quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

As (minhas) regras do jogo




2013 está chegando e é natural aproveitar esse momento da passagem para fazer algumas reflexões importantes sobre o que aconteceu de relevante comigo e reavaliar algumas atitudes tomadas. Não me proponho a fazer uma retrospectiva detalhada, nem mesmo breve, porquê não aconteceram tantos fatos extraordinários assim que mereçam ser pontuados. O mais importante que aconteceu comigo foi me resgatar dos dois últimos anos. Desde quando eu me protegi do furacão Baisch, por todos os motivos que eu já retratei na época, eu me fechei em mim mesmo, deixando que a minha auto-estima caísse e, como consequência disso, eu fui engordando, engordando, engordando... Eu nunca engordei tanto como nos últimos 17 anos.  De certa forma, o cansaço, a mágoa e a decepção me fizeram afastar de quem eu era. 

Me isolei de tudo e de todos, chutei o balde, literalmente, e me entreguei às gostosas tentações da gula. Mas, nesse ano, eu quis fazer algo por mim: Me resgatar, me valorizar e emagrecer não por ninguém, mas por mim mesmo. Desde então, venho investindo em mim, deixando a apatia de lado e recuperando a minha força interior e a minha vaidade. E, nesse processo, agi como eu acredito que deveria ser e senti, voltado para mim mesmo, para as minhas questões, os meus dilemas e o meu resgate. O meu afastamento foi mais do que necessário, embora tivesse quem não compreendesse. Porém, também não me senti forçado a dar maiores explicações, o que de fato não dei.  Fui egoísta, me desapeguei ao que/quem estava ao meu redor. Precisava de mim em primeiro lugar.

Desde maio, comecei a fazer a minha dieta e de lá pra cá, estou muito contente com os resultados alcançados. Estou mais satisfeito comigo mesmo, com a imagem refletida no espelho, mais confiante, com mais bom humor, melhor disposto e voltando a interagir de maneira mais agradável com as pessoas - mas, não forçando nenhuma aproximação, deixando as relações fluírem ao seu tempo e ao seu modo. Eu sempre opto pela sinceridade e espontaneidade, não me forçando a agir obrigado, seja em que situação for. Chato ou não, eu sempre tive o gênio muito forte, principalmente para me impor contra a qualquer tipo de controle sob a minha vida e dependência afetiva. 

Confesso que em 2012 eu tinha colocado como meta não me envolver com ninguém. De certeza forma, cumpri. Até porquê não surgiu ninguém que eu pudesse definir como determinante para isso. Conheci algumas pessoas, mas, eu não estava preparado para me envolver, por isso, não houve um aprofundamento maior. Estar bem consigo mesmo é fundamental para você estar com a sua auto-estima em dia para estar por inteiro, muito mais confiante para se deparar com o olhar crítico do outro e se entregar.  Apesar das paqueras, dos flertes e investidas, eu não me entreguei.    

E agora que eu estou voltando para o peso que eu quero, cada vez mais perto e muito mais estimulado para alcançar, eu me pergunto se realmente eu estou preparado para enfrentar as regras do jogo. Regras essas que, em parte, eu discordo pelo fato de serem regras tão vazias de significado e banais. Elas acabam nos colocando como mercadorias substituíveis e descartáveis, graças à fragilidade com que as relações estão sendo construídas, sem ausência de valores e comprometimento. 

Tudo o que está aí e a forma como os solteiros estão se comportando me enoja profundamente. A falta de foco (apesar da internet facilitar o acesso e a aproximação, também promove negativamente a substituição dos pares e alta rotatividade das relações de uma forma bastante rápida,  vulgar e vazia, onde você tem a possibilidade de conhecer várias pessoas ao mesmo tempo, sem se fixar em ninguém) e falta de respeito com os sentimentos alheios. Diante de tanta facilidade, inclusive na questão sexual, cada solteiro acaba sendo um produto com data de validade a vencer. Essa dinâmica me causa um grande desgosto.   

Sinceramente, não estou preparado para me tornar mais um solteiro na prateleira para ser escolhido, usado e jogado fora. Nem faço questão de sê-lo, o que me deixa a margem do processo e dificulta ainda mais as minhas possibilidades de abrir mão da minha solidão. Mas, namorar pessoas descentes e decididas com um propósito sério está cada vez mais raro, porquê, pessoas com esse perfil está em extinção. Não me interessa me nivelar por baixo e nem agir banalmente porquê a maioria faz. 

Embora o meu padrão de qualidade se engane às vezes, eu acho ainda mais digno e mais confortável criar as minhas próprias regras para jogar esse jogo, enfim, my castle, my rules. No entanto, jogar esse jogo não é tão fácil e blefar seja uma prática comum pela grande parte desses jogadores, amadores ou não.  Quais são as minhas regras?!!! Tem muito mais a ver como a forma de ver a vida e a maneira como se comporta para construir as relações, desde que seja baseada na retidão do caráter (sinceridade, honestidade, lealdade e parceria), no comprometimento com o outro (fidelidade, respeito, empenho) e na reciprocidade dos sentimentos. A questão física e sexual depende unicamente das afinidades e da química que envolve o sexo. 

No entanto, qualquer teoria cai por terra quando o sentimento acontece e o coração fala mais alto. Não é tão fácil e talvez nunca será ou estejamos completamente preparados para essa roda-viva de emoções e sem nenhuma segurança e garantia. Por isso, diante de toda complexidade para se envolve com alguém, é preciso ter bons propósitos para isso, sobretudo tendo planos em comum e muita vontade para caminhar junto, venha que obstáculo vier.    

4 comentários:

Aline Medeiros Rosa disse...

Adorei seu texto, amigo!! Que este ano seja melhor pra nós, que nossas metas sejam cumpridas e nossa sorte no amor mude!!! bjus

Dan... disse...

Espero que sim, Aninha!!! ;)

Ano novo, projetos novos, novas possibilidades!!!

Beijão!!!

Escarlat disse...

Amigos espero e desejo o mesmo.
Feliz tudo novo para nós!

Dan... disse...

Exatamente, Escarlat!!! Nós merecemos...

Um 2013 a nossa altura!!! ;)


"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."