segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pacto de Exclusividade, SIM!!!




Parece absurdo ou beira a loucura de quem aguarda com ansiedade o final dos tempos, mas, hoje em dia, um pré-requisito básico e inerente da relação à dois como o Pacto de Exclusividade, algo que não precisaria ser discutido entre o casal por ser uma condição intrínseca e subentendida para quem pretende construir um relacionamento convencional (sério e apenas a dois), é discutido para reforçá-lo e definir o grau de seriedade e comprometimento dos envolvidos na relação.

Reafirmar o pacto de exclusividade (a tal da fidelidade) entre os casais é o cúmulo do contrasenso em que o comportamento afetivo está vivendo hoje. Como se abrir a relação fosse a solução mais moderna e efetiva para se relacionar, sem responsabilidades e culpas, livrando-se do compromisso, dos cuidados mútuos, da lealdade e da fidelidade em que um deve ter com o outro. Seria o embate filosófico entre o conceito positivista, baseado na organização (ordem e progresso) tal e qual o modelo das relações dos nossos pais e avós, tornando-se cada vez mais raros e demodês para os nossos dias, versos o modelo liberal, tal e qual o modelo hippie dos anos 60 e 70, o auge do poliamor - onde ninguém é de ninguém e relação a dois é considerada caretice.

E assim, de um lado os caretas e do outro os libertinos. Me enquadro no primeiro, sou careta e não nego. Relação a 3, a 4, a 5, a quantos forem, pra mim, já é bagunça e eu não me identifico com tanta "modernidade" na hora de me relacionar. Quem não tem maturidade emocional e tem tendências para não aprofundar as suas emoções e "mergulhar de cabeça" num relacionamento a dois, seja por qual motivo for (desilusão, coração partido, priorizar quantidade ao invés de qualidade, natureza mais livre, ...), escolhe a filosofia do poliamor para não ter que encarar os seus medos, as suas limitações, as suas fragilidades, as suas mágoas e as dificuldades de se manter uma relação. Sem mencionar que tanta liberalidade afetiva e sexual é uma desculpa ideal para justificar a natureza predatória masculina

Se é certo ou não, eu deixo a cabo da consciência de cada um, se tiver, porém, seja careta ou libertino, que a escolha do caminho a ser trilhado não seja norteado pela obrigação, mas, pela identificação. Eu sei com qual postura eu me identifico e você?!!!  

Pra mim, o pacto de exclusividade só é vigente desde que os interesses sejam em comum e os sentimentos sejam correspondidos, caso contrário, não há motivos para deixar de ser solteiro. Namorar, juntar e casar não combina com comportamento de quem leva vida de solteiro.   

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

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"Eu não ficaria bem na sua estante..."