quinta-feira, 5 de abril de 2012

Quando bate de jeito, não tem jeito!!!



Quando bate de jeito, tudo o que foi vivido antes de perde a importância e o que ainda estar por vir tem a difícil e a ingrata missão da superação. E eu que reclamava de nunca ter experimentado dessa sensação: Estou provando do meu próprio veneno.

Que sentimento é esse que não diminui com o passar do tempo e nem com a sua ausência?!!!

Quantas vezes eu neguei para anestesiar esse gosto doce-amargo que eu sentia?!!! Algumas vezes sim, outras não, refletindo os meus sentimentos tão confundidos como o meu próprio coração.

Mesmo me debatendo e delirando em contradições, se há algo nítido e definitivo pra mim é: Que você não irá mais voltar e, sinceramente, nem considero essa hipótese. Ficamos lá atrás no tempo passado e sem tempo futuro. E, se você ainda se faz presente, é porquê a lacuna não foi ocupada, está aí a disposição. Até quando?!!! Eu não sei e nem posso prever.

Eu ainda não posso negar que a sua presença ausente ainda paira nas minhas lembranças quando a carência chega. Mas, quando ela se vai, você vai junto. Talvez, você consiga sentir o meu amor te envolver, talvez, nem consiga reconhecer de onde vem. E ficará apenas nisso, pois, eu não espero nada além disso porquê eu também sei que quando o seu lugar for ocupado, tudo ficará bem. E, se não for, eu já me acostumei com a sua ausência, com esse sentimento que só teve vez e voz à tempos atrás.

Se eu alimento a esperança de uma futura volta?!!! Aquela que simboliza as voltas que o mundo dá?!!! Por Deus, claro que não. A minha vontade e o meu desejo não é resgatar o sentimento que passou, mas, me deparar com o próximo que virá: o novo, o desconhecido, o que fará sentido e substituirá o velho, o diferente. Se lá atrás, quando o que sentíamos (pelo menos, o que dizíamos sentir) era forte, imagine agora que não temos mais nada. O que eu só tenho são lembranças - as minhas lembranças. Já as suas, são suas - e, eu nem ouso especular sobre os seus sentimentos.

Se eu pudesse me explicar melhor, diria: Você só existe pra mim, porquê a lacuna ainda está disponivel. Porquê, todas as vezes que ela foi ocupada, pós-você, você desaparecia junto com ela. Longe de mim desmerecer a sua importância pra mim, mas, os meus sentimentos por você não me impedem de seguir a diante. Mas, para seguir, não depende apenas e unicamente da minha vontade de seguir, mas, depende do "acontecer", de um possível encontro que me sugirá que vai valer a pena. E isso, pode ser que aconteça ou não, afinal foge do meu controle.

Pode ser que a sua lembrança me siga durante muito tempo por tudo o que você significou e ainda significa pra mim, mas, é algo que eu já aprendi a lidar - sem dor, ora com saudades, ora com dúvidas, sem mágoas, ora com carinho, ora com senso crítico. Enfim, você é uma das poucas pessoas que conseguiu me marcar profundamente como tatuagem, como aquele sinal que só sairá da pele se for extirpado. Porém, deixe-o onde estar, trata-se de um sinal inofensivo - já estou acostumado com a sua (não) existência.

E se, de repente, você for aquele tipo de amor atemporal, o tão idolatro "eterno amor", a la Romeu & Julieta, ficará no hall dos amores impossíveis: a sua eternidade só se mantém pela impossibilidade. Enfim, tudo o que é interrompido se torna refém do que "poderia ter sido e não foi". Todavia, a minha cota de sadomasoquismo é muito limitada, não permitindo que eu me torne refém e, nem ao menos, fique alimentando expectativas sobre. Apenas de limito reconhecer que o tempo ainda não conseguiu apagar você das minhas lembranças ou que, toda vez que a carência bate a minha porta, traga junto com ela você.

Mas, ..., quando bate de jeito, não tem jeito. Alguns amores conseguem se eternizar contra a nossa vontade por simbolizar boa parte do que a gente deseja encontrar em alguém, apesar de todos os defeitos - E quando a gente ama, até os defeitos ficam diluídos e perdem a proporção/importância que teriam em uma situação normal e contrária.

Por enquanto, assim espero por mais breve o possível, os meus sentimentos ainda são seus.

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