos tira a capacidade de nos adaptar as situações e abrir mão do sábio e velho bom senso.       

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