domingo, 5 de fevereiro de 2012

Olhando pra mim mesmo



Existem momentos em que nós precisamos nos distanciar dos outros para se aproximar de nós mesmos. Isso acontece quando precisamos olhar para o nosso íntimo e buscar soluções e respostas para a nossa vida. Eu me encontro assim: Distante de tudo e de todos, na medida do possível. Mais do que uma necessidade de estar comigo mesmo, encontro-me numa fase de total desapego com os outros. Se eu pudesse, eu iria morar sozinho numa ilha deserta e permaneceria no mais completo silêncio - calado, praticamente inexistente aos olhos, aos ouvidos, às expectativas alheias e às cobranças, evitando alguns aborrecimentos e irritações que eu me deparo todos os dias. O que dá para a gente ignorar, ignora-se, e o que não dá?!!! PACIÊNCIA (do tamanho do mundo inteiro).

Distante, impaciente, chato e desmotivado com tudo, principalmente com a minha família, Ooops, irmandade, e amigos/colegas/conhecidos. Isto deve ser reflexo da minha vontade de sumir no mundo e não deixar rastro algum - deixar todos na mais perfeita ignorância, enquanto eu me refaço e coloco a minha vida em ordem. E, talvez, depois de refeito, manter-me à parte.

E por falar na Dona Vida, estamos em caminhos e sintonias diferentes. Acredito até que nós estamos nos ignorando para não batermos de frente. Talvez, se nos encarássemos, seria mediado por um grande impacto. E nesse esconde-esconde, ao olhar pra mim mesmo, não estou conseguindo enxergar tudo o que eu preciso enxergar para a minha redenção e ao sentir esse vazio, eu tenha muito pouco para falar de mim mesmo.

Se você parar para me fazer aquela clássica pergunta: "Dan, como você vai?!!!" Apenas eu responderia: "Tudo tranquilo". Justamente por não ter nada mais além para acrescentar. Eu tenho muito pouco a dizer sobre mim mesmo. De certa forma, tem o seu lado satisfatório, assim, eu não teria material para satisfazer a curiosidade de outros. Particularmente, eu não tenho porquê satisfazer a curiosidade mórbida de alguns sobre a minha vida, até porquê eu não tenho curiosidade nenhuma de "curiar" a vida de quem quer que seja. A minha curiosidade se limita única e exclusivamente ao meu universo particular caótico e estático.

Se eu me calo e não interajo com os outros não implica dizer que eu tenha algo contra à ele(a)s. Apenas não tenho motivos para isso - de fato, não os tenho. Só me rendo às interações espontâneas. Fazê-las por obrigação, prefiro não me obrigar. E diante da incompreensão?!!! Deixa estar, eu também não estou com muito saco para dar maiores explicações.


(Uma pausa para o banho sob a luz do luar)


CONTINUANDO...


E as perguntas mais comuns são: Você está com raiva de mim?!!! Porquê você se afastou/sumiu?!!! Então, vamos à respostas.

Raiva?!!! Irritações à parte, o fato de estar focado em mim, gera-me um desinteresse a tudo e/ou a quem esteja a margem do meu processo. Então, não é raiva. É desatenção, desinteresse. Quanto ao distanciamento, simples e apenas vontade de não querer estar. Não ligo, não procuro, não saio porquê não estou interessado em fazê-lo.

Em resumo, nada gira ou tem a ver com os outros, mas comigo mesmo. Da mesma forma como eu respeito o silêncio e o distanciamento dos outros, o respeito alheio também deveria ser mutuo.

Neste momento, eu só estou olhando para mim mesmo e nada mais!!!

Nenhum comentário:


"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."