domingo, 11 de maio de 2014

Mãe, meu amor e minha saudade infinita...






Hoje eu me permitirei ser mais egoísta do que de costume, pois, se para grande parte é motivo de festa e celebração (que permaneça assim por muitos e muitos anos, uma vez que a maternidade é um dom de Deus e ser uma GRANDE MÃE é um aprimoramento constante e uma enorme prova de amor), para mim, é um dia de infinita saudade e reflexão. 

Se Deus falasse comigo e me fizesse a seguinte proposta (eu toparia sem pestanejar):
- "Meu filho, eu permito que você esteja com sua mãe mais uma semana. Para isso, em troca, eu quero 10 anos da sua vida"

10 anos?!!! Se fosse o caso, eu daria 20, 30 anos..., até a minha vida se necessário fosse. Filozinha se foi e parte de mim também. Nestes 6 anos sem ela, com certeza, não há 1 dia sequer que eu não me lembre dela - sem exageros, todo dia algum sinal me faz lembrar dela. Com o tempo, eu aprendi a transformar a dor da saudade em a alegria da recordação, mesmo a lacuna estando ali. Lacuna essa que nunca irá ser preenchida, não nesta vida. 

Junto com a sua ausência, também está a ausência daquele cafuné que não será mais dado, do colo fofinho que oferece conforto, do amor sem limites, da proteção da mãe-leoa, ... sim, da bronca também por algum malfeito; do direcionamento para te conduzir ao melhor caminho; do apoio incondicional mesmo você estando certo ou errado; daquele sorriso dado quando você é surpreendido por ela fazendo alguma traquinagem. Enfim, tantas coisas foram junto com ela. Opa, menos o amor.

Quem acredita que o amor diminui ou termina com a morte. Enganou-se. Apenas cresce. O amor se torna proporcional ao tamanho da saudade. Vai crescendo mais um pouco a cada dia. Assim é o meu amor por ela, sempre crescente. O amor quando verdadeiro também se faz presente na ausência definitiva. 

Eu não tenho sorte no jogo, muito menos no amor, mas, algo eu tenho certeza: De ter sido agraciado por Deus por ter me dado a oportunidade de desfrutar momentos ao lado dela durante 30 anos, tantos momentos que não tem como não me emocionar ao lembrá-los, mesmo tendo tão poucas lágrimas para deixar rolar. Quando se perde a pessoa mais importante da sua vida - Sim, minha mãe é essa pessoa, inquestionavelmente, que sempre foi "Danteam" até nos meus momentos de plena rebeldia e turbulência; o seu coração endurece um pouco mais e você tem uma outra percepção da dimensão das relações e suas perdas - você aprende a dar a dimensão e importância exata para elas. 

Quem já experimentou a grande perda, tira de letra quando um namoro ou uma amizade é desfeita, porquê essas relações se tornam menores, coadjuvantes, se comparadas com o que representa o "cordão umbilical" rompido, a maior relação de todas. Algumas você sente falta, outras, bye, nem tanto, já foram tarde.

Os pais que me perdoem, mas, a mãe é fundamental para toda vida. Sorte de quem ainda tem esse laço para desfrutar. O meu conforto está em saber e vivenciar todos os dias, de diferentes formas, que a minha ligação com Filozinha não terminou aqui, nesta vida e, o melhor ainda estar por vir: O próximo encontro.

Hoje é mais um dia entre tantos que eu reforço o meu amor e a minha saudade infinita.

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